Levantamento
das informações disponíveis e Diagnóstico Participativo
Deve-se começar o diagnóstico
pelo levantamento das informações disponíveis sobre as características do
município e sobre o sistema de limpeza urbana. A partir da análise dessas informações,
prepara-se para a realização do Diagnóstico Participativo. A metodologia de Diagnóstico
Participativo pressupõe o compartilhamento das informações disponíveis por meio
de técnicas de visualização tanto das informações obtidas como daquelas que
serão colhidas em grupo, com o seu registro em mapas, cartazes e cartelas. Para
orientar o trabalho, devem ser formuladas perguntas cujas respostas permitirão
a construção de um cenário da cidade que traduzirá a forma como a comunidade
percebe o seu município em relação à implantação ou ampliação da coleta
seletiva.
O Diagnóstico Participativo permite
desnudar uma visão da realidade que normalmente os relatos oficiais e os
documentos técnicos mascaram.
É muito difícil o próprio
técnico ter autocrítica ao registrar as informações em documentos. Como no Grupo
Gestor há representantes do poder público e da sociedade civil, as informações técnicas
são enriquecidas pela percepção social, criando uma referência importante para
o planejamento. Essa metodologia permite uma construção coletiva das
informações, o que, de certa forma, possibilita aliviar tensões, já que não se
trata de estimular críticas negativas, mas de construir consenso acerca da
realidade, sem embates ou cobranças, mas com o registro das informações e
percepções comuns ao grupo.
Para esse processo, é
importante haver técnicos atuando como facilitadores, provocando a participação
do grupo por meio de formulação de perguntas sobre:
• a coleta convencional de
lixo;
• a existência de lixão;
• a existência de catadores no
lixão ou nas ruas;
• a existência de depósitos
compradores de recicláveis ou de outras formas de comercialização (compradores
de outros locais que passam eventualmente em caminhões, comprando recicláveis,
etc.).
Deve-se questionar também:
• se há crianças envolvidas na
catação;
• se os catadores atuam em
toda a cidade ou só na área central;
• se já houve experiência de
coleta seletiva pelo poder público, ou iniciativas privadas ou de entidades
filantrópicas;
Além disso, devem ser
levantadas informações sobre o potencial de participação social e outras informações
que possam ser obtidas coletivamente e que são fundamentais para orientar o projeto.
Nos itens a seguir, relativos ao diagnóstico de cada frente
(técnico-operacional, social e gerencial) há maior detalhamento sobre as
informações a serem levantadas.(VEJA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS DO SITE)
Ao final da oficina de
diagnóstico participativo, é necessário que o processo de reflexão coletiva seja
sistematizado pelos facilitadores, de forma a se obter uma síntese da visão
geral do grupo.
Essa visão será tanto mais
legítima quanto maior for a representatividade social, com diferentes atores
envolvidos.
A partir dos resultados do
Diagnóstico Participativo, são programadas as atividades para a complementação e
consolidação das informações, em alguns casos incluindo trabalhos de campo em
cada uma das frentes — técnico-operacional, social e gerencial.
Fonte:crea-mg.org.br
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