APÊNDICE A – ROTEIRO DAS
ENTREVISTAS DAS USINAS DE RECICLAGEM A B C D E
1. DADOS GERAIS
1.1) Localização geográfica da
usina: atende a um raio de 15 Km (proximidades do local de geração), zona
urbana, descentralizada, vias de acesso (acesso fácil), boas condições de
tráfego, atende redução de ciclos de transporte, lógica de mercado, entorno
(respeito aos elementos estruturados urbanos, bem estar e saúde da vizinhança),
área de ocupação (pequeno ou médio porte), área de vocação para recebimento
(degradada, aterramento, já recebe de forma desordenada), aproveitamento de
antigas instalações de mineração inserida em áreas urbanas, uso do solo
compatível com o novo empreendimento.
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1.2) Lay-out: classificação da
usina (planta de 1, 2 ou 3 geração), instalações fixas ou móveis, abastecimento
de água, central de energia, transporte, áreas de estocagem, áreas para
armazenar diversos tipos de entulho recebido e vários tipos de agregados produzidos,
necessidade drenagem, cobertura e irrigação.
1.3) Implantação: data da
inauguração, sofreu alguma intervenção, faz parte de algum programa ou projeto
(programa de gerenciamento de resíduo, programa de reciclagem de entulho),
aceitação pacífica por parte dos moradores, quem gerencia, histórico da implantação,
existe rede de captação de resíduos dentro da malha urbana (ou proximidades da
usina), inaugurada com que capacidade de reciclagem, atual capacidade de
reciclagem.
1.4) Divulgação: há realização
de campanhas setoriais de conscientização (carro de som, folhetos, instalações
de placas de sinalização).
1.5) Impacto ambiental:
instalações de barreiras vegetais para a proteção acústica da área impedindo
que o material transformado em partícula se espalhe na atmosfera.
2. ASPECTOS LEGAIS – EFEITOS
DA GESTÃO MUNICIPAL
2.1) Municipalidade (políticas
públicas): prefeitura oferece subsídios a usina, isenção de impostos, leis de
incentivos ao desenvolvimento das atividades econômicas, ações de incentivos,
licitações de obras que favoreçam o uso do reciclado, estimula a atividade comercial
e produtiva, ações sociais e educativas (educação ambiental), pesquisa e desenvolvimento.
2.2) Parcerias: construção de
parcerias entre poder público e privado, parcerias entre municípios conurbados,
recursos e equipamentos locados (imobilização de investimento).
3. MATÉRIA - PRIMA
3.1) Procedência: a usina
recebe material de um PDE (posto de descarga) ou BDE (base de descarga) ou
bacias de captação de resíduos ou URVPS (unidade de recebimento de pequenos
volumes), existem incentivos constante a entrega voluntária.
3.2) Procedimentos para
recebimento: entulho apresenta quantidade visivelmente significativa de
contaminantes (podas, papel, papelão, madeira, matéria orgânica, plásticos,
solos, metais, entre outros.), homogeneização, diversidade (tipo de material
que chega, o que predomina concreto, cerâmico, terra, entre outros),
classificação.
3.3) Caracterização do entulho:
análise de características físicas, químicas, mecânicas e ambientais, ensaios
para caracterização qualitativa e quantitativa, metodologia caracterização.
3.4) Estocagem
4. PROCESSO DE RECICLAGEM
4.1) Etapas: limpeza e seleção
prévia (segregação, organização e remoção adequada dos resíduos),
homogeneização, trituração, extração de materiais metálicos, eliminação de contaminantes,
estocagem para expedição.
4.2) Linha de produção:
avaliação visual da qualidade do entulho, separação manual dos materiais não
utilizáveis, alimentação do equipamento de moagem com o entulho previamente
limpo, moagem dos resíduos, empilhamento do material moído. As tecnologias
empregadas na produção devem apresentar compatibilidade entre as características
das matérias-primas, os componentes gerados e os usos a serem estipulados.
4.3) Equipamentos: pá
carregadeira, alimentador vibratório apoiado com capacidade m3/hora, britador
de impacto com m3/hora, circuito aberto, transportador de correia móvel com velocidade
de trabalho m/min, eletroímã suspenso em regime de trabalho contínuo, sistema
nebulizador para contenção de material particulado, sistemas de contenção de ruídos
com manta de borracha anti-choque, estrutura metálica de sustentação de todo conjunto,
moinho martelo, peneiras (vibratórias), mecanismos de transporte, sistema de eliminação
de contaminantes, flotadores d’água e produção nominal dos equipamentos (toneladas/dia).
4.4) Similaridade com usina de
agregados para concreto: alimentador do britador primário (esteiras, cabos
aéreos, etc.), britadores primários e secundários (rebritadores), britador de mandíbulas
ou de movimento alternativo, britador giratório ou de rolo movimento contínuo,
britador martelos (de bolas ou de barras), transporte entre britadores
(britadores podem estar separados), peneiramento, lavagem e estocagem.
4.5) Manuseio e estocagem:
segregação no descarte e amontoamento do agregado.
5. PRODUTO
5.1) Caracterização:
parâmetros adequados ao emprego do agregado na produção de materiais (análise
granulométrica, teor de materiais pulverulentos, inchamento, absorção, entre outros).
5.2) Características das
faixas granulométricas: areia, brita 0, brita 1, rachão.
5.3) Aplicações: fração graúda
(camadas de pavimentação, concreto não estrutural), fração fina (camadas
pavimentação, argamassa, tijolos e blocos), nivelamento de terreno, cascalhamento
de vias, estacionamentos e pátios, base e sub-base (revestimento primário, processo
de reciclagem menos sofisticado).
5.4) Capacidade de Produção:
projetada para gerar m3/dia, produção média, produção diária (% brita corrida,
% agregados com granulometrias características)
6. ATORES SOCIAIS
6.1) Geração de empregos:
diretos (mão-de-obra) e indiretos (caminhoneiros, carroceiros)
6.2) Comunidade: participação,
como está sendo afetada, colaboração com a usina.
6.3) Consumidores:
municipalidades, população (autoconstrução).
6.4) Fornecedores:
caçambeiros, população, construtoras, coletores autônomos.
Fonte do texto:.ietsp.com.br/ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS/Nelma Almeida Cunha