28 junho 2020

COLETA SELETIVA MUNICIPAL - DIAGNÓSTICO DEPOIS DA CRIAÇÃO DO GRUPO GESTOR



Levantamento das informações disponíveis e Diagnóstico Participativo

Deve-se começar o diagnóstico pelo levantamento das informações disponíveis sobre as características do município e sobre o sistema de limpeza urbana. A partir da análise dessas informações, prepara-se para a realização do Diagnóstico Participativo. A metodologia de Diagnóstico Participativo pressupõe o compartilhamento das informações disponíveis por meio de técnicas de visualização tanto das informações obtidas como daquelas que serão colhidas em grupo, com o seu registro em mapas, cartazes e cartelas. Para orientar o trabalho, devem ser formuladas perguntas cujas respostas permitirão a construção de um cenário da cidade que traduzirá a forma como a comunidade percebe o seu município em relação à implantação ou ampliação da coleta seletiva.

O Diagnóstico Participativo permite desnudar uma visão da realidade que normalmente os relatos oficiais e os documentos técnicos mascaram.

É muito difícil o próprio técnico ter autocrítica ao registrar as informações em documentos. Como no Grupo Gestor há representantes do poder público e da sociedade civil, as informações técnicas são enriquecidas pela percepção social, criando uma referência importante para o planejamento. Essa metodologia permite uma construção coletiva das informações, o que, de certa forma, possibilita aliviar tensões, já que não se trata de estimular críticas negativas, mas de construir consenso acerca da realidade, sem embates ou cobranças, mas com o registro das informações e percepções comuns ao grupo.

Para esse processo, é importante haver técnicos atuando como facilitadores, provocando a participação do grupo por meio de formulação de perguntas sobre:

• a coleta convencional de lixo;

• a existência de lixão;

• a existência de catadores no lixão ou nas ruas;

• a existência de depósitos compradores de recicláveis ou de outras formas de comercialização (compradores de outros locais que passam eventualmente em caminhões, comprando recicláveis, etc.).

Deve-se questionar também:

• se há crianças envolvidas na catação;

• se os catadores atuam em toda a cidade ou só na área central;

• se já houve experiência de coleta seletiva pelo poder público, ou iniciativas privadas ou de entidades filantrópicas;

Além disso, devem ser levantadas informações sobre o potencial de participação social e outras informações que possam ser obtidas coletivamente e que são fundamentais para orientar o projeto. Nos itens a seguir, relativos ao diagnóstico de cada frente (técnico-operacional, social e gerencial) há maior detalhamento sobre as informações a serem levantadas.(VEJA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS DO SITE)

Ao final da oficina de diagnóstico participativo, é necessário que o processo de reflexão coletiva seja sistematizado pelos facilitadores, de forma a se obter uma síntese da visão geral do grupo.

Essa visão será tanto mais legítima quanto maior for a representatividade social, com diferentes atores envolvidos.

A partir dos resultados do Diagnóstico Participativo, são programadas as atividades para a complementação e consolidação das informações, em alguns casos incluindo trabalhos de campo em cada uma das frentes — técnico-operacional, social e gerencial.
 
Fonte:crea-mg.org.br


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