O Brasil faz parte do G20, o grupo de países com as maiores economias do mundo, desde que foi fundado em 1999. O G20 foi criado após a crise financeira asiática como um fórum para discutir questões econômicas e financeiras globais.
O Brasil assumiu a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023 e permanecerá no cargo até 30 de novembro de 2024. Durante a presidência brasileira, o país está trabalhando em parceria com a Índia e a África do Sul.
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O INICIO DO G20
A Cúpula do G20 começou na segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, com a presença de chefes de Estado e delegações de 40 países, além de 15 organismos internacionais.
A chegada dos líderes mundiais no Museu de Arte Moderna (MAM), no Centro do Rio, a sede do encontro, começou por volta das 8h30. Estão no Rio os presidentes de potências como Estados Unidos (Joe Biden) e China(Xi Jinping).
PAÍSES QUE FAZEM PARTES DO G20
- África do Sul
- Alemanha
- Arábia Saudita
- Argentina
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- França
- Índia
- Indonésia
- Itália
- Japão
- México
- Reino Unido
- Rússia
- Turquia
... mais a União Africana e a União Europeia.
TEMAS DISCUTIDOS NO G20
- Combate à fome
- Transição energética
- Desenvolvimento sustentável
- Reforma da governança global
- Tributação de bilionários
- Apoio à COP 30 no Brasil
- Soluções para desafios globais
O G20 se reúne anualmente para discutir e promover a cooperação em questões financeiras e econômicas globais. A presidência do G20 é rotativa em 2024, o Brasil foi o país que liderou as discussões.
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A pauta prioritária estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva focou em três pilares fundamentais:
- combate à fome e à pobreza
- desenvolvimento sustentável
- reforma da governança global
O período marcou a volta do protagonismo brasileiro
na agenda internacional.
O ENCERRAMENTO DO G20
No encerramento da Cúpula do G20, nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, o presidente Lula fez um balanço dos avanços alcançados nos últimos meses, com mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras. Enfatizou o legado deixado pela liderança brasileira e apontou para os múltiplos desafios à frente. Ressaltou também a participação social na discussão das grandes questões globais, por meio do inédito G20 Social. O documento final do G20 Social, produzido pela sociedade civil, foi entregue a cada líder da cúpula do G20.
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“Lançamos uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e iniciamos um debate inédito sobre a taxação de super-ricos. Colocamos a mudança do clima na agenda dos Ministérios de Finanças e Bancos Centrais e aprovamos o primeiro documento multilateral sobre bioeconomia. Fizemos um Chamado à Ação por reformas que tornem a governança global mais efetiva e representativa e dialogamos com a sociedade por meio do G20 Social”, afirmou o presidente em seu discurso.
O Brasil tem um papel de destaque no G20, tendo:
- Garantido consenso em temas como tributação de fortunas e ações climáticas
- Fortalecido o vínculo entre a sociedade civil e o governo, lançando o G20 Social Participativo
- Discutido assuntos prioritários como o combate à fome, pobreza e desigualdade
- Estimulado a participação da sociedade civil nas discussões e formulações de políticas do grupo
- O G20 separa seus membros em cinco grupos para garantir maior variedade no processo de seleção da próxima presidência. O Brasil integra o grupo 3, ao lado de Argentina e México.
- Sob a liderança do Brasil, que ocupa a presidência rotativa do G20 desde dezembro de 2023, foram realizadas mais de 130 reuniões preparatórias em diversas cidades brasileiras.
DESTAQUES NO G20 NO BRASIL
Avanços na agenda climática e tributária
A presidência brasileira conseguiu importantes avanços em duas frentes cruciais: a questão climática e a tributação internacional. Na área ambiental, foi aprovada uma declaração ministerial histórica reforçando o compromisso com o Acordo de Paris e a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. No campo tributário, a Declaração do Rio de Janeiro sobre Cooperação Tributária Internacional abriu caminho para uma discussão global sobre tributação mais justa de grandes fortunas.
“O Brasil acertou muito na condução do G20 e imprimiu os temas que são mais caros à diplomacia nacional. A declaração final do G20 acentua a importância de três grandes temas: o reforço ao Acordo de Paris, metas mais ambiciosas para o combate à mudança climática, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a reforma da governança global, principalmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, explica o professor. A proposta, agora, parte da agenda internacional, envolve governos, organizações internacionais e ONGs, com a possibilidade de financiamento por meio de tributação sobre os mais ricos.
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Um dos pontos mais debatidos foi a taxação de grandes fortunas. Proposta pelo Brasil, a medida poderia arrecadar US$ 250 bilhões anuais, destinados ao combate à desigualdade e à transição energética. Apesar de resistências iniciais, principalmente da Argentina, a diplomacia brasileira conseguiu construir o consenso necessário para incluir o tema na declaração final.
“Há previsão de uma tributação dos mais ricos e a tributação dos mais ricos seria destinada para abastecer os recursos necessários para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Isto, sem dúvida, representa um grande efeito da diplomacia brasileira e uma marca que o Brasil deixará na presidência do G20”, destaca Amaral Júnior. A posição firme do Brasil demonstra habilidade diplomática, essencial para superar divergências regionais e avançar no diálogo internacional.
Outro tema de grande relevância foi o combate às mudanças climáticas. O G20 reafirmou o compromisso com o Acordo de Paris, pedindo metas mais rigorosas diante do aumento inesperado da temperatura global. “Estamos 1,5°C acima do nível pré-industrial, algo que não era previsto para esta década. Isso exige medidas urgentes para evitar um cenário irreversível”, ressaltou o especialista.
A liderança brasileira foi fundamental para garantir consenso em temas sensíveis, como tributação de fortunas e ações climáticas. O evento destacou o papel do Brasil como articulador global e apontou caminhos promissores para a cooperação internacional em tempos desafiadores.
Fonte: jornal.usp.br / gov.br / g1.globo / g20.org