CULTURAS E INTELIGÊNCIA
A Cultura e a inteligência são dois estados distintos de uma pessoa uma pessoa que tem Cultura é considerado Culto e uma pessoa Culta é aquela pessoa que tem cultura, que é instruída, civilizada ou informada, que tem conhecimento sobre vários assuntos.
A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos.
DIFERENÇAS ENTRE SER CULTO OU INTELIGENTE |
Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia), cultura é uma rede de compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.
Os elementos que compõem uma cultura são compartilhados pelos membros da sociedade, criando-se, assim, uma identidade cultural.
As Culturas das pessoas são diferentes elas se modificam de acordo de Países Estados, Regiões e Cidades no Brasil podemos ver o Tanto que a Cultura muda de uma região para outra como a do Sul, Sudeste, Nordeste, Centro oeste etc, elas mudam a alimentação, vestes de roupa, arquiteturas, artesanatos, musicas etc.
INTELIGÊNCIAS
Inteligência é um conjunto que forma todas as características intelectuais de um indivíduo, ou seja, a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. A inteligência é uma das principais distinções entre o ser humano e os outros animais.
Etimologicamente, a palavra "inteligência" se originou a partir do latim intelligentia, oriundo de intelligere, em que o prefixo inter significa "entre", e legere quer dizer "escolha". Assim sendo, o significado original deste termo faz referência a capacidade de escolha de um indivíduo entre as várias possibilidades ou opções que lhe são apresentadas.
Para a escolha da melhor e mais adequada oportunidade, entre as várias opções, uma pessoa precisa avaliar ao máximo todas as vantagens e desvantagens das hipóteses, necessitando para isso da capacidade de raciocinar, pensar e compreender, ou seja, a base do que forma a inteligência.
Entre as faculdades que constituem a inteligência, também está o funcionamento e uso da memória, do juízo, da abstração, da imaginação e da concepção.
Os conceitos e definições da inteligência variam de acordo com o grupo a que se referem. Por exemplo, na psicologia, a chamada "inteligência psicológica" é a capacidade de aprender e relacionar, ou seja, a cognição de um indivíduo; enquanto que no ramo da biologia, a "inteligência biológica" seria a capacidade de se adaptar a novos habitats ou situações.
A pessoa que tem inteligência é a que sabe ouvir Têm empatia e, principalmente, sabem escutar o outro. Essa frase, portanto, reflete a habilidade de pessoas inteligentes em entender diferentes perspectivas e opiniões. E, ao mesmo tempo, revela sua abertura a novas ideias, sem demasiado apego às próprias crenças.
SER CULTO OU SER INTELIGENTE
“Ser culto” e “ser inteligente” são considerados estados distintos do intelecto. Um se refere à “cultura” que possui uma pessoa e o outro tem conotações um tanto mais científicas, como uma característica quase fisiológica, que pode ser medida e quantificada.
DIFERENÇAS ENTRE SER CULTO OU INTELIGENTE
Assim, alguém é culto pelos livros que leu e lembra; pela qualidade de seu vocabulário; pelos filmes a que já assistiu e, inclusive, pelas viagens que já realizou. Culto é aquele que se há cultivado, como um campo, para obter para si os melhores frutos da civilização. A partir de uma perspectiva, na qual se combinam os maiores projetos do Ocidente – dos valores da Antiguidade Clássica ao Humanismo do Renascimento, ao Cristianismo e à Ilustração –, uma pessoa culta também é compassiva, empática, solidária, amável e, talvez, até sábia. Em poucas palavras, há toda uma corrente de pensamento que defende que o ser humano se torna assim somente graças à cultura.
DIFERENÇAS ENTRE SER CULTO OU INTELIGENTE |
A inteligência, por outro lado, se há pensado e estudado, sobretudo como uma qualidade inerente ao homem como espécie. Nossa inteligência é resultado da evolução e, por isso mesmo, todos os indivíduos a tem. A partir de um ponto de vista científico, a inteligência explica porque somos capazes de ler ou assistir a um filme, porém, também, de adicionar ou de diminuir quantidades, e que possamos dirigir um carro ou pegar uma bola.
Curiosamente, por razões que não são de todo claras, porém, talvez, se expliquem pelo classismo de certas sociedades, em certas circunstâncias, a cultura e a inteligência podem aparecer em conflito. Dado que a cultura se transformou em um bem associado às classes privilegiadas – a nobreza ou a burguesia, por exemplo –, também se tem utilizado como uma forma de discriminação, uma forma de diferenciar entre uma pessoa que teve acesso à dita cultura – a certos livros, certas escolas, certas viagens – e outra que não. Quando a cultura é usada dessa maneira, é previsível que se transforme em uma categoria desprezível.
DIFERENÇAS ENTRE SER CULTO OU INTELIGENTE |
Daí que surja, então, o “ser inteligente” como uma espécie de defesa: talvez, nem todos sejamos cultos, porém, sem dúvida todos somos inteligentes. Para alguns, não ter cultura se compensa com o fato de, por exemplo, poder resolver problemas com facilidade, ou viver de forma simples, sem criar esses labirintos absurdos nos quais, às vezes, se metem as pessoas cultas.
Nenhuma cultura é melhor que outra. Infelizmente, é verdade que tanto a cultura quanto a inteligência estão relacionadas com a desigualdade inevitável do sistema de produção hegemônico. A desnutrição, por exemplo, têm efeitos sobre o desenvolvimento cognitivo de uma criança, e sabemos bem que há sociedades mais desnutridas que outras. Igualmente, a cultura, a pesar de todos os seus sonhos humanistas, se transformou em um produto de consumo, o qual possibilita que surja e se destine a pessoas que possam adquiri-la.
Talvez, por isso, há um ponto em que ser inteligente pareça mais atrativo que ser culto. Para que cultivá-la, se a cultura também serve para humilhar e diferenciar? Para que cultivá-la se, com isso, também se alimenta essa máquina impiedosa de produção-consumo-refugo? Conflitos em que a cultura está envolvida e, por isso mesmo, pouco provável que seja um caminho para solucioná-los.
E a inteligência? Talvez aí se encontrem outras possibilidades. A pesar da afirmação de Proust —“Cada dia atribuo menos valor à inteligência”—, Talvez, a inteligência seja esse salvo-conduto que nos leve para fora das posturas falsas e dos simulacros da cultura contemporânea.
Fontes: Significados / desacato / Frank Dias Ferreira