Isopor é reciclável? Saiba como deve ser feito o descarte de isopor
O poliestireno expandido, popularmente conhecido como isopor, é um
produto sintético proveniente do petróleo e que não contém artigos
tóxicos ou perigosos para o meio ambiente. Sua produção é totalmente
isenta de CFCs, e seu componente básico é o ar.
Apesar de ser considerado atóxico e não ser prejudicial ao meio
ambiente, o isopor é um material que demora bastante tempo para se
decompor, ocupa um grande volume nos aterros sanitários
e é repetidamente produzido em larga escala: estima-se que cerca de 60
mil toneladas a cada ano. Por isso, é necessário ficar atento à correta
eliminação e tratamento do isopor.
Embora poucas pessoas saibam disso, o isopor é um tipo de plástico, e é totalmente reciclável.
No processo, ele passa por uma limpeza e, em seguida, por maquinário
que retira o gás presente em seu interior. O material é, então,
triturado, derretido e granulado, voltando a ser matéria-prima que pode
ser aplicada na produção de caixas, solas de sapato e clipes.
A reciclagem de isopor, entretanto, enfrenta diversos problemas de
viabilidade econômica. Isso porque o material é 95% composto de ar, o
que o torna bastante leve, volumoso e barato. Por conta dessas
características — que resultam em transporte dificultado e pouco retorno
financeiro —, esse não é um produto considerado prioridade para
catadores de lixo e cooperativas.
Fonte do texto:.dinamicambiental.com.br
o Isopor pode ser substituído em alguns materiais e já tem experiências e estudo sobre como fazer veja no vídeo abaixo:
No vídeo acima é mostrado uma experiência para substituir as embalagens de Isopor por embalagens biodegradáveis
A maioria dos brasileiros não sabe onde ou como descartar o isopor ou poliestireno, um plástico que pode ser 100% reaproveitado a partir da reciclagem.
O poliestireno, mais
conhecido como isopor, é totalmente reciclável, mas apenas 7% dos
brasileiros sabem disso, segundo pesquisa realiza da pela empresa de
embalagens Meiwa, de São Paulo. Em Curitiba, já é possível reciclar o
isopor – uma máquina trazida por meio de uma parceria entre a Meiwa, a
Santa Luzia Molduras (empresa de Santa Catarina responsável pela
máquina), o Sindicato dos Estabelecimentos Parti culares de Ensino do
Paraná (Sine pe-PR) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC)
funciona há pouco mais de cinco meses na usina de reciclagem de Campo
Magro, na região metropolitana.
Isso significa que, ao contrário do que muitos pensam, o isopor pode e
deve ser descartado com outros resíduos sólidos como papéis, vidros,
metais e plásticos. “O isopor na verdade é um plástico, e por isso é
100% reaproveitado”, explica o gerente de desenvolvimento e mercado da
Meiwa, Ivam Michaltchuk.
A máquina recicla cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima substitui a madeira ao ser usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, diz Michaltchuk. O material reciclado também é usado como insumo para concreto leve e solado plástico para calçados. Só não pode ser reaproveitado para embalar alimentos.
Conscientização
Segundo o gerente da Meiwa, a destinação correta do poliestireno sempre foi uma preocupação da empresa e, por isso, ela se envolveu com diversos projetos educacionais, entre eles o Planeta Reciclável, desenvolvido pelo Sinepe-PR no ano passado para conscientizar professores e estudantes do estado para questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Queríamos trabalhar a importância da reciclagem nas escolas e este era um bom caminho. Neste ano, algumas escolas da cidade vão elaborar projetos nessa área. Pla nejamos também promover uma feira com produtos pedagógicos feitos de isopor reciclável”, conta o presidente do Sinepe-PR, Ademar Batista Pereira. Em Curitiba, cerca de 200 famílias já trabalham com a reciclagem de isopor na usina de Campo Magro. Eles vendem o ma terial por quilo para a Santa Luzia, que faz a reciclagem.
Uma segunda máquina de reciclagem de isopor foi instalada no presídio
de Piraquara, na região metropolitana. A iniciativa faz parte do
Projeto Revima – Revalorizando Vidas e o Meio Ambiente. Por mês, os
presos processam cerca de 4,5 toneladas de isopor, que vem da embalagem
de suas refeições.
Dificuldade
Além de Curitiba e São Paulo, existem poucas cidades no país que reciclam o isopor. Michaltchuk explica que a maior dificuldade encontrada para reciclar este material está no transporte, devido a sua baixa densidade. “É um material leve, mas que ocupa muito espaço, por conter gás pentano em sua composição. A máquina recicladora que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar estes resíduos.”
Segundo dados da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos,
em 2008 foram produzidos no Brasil cerca de 82,9 mil toneladas de
poliestireno, sendo que apenas 7 mil toneladas – 8,4% – foram
reciclados.
Utilização
De matéria-prima a energia
Segundo informações da entidade socioambiental Plastivida, o isopor é uma marca comercial para dois tipos técnicos de produtos: o poliestireno expandido (EPS), usado para a fabricação de caixas de acondicionamento e embalagens protetoras, e o poliestireno extrusado (XPS), uma espuma mais rígida, usada para fazer bandejas e copos. A proprietária da marca isopor é da empresa Knauf.
O material pode ser reciclado de três formas. A reciclagem mecânica
transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos
produtos. A energética usa o poliestireno para a recuperação de energia,
devido ao seu alto poder calorífico. Já a reciclagem química reutiliza o
plástico para a fabricação de óleos e gases. O material também tem sido
utilizado no isolamento térmico de edifícios. Ao ser queimado em usinas
térmicas para a geração de energia, o poliestireno se transforma em gás
carbônico e vapor d’água. Por isso, sua fabricação não apresenta nenhum
risco à saúde humana nem ao meio ambiente. O isopor não é solúvel em
água, não contamina alimentos, não causa danos à camada de ozônio, pois
não contém gás clorofluorcarbono, o CFC, e o seu processo de fabricação
consome pouca energia.
Passo a passo
Entenda como ocorre o processo de reciclagem do poliestireno recolhido em Curitiba e na região metropolitana:
1- As embalagens são recolhidas pela coleta seletiva ou pelos catadores e encaminhadas à usina de reciclagem de Campo Magro.
2- O material passa pela máquina de reciclagem, o gás de sua
composição é retirado e o isopor é compactado em fardos ou transformado
em tarugos (com formato de um pão) para ser transportado para a cidade
de Braço do Norte, em Santa Catarina, sede da Santa Luzia Molduras.
3- O material compactado passa por um segundo processo de reciclagem.
O poliestireno é triturado, derretido, granulado e volta a ser
matéria-prima para a fabricação de novos produtos.
Fonte do texto: setorreciclagem.com.br