11 abril 2016

O ISOPOR SEU DESCARTE SUA RECICLAGEM E SUA SUBSTITUIÇÃO

Isopor é reciclável? Saiba como deve ser feito o descarte de isopor

O poliestireno expandido, popularmente conhecido como isopor, é um produto sintético proveniente do petróleo e que não contém artigos tóxicos ou perigosos para o meio ambiente. Sua produção é totalmente isenta de CFCs, e seu componente básico é o ar.

Apesar de ser considerado atóxico e não ser prejudicial ao meio ambiente, o isopor é um material que demora bastante tempo para se decompor, ocupa um grande volume nos aterros sanitários e é repetidamente produzido em larga escala: estima-se que cerca de 60 mil toneladas a cada ano. Por isso, é necessário ficar atento à correta eliminação e tratamento do isopor.

Embora poucas pessoas saibam disso, o isopor é um tipo de plástico, e é totalmente reciclável. No processo, ele passa por uma limpeza e, em seguida, por maquinário que retira o gás presente em seu interior. O material é, então, triturado, derretido e granulado, voltando a ser matéria-prima que pode ser aplicada na produção de caixas, solas de sapato e clipes.

A reciclagem de isopor, entretanto, enfrenta diversos problemas de viabilidade econômica. Isso porque o material é 95% composto de ar, o que o torna bastante leve, volumoso e barato. Por conta dessas características — que resultam em transporte dificultado e pouco retorno financeiro —, esse não é um produto considerado prioridade para catadores de lixo e cooperativas.
 Fonte do texto:.dinamicambiental.com.br

 o Isopor pode ser substituído em alguns materiais e já tem experiências e estudo sobre como fazer veja no vídeo abaixo:

No vídeo acima é mostrado uma experiência para substituir as embalagens de Isopor por embalagens biodegradáveis

A maioria dos brasileiros não sabe onde ou como descartar o isopor ou poliestireno, um plástico que pode ser 100% reaproveitado a partir da reciclagem.

O poliestireno, mais conhecido como isopor, é totalmente reciclável, mas apenas 7% dos brasileiros sabem disso, segundo pesquisa realiza da pela empresa de embalagens Meiwa, de São Paulo. Em Curitiba, já é possível reciclar o isopor – uma máquina trazida por meio de uma parceria entre a Meiwa, a Santa Luzia Molduras (empresa de Santa Catarina responsável pela máquina), o Sindicato dos Estabelecimentos Parti culares de Ensino do Paraná (Sine pe-PR) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC) funciona há pouco mais de cinco meses na usina de reciclagem de Campo Magro, na região metropolitana.
Isso significa que, ao contrário do que muitos pensam, o isopor pode e deve ser descartado com outros resíduos sólidos como papéis, vidros, metais e plásticos. “O isopor na verdade é um plástico, e por isso é 100% reaproveitado”, explica o gerente de desenvolvimento e mercado da Meiwa, Ivam Michaltchuk.

A máquina recicla cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima substitui a madeira ao ser usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, diz Michaltchuk. O material reciclado também é usado como insumo para concreto leve e solado plástico para calçados. Só não pode ser reaproveitado para embalar alimentos. 

Conscientização
 
Segundo o gerente da Meiwa, a destinação correta do poliestireno sempre foi uma preocupação da empresa e, por isso, ela se envolveu com diversos projetos educacionais, entre eles o Planeta Reciclável, desenvolvido pelo Sinepe-PR no ano passado para conscientizar professores e estudantes do estado para questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Queríamos trabalhar a importância da reciclagem nas escolas e este era um bom caminho. Neste ano, algumas escolas da cidade vão elaborar projetos nessa área. Pla nejamos também promover uma feira com produtos pedagógicos feitos de isopor reciclável”, conta o presidente do Sinepe-PR, Ademar Batista Pereira. Em Curitiba, cerca de 200 famílias já trabalham com a reciclagem de isopor na usina de Campo Magro. Eles vendem o ma terial por quilo para a Santa Luzia, que faz a reciclagem.

Uma segunda máquina de reciclagem de isopor foi instalada no presídio de Piraquara, na região metropolitana. A iniciativa faz parte do Projeto Revima – Revalorizando Vidas e o Meio Ambiente. Por mês, os presos processam cerca de 4,5 toneladas de isopor, que vem da embalagem de suas refeições.


Dificuldade
 
Além de Curitiba e São Paulo, existem poucas cidades no país que reciclam o isopor. Michaltchuk explica que a maior dificuldade encontrada para reciclar este material está no transporte, devido a sua baixa densidade. “É um material leve, mas que ocupa muito espaço, por conter gás pentano em sua composição. A máquina recicladora que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar estes resíduos.”

Segundo dados da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, em 2008 foram produzidos no Brasil cerca de 82,9 mil toneladas de poliestireno, sendo que apenas 7 mil toneladas – 8,4% – foram reciclados.

Utilização
  De matéria-prima a energia
 
Segundo informações da entidade socioambiental Plastivida, o isopor é uma marca comercial para dois tipos técnicos de produtos: o poliestireno expandido (EPS), usado para a fabricação de caixas de acondicionamento e embalagens protetoras, e o poliestireno extrusado (XPS), uma espuma mais rígida, usada para fazer bandejas e copos. A proprietária da marca isopor é da empresa Knauf.

O material pode ser reciclado de três formas. A reciclagem mecânica transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos produtos. A energética usa o poliestireno para a recuperação de energia, devido ao seu alto poder calorífico. Já a reciclagem química reutiliza o plástico para a fabricação de óleos e gases. O material também tem sido utilizado no isolamento térmico de edifícios. Ao ser queimado em usinas térmicas para a geração de energia, o poliestireno se transforma em gás carbônico e vapor d’água. Por isso, sua fabricação não apresenta nenhum risco à saúde humana nem ao meio ambiente. O isopor não é solúvel em água, não contamina alimentos, não causa danos à camada de ozônio, pois não contém gás clorofluorcarbono, o CFC, e o seu processo de fabricação consome pouca energia.

Passo a passo
  Entenda como ocorre o processo de reciclagem do poliestireno recolhido em Curitiba e na região metropolitana:

1- As embalagens são recolhidas pela coleta seletiva ou pelos catadores e encaminhadas à usina de reciclagem de Campo Magro.

2- O material passa pela máquina de reciclagem, o gás de sua composição é retirado e o isopor é compactado em fardos ou transformado em tarugos (com formato de um pão) para ser transportado para a cidade de Braço do Norte, em Santa Catarina, sede da Santa Luzia Molduras.

3- O material compactado passa por um segundo processo de reciclagem. O poliestireno é triturado, derretido, granulado e volta a ser matéria-prima para a fabricação de novos produtos. 
Fonte do texto: setorreciclagem.com.br