Quais são as causas da fome no Brasil são resultantes de diversas problemáticas. O país enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela alta da inflação e pela queda do poder de compra da população. Além disso, faltam ações governamentais de acesso ao emprego e à renda.
O Brasil também é um país marcado pela desigualdade social, o que dificulta de maneira significativa o acesso à alimentação pela parcela mais pobre da população. No mais, destaca-se que a má gestão sanitária da pandemia de covid-19 no país ampliou ainda mais o cenário de fome presente entre os brasileiros.
Enfrentar o problema da fome é uma prioridade, uma questão de princípios e valores, e dever de todo gestor público para que ninguém mais sofra com a dor dessa indignidade.
ACABAR COM A FOME - IMPLEMENTAR AGRICULTURA SUSTENTÁVEL E IMPOR OS ODS ATÉ 2030 PARA FUNCIONAR |
Mas como combater esse mal? Iniciativas como banco de alimentos, campanhas para reduzir o desperdício, programas de transferência de renda e novas tecnologias que ampliam e asseguram a produção agrícola são algumas das ações desenvolvidas e pensadas globalmente para mitigar o problema da insegurança alimentar.
Vamos ver alguns Projetos urbanos
No estado de SP, se implementou e mantém programas pioneiros de combate à fome e à desnutrição. O primeiro deles, o Bom Prato, considerado o maior programa de segurança alimentar da América Latina, já serviu 14 milhões de refeições em suas 107 unidades, somente no período de janeiro a junho do ano de 2023. Ele está baseado em uma fórmula capaz de fornecer uma refeição nutritiva e saborosa ao preço de R$1 (um real), desde a sua criação, há 23 anos.
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Outro programa é o Projeto Viva
Leite, que entrega cerca de 4 milhões de litros de leite por mês enriquecido
com Ferro e Vitaminas A e D para mais de 300 mil crianças e idosos. O objetivo
principal é combater a anemia por deficiência de Ferro, que acarreta uma série
de problemas no desenvolvimento mental e psicomotor, além de retardo no
crescimento das crianças, e pode agravar a condição de saúde da pessoa idosa.
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A Agricultura nas cidades como hortas comunitárias
Com o Brasil vivendo no paradoxo, fruto de suas desigualdades estruturantes, de ser um dos maiores exportadores agrícolas do mundo e, ao mesmo tempo, ter 33 milhões de pessoas sem saber se terão três refeições diárias. Em um mundo onde o crescimento e a concentração populacional ocorrem cada vez mais nos centros urbanos, que em 2050 responderá por quase 70% desse contingente, o país tem encontrado formas de lidar com o desafio de combater a fome em meio a um cenário de crise climática. Estas soluções partilham da visão de que as cidades precisam também produzir alimentos, superando o tabu de que tal atividade é exclusiva das zonas rurais.
Uma solução é a horta comunitária
As hortas podem ser feitas em
terrenos públicos desocupados que viram focos do mosquito da Dengue e pontos de
descarte de lixo e entulho. Áreas escolares desocupadas também podem ser usada
como uma fonte para a horta comunitária e levar ensino a estes lugares e uma
maior socialização com a população. Lugares citados ficam abandonados sem cuidado
se montadas e trabalhadas as hortas comunitárias nestes locais podem unir comunidades
melhorar o ensino de crianças mostrando e dando eles um ambiente saudável de se
ter contato com a terra, trabalhar e se aprender o perigo dos agrotóxicos e
levar pessoas a ter um trabalho e fonte de renda, melhorar a nutrição da
população com alimentos sem agrotóxicos e ainda reciclar resíduos orgânicos transformando
em adubos.
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A hortas são muito importantes não só para o meio ambiente, mas também contribuem muito para a luta contra a fome, com o próprio cultivo dos alimentos populações poderiam se alimentar gerando um custo muito baixo de produção. O acesso ao alimento é um ponto crucial a ser discutido principalmente com as novas gerações, uma conscientização precisa ser feita com essas pessoas, que jovens ou não precisam descobrir os benefícios de plantar seu próprio alimento, que além de um controle do cultivo o processo pode ser visto também como terapêutico e de inclusões sociais.
METAS DOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano
Acabar com todas as
formas de desnutrição, inclusive pelo alcance até 2025 das metas acordadas
internacionalmente sobre desnutrição crônica e desnutrição em crianças menores
de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais de meninas
adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas
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Dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não-agrícola
Garantir sistemas
sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas
resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os
ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças do clima, às
condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que
melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo
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Manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e adequadamente geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, conforme acordo internacional
Aumentar o investimento, inclusive por meio do reforço da cooperação
Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, inclusive por meio da eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha
Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commodities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mercado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade extrema dos preços dos alimentos
O BRASIL AUMENTOU UM CRESCIMENTO DE FOME DURANTE A SITUAÇÃO DA COVID 19
O Brasil apresentou um
crescimento vertiginoso da fome nos últimos anos. O 2º Inquérito Nacional sobre
Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, produzido
pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
(Rede Penssan), indica que cerca de 33 milhões de brasileiros passam fome, isto
é, aproximadamente 15% da população do país. Já no que toca a insegurança
alimentar, o relatório mostra que cerca de 125 milhões de brasileiros enfrentam
alguma situação de insegurança alimentar.
VEJA O VÍDEO ABAIXO
VEJA O VÍDEO ACIMA
Quais são as consequências da fome no Brasil?
As consequências da fome envolvem diversas esferas da sociedade, desde questões econômicas até de saúde da população. A alimentação insuficiente gera, por exemplo, deficiência no desenvolvimento físico e cognitivo dos indivíduos. Além disso, a fome causa um cenário de intensa instabilidade social, contribuindo, dentre outros fatores, para o aumento da violência.
A fome também impacta diretamente o cotidiano de famílias, por meio do aumento da pobreza, da marginalização social, de dificuldades na escola e de deterioração da saúde. Portanto, a ausência de alimentação adequada tem repercussão direta em diferentes setores e atividades da sociedade. Logo, deve ser combatida de forma eficiente, a fim de evitar maiores prejuízos econômicos, humanos e sociais, especialmente em médio e longo prazo.
Fontes: agresonline.com.br
diplomatique.org.br
unas.org.br
mundoeducacao.uol.com.br
desenvolvimentosocial.sp.gov.br
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