Há diversas definições para o que é a pobreza dadas por diferentes organismos internacionais, dentre eles a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial (BM). Essas instituições usam índices quantitativos, especialmente empregados em pesquisas econômicas, para avaliar o grau de pobreza de uma população.
No caso da ONU, uma pessoa é classificada como pobre quando possui uma renda inferior a US$ 1,25 por dia. Já o BM define extrema pobreza como um valor para uma pessoa inferior a US$ 1,90 por dia. Esse último valor é comumente adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é o principal responsável pela medição da pobreza no Brasil.
ERRADICAR A POBREZA, SUAS CAUSAS ONDE SE CONCENTRA MAIS E O QUE FAZER PARA DIMINUÍ -LA |
À medida que o IBGE, por exemplo, passou a publicar os dados relativos ao censo de 2022, dois deles aparecem como dos mais preocupantes e desafiadores sobre a injustiça social que comprovam e precisa ser vencida: o primeiro, do aumento crescente de pessoas pobres brasileiras, e o segundo, por via de consequência mais do que natural e óbvia, daquelas que estão passando fome.
Quais os Motivos da pobreza no Brasil
A pobreza no Brasil envolve diversos condicionantes, relacionados principalmente às questões históricas, políticas e econômicas. Sendo assim, a principal causa da pobreza no Brasil é o fato de o território ter sido, no passado, uma colônia de exploração, cenário que marcou sua estratificação social, especialmente caracterizada pela elevada desigualdade social. A pobreza no Brasil atualmente revela as disparidades regionais devido aos anos de concentração da política e das indústrias no sul do país. Os estados do norte e nordeste têm os maiores índices de pobreza, Maranhão, Piauí, Alagoas e Paraíba são aqueles que possuem a maior proporção de pobres
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Vamos esclarecer aqui um termo que é confundido com pobreza a Desigualdade social que não é a mesma coisa
A desigualdade social é uma das características mais marcantes da estrutura social brasileira, mas esta não se reduz à distribuição de renda. Ao contrário, é um fenômeno complexo e multifacetado que tem impactos diversos, em especial sobre as condições de pobreza e precariedade. Nesse sentido, a pobreza deve ser compreendida como privação de capacidades básicas que conduz à vulnerabilidade, exclusão, carência de poder, de participação e voz, exposição ao medo e à violência; enfim, à exclusão de direitos básicos e de bem‑estar. Por isso, a busca de alternativas de redução das desigualdades passa por duas vias simultâneas: a formulação de novos modelos de desenvolvimento e a definição e implementação de políticas públicas que possibilitem uma distribuição mais equitativa dos bens e recursos sociais.
E a pobreza é a condição de quem é pobre, ou seja, que não tem as condições básicas para garantir a sua sobrevivência com qualidade de vida e dignidade. A pobreza também costuma se referir a classe social e econômica das pessoas que são pobres. A pobreza pode se caracterizar por abranger diferentes aspectos da vida dos indivíduos, como por exemplo a carência de bens e serviços essenciais para a vida: alimentação, vestuário, cuidados com a saúde, alojamento, etc.
A carência social também é uma das principais características da pobreza, ou seja, a incapacidade das pessoas de participarem de modo igualitário na sociedade. Esta situação está associada ao conceito de exclusão social
O BRASIL TEVE UMA REDUÇÃO DE POBREZA NOS ÚLTIMOS ANOS CONFORME DADOS DO IBGE
O Brasil possui um histórico de pobreza de sua população, cenário endossado por diferentes pesquisas, que indicam que o número de pobres no país ainda é considerável, apesar da sua importante redução nos últimos anos, caiu conforme dados do IBGE o percentual de pessoas em situação de pobreza que viviam com até R$ 637,00 por mês caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022, enquanto a proporção de pessoas em extrema pobreza que viviam com menos de R$ 200,00 por mês caiu de 9,0% para 5,9%, neste período.
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Podemos ver Analisar a Pobreza de outro jeito também como:
Duas em cada cinco mulheres pretas ou pardas estão na pobreza
As pessoas pretas ou pardas representavam mais de 70,0% dos pobres e dos extremamente pobres. Essas desigualdades também se mantiveram nas taxas de pobreza e extrema pobreza: em 2022, 40,0% das pessoas de cor ou raça preta ou parda eram pobres, num patamar duas vezes superior à taxa da população branca (21%) e 7,7% delas eram extremamente pobres, mais que o dobro da taxa entre brancos (3,5%).
Entre as mulheres pretas ou
pardas, os percentuais foram ainda maiores, chegando a 41,3% de pobres e a 8,1%
de extremamente pobreza. O arranjo domiciliar formado por mulheres pretas ou
pardas, sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos também concentrou a maior
incidência de pobreza: 72,2% dos moradores eram pobres e 22,6% eram
extremamente pobres.
VEJA VÍDEO ABAIXO
ONDE VIVE CRIANÇAS A POBREZA É MAIS ELEVADA
A pobreza é maior nos domicílios onde vivem crianças. Entre as pessoas com até 14 anos de idade, 49,1% eram pobres e 10,0% eram extremamente pobres, um percentual muito superior ao da população com 60 anos ou mais: 14,8% de pobres e 2,3% extremamente pobres.
Cabe ressaltar que o conceito de pobreza não é unânime e também possui um viés qualitativo. Tradicionalmente, a pobreza é apontada como a ausência de condições adequadas de vida de uma população. Ela está ligada à inacessibilidade aos serviços básicos para a sobrevivência humana, como alimentação e saúde.
Esse cenário impacta negativamente o cotidiano das populações, implicando graves consequências para o desenvolvimento humano, assim como o registro de indicadores deteriorados de qualidade de vida, como baixa expectativa de vida e alta mortalidade total e infantil dos agrupamentos humanos.
A pobreza presente no território brasileiro é abrangente e envolve ainda diferentes especificidades do país, como:
- 1. Acentuada concentração fundiária;
- 2. Acelerado processo de urbanização;
- 3. Êxodo rural das populações do campo;
- 4. Falta de investimento em educação;
- 5. Grande número de trabalhadores informais;
- 6. Grande concentração de renda;
- 7. Insuficiência de políticas de combate à pobreza.
De acordo com o relatório dos resultados dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil foi um dos países que mais contribuíram para o alcance da meta proposta pelo primeiro dos oito objetivos da ONU até 2015: que é acabar com a pobreza extrema e com a fome
Apesar de o Brasil ter reduzido a extrema pobreza, o país continua sendo um dos mais desiguais do mundo. Tereza Campello, Ministra da ONU diz que de fato ainda há grandes diferenças entre a população pobre e a população rica.
Conforme a Ministra da ONU nos Superamos a fome como um problema endêmico no país, mas ainda temos públicos em situação de fome: comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhos e populações isoladas. “E também aliar a agenda da pobreza com o aumento dos anos de escolaridade da população é o grande desafio dos próximos anos”.
O representante do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA) Rafael Osório, afirma que a erradicação da pobreza deve ser formulada de maneira integrada para o cumprimento dos ODS: “Para atingirmos as metas da Agenda 2030, é necessário pensarmos em uma estratégia nacional integrada, com planejamento que envolva todas as dimensões do desenvolvimento: a ambiental, a social e econômica”. Um termo que é ligado a sustentabilidade e seu desenvolvimento.
Fontes: significados.com.br
contemporanea.ufscar.br
pucsp.br
preparaenem.com
agenciadenoticias.ibge.gov.br
todamateria.com.br
mundoeducacao.uol.com.br
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