19 dezembro 2020

Conclusão das postagens- UTC PARA GERENCIAMENTO DAS UNIDADES DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM IMPLANTADAS EM MG

Alguns resíduos como sucatas, pneumáticos inservíveis, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, resíduos eletroeletrônicos, frequentemente têm sido encontrados em grande volume nas unidades. Isso é considerado um obstáculo para os municípios com UTC, tendo em vista a necessidade do desenvolvimento da cadeia de reserva e do mercado para tais tipos de resíduos. No caso especifico dos REE, ainda são poucas as empresas que realizam a reciclagem desses materiais, e as escalas e os custos dos fretes podem ser obstáculos. Por conta disso, soluções improvisadas são realizadas nas UTCs: dentre as principais, verifica-se o desmonte e fracionamento dos equipamentos e o armazenamento nos galpões da unidade.

 

UTC PARA GERENCIAMENTO DAS UNIDADES DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM IMPLANTADAS EM MG
UTC PARA GERENCIAMENTO DAS UNIDADES DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM IMPLANTADAS EM MG

 

Um contratempo notável nas UTCs em Minas Gerais tem a ver com o controle do processo de compostagem, ou a própria ausência dele. São vistos nas UTCs equívocos na execução da compostagem, falta de monitoramento do processo (ex.: medição da temperatura, reviramento de pilhas, controle da umidade, dentre outros) e falta de uma análise criteriosa dos laudos do composto, tornando o processo sem validade técnica.


Observa-se, sobretudo, a falta de profissionais capacitados e o despreparo técnico para realizar o processo de compostagem e para continuar com sua manutenção. Por conta disso, muitos dos municípios mineiros que possuem UTC estão utilizando as instalações apenas para atividades de triagem dos recicláveis. Somente entre a relação de UTCs fiscalizadas foram identificados 35 casos de compostagem paralisadas, fato que merece atenção por parte do órgão ambiental.


Em relação aos aspectos de operação de uma UTC, a vala de rejeitos é a que apresenta maior desconformidade. De maneira geral, observam-se a falta de planejamento para a execução desses dispositivos e, também, problemas operacionais. Normalmente o resíduo que deixou de ser triado na mesa é destinado para a vala de rejeitos; assim, a forma descuidada como estas áreas vem sendo contruídas e operadas é considerada um importante problema de ordem ambiental.


Verifica-se a necessidade de ajustes e readequações tanto na infraestrutura, quanto na operação de algumas UTCs, pois a operacionalização das unidades segue comprometida por uma série de dificuldades e limitações gerenciais e operacionais. Por fim, deve-se salientar que nenhuma UTC consegue ter eficiência num nível adequado sem que haja coleta seletiva – de boa qualidade – junto à população. Isto significa que o processo nas UTC já começa errado, visto que elas teriam que compensar uma situação absolutamente complicada, dadas as más condições com que os resíduos sólidos a elas são encaminhados quando de sua geração, nos domicílios ou nos comércios. Em suma: a boa gestão se faz com o resultado combinado de diversos procedimentos, sendo virtualmente impossível que uma única etapa, isolada, deste processo, seja 100% eficiente.
 

AGRADECIMENTOS
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo auxílio à pesquisa através da bolsa de pós-graduação; ao Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG, pelo auxílio financeiro para algumas das visitas a campo; aos colegas da FEAM-MG e aos responsáveis e funcionários das UTC nas cidades visitadas, que colaboraram com as visitas e os levantamentos de informações, e à FAPEMIG pelo auxílio à participação em eventos científicos.

Fonte:www.saneamentobasico.com.br/AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DAS UNIDADES DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM EM MINAS GERAIS


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