SUSTENTABILIDADE - GESTÃO FINANCEIRA
Para que um negócio se desenvolva, ele deve ser economicamente viável. E
esta também é uma das dimensões da sustentabilidade. Manter o seu
negócio estável e preparado para as exigências do mercado passa
necessariamente por uma gestão financeira equilibrada.
Em empresas orientadas à sustentabilidade, os ganhos não são apenas
internos. Eles são estendidos a todos os envolvidos: colaboradores,
fornecedores e clientes.
SUSTENTABILIDADE - GESTÃO FINANCEIRA |
NEGOCIO DE SUCESSO
Preocupação
com o desmatamento, respeito à biodiversidade e adequação às normas.
Foram estes princípios que levaram Sandro Santos, empresário da Cerâmica
Montemar, a iniciar práticas sustentáveis, há 11 anos, e a estabelecer o
diferencial do negócio. Localizada no coração da floresta amazônica, em
Iranduba (AM), a empresa familiar passou a utilizar fontes alternativas
nos fornos e buscar alternativas para reduzir os impactos de suas
atividades.
Com a adesão ao Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas, em 2007, a empresa ampliou resultados. Marcus Antonio de Souza Lima, gerente da Unidade de Acesso a Inovação, Tecnologia e Mercado no Sebrae em Amazonas e gestor do projeto na época, explica que as ações implementadas visaram a redução energética e aumento de produtividade. “Fizemos diversas melhorias com ações de gestão empresarial e inovação e tecnologia em todo o processo. Desenvolvemos iniciativas desde a extração da argila e melhorias pré-beneficiamento, secagem, aumento de qualidade, até a diversificação do produto e desenvolvimento do mercado”.
Para Marcus, as vantagens puderam ser percebidas principalmente no desenvolvimento de novas alternativas para a queima e na economia gerada na produção. “Conseguimos, de fato, trazer muita inovação e reduzir o consumo energético, tanto elétrico como térmico. Este foi o grande ganho”, ressalta.
Atualmente a empresa utiliza resíduos de madeiras, sobras de construção civil e resíduos de embalagens como insumo para a queima. Outra fonte utilizada são os caroços de frutas, como o açaí, abundante na região e de alto poder calorífico.
O empresário Sandro Santos aposta nesta grande vantagem para reduzir custos de produção. “Todos os materiais são doados por empresas da zona franca de Manaus. É vantajoso para nós e para elas, que obtêm a documentação da correta destinação destes resíduos”, explica. Todo o processo segue as normas estabelecidas pelo setor e é documentado, desde o processo legal de doação e transporte, até a utilização final das cinzas. “Com esta situação demos sobrevida aos aterros, que deixaram de receber um grande volume de descarte”, aponta.
O projeto também possibilitou a implantação de maquinários que reduziram impurezas, consumo de energia e índice de perdas no processo produtivo. Sandro lembra que, a princípio, as mudanças trouxeram investimentos, como o aumento da bateria de fornos e revisão da logística, mas o retorno em custos de produção foi significativo.
A participação no Programa de Apoio a Pesquisa e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, também trouxe vantagens: buscando novas alternativas de geração energética, foram testadas quatro espécies de crescimento rápido para geração de lenha. Outra pesquisa também incluiu o potencial gerador de energia do capim. “Um hectare de capim dá o dobro de quilocaloria que a lenha, e com corte duas vezes ao ano”, explica Marcus Lima. A partir destes resultados, a empresa passou a realizar uma prática consorciada com capim elefante e açaí.
Atualmente, a empresa possui um processo de secagem diferenciada. Enquanto a secagem natural levava cerca de 7 a 8 dias no inverno, e 3 a 4 dias no verão, o secador semicontínuo aproveita o calor gerado nos fornos, que seria lançado na atmosfera, e reduz o tempo de secagem para 16 a 20 horas.
As cinzas provenientes da queima dos fornos tem uma destinação específica: agricultura. São realizados estudos e acompanhamento com a Embrapa, e a empresa mantém uma horta, com produção para a família, colaboradores e comunidade. Sandro explica que a alta acidez do solo local é equilibrada com as cinzas, ricas em potássio, aumentando a produtividade. “Todos nós consumimos: família, colaboradores e ainda doamos para uma entidade filantrópica”.
A exploração de argila também segue padrões de baixo impacto ambiental. Seguindo o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a empresa instalou tanques de piscicultura após a retirada da argila, já com o respectivo licenciamento. Em seu primeiro ciclo, o projeto já possui cerca de 100 mil peixes da espécie Tambaqui. “Ainda estamos em fase experimental, realizando ajustes, mas poderá ser um novo negócio”, ressalta.
Recentemente, a empresa realizou uma ação denominada Montemar Novo Sorriso, proporcionando cuidados de saúde e higiene bucal aos colaboradores. Com adesão de 90%, eles puderam ganhar mais qualidade de vida. “62% dos participantes precisou de restauração completa. Eles ganharam novos sorrisos”, comenta orgulhoso. Além desta iniciativa, a empresa já alfabetizou diversos funcionários na sede da empresa, possui parcerias com o Sesi e realiza treinamentos constantes.
Sandro ressalta que as parcerias são fundamentais. “A ideia é alinhar e buscar apoio. Sozinhos a gente não consegue chegar lugar nenhum”. Para ele, as dificuldades encontradas no setor envolvem a escassez de mão de obra, no entanto, as vantagens de adotar práticas sustentáveis são grandes. “Existe um ganho de tranquilidade, de estar trabalhando com uma situação confortável, alinhada com os órgãos ambientais. Além disso, alguns clientes exigem este fator, que as empresas tenham estes processos. Este é o maior ganho e já conseguimos abrir muitas portas”. - See more at: http://sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade/menuitem.23dec8f3abd1fb4f73042f20a27fe1ca/?vgnextoid=3378a9606bfd4410VgnVCM100000b072010aRCRD&vgnextfmt=default#sthash.KFuMpWj1.dpuf
Com a adesão ao Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas, em 2007, a empresa ampliou resultados. Marcus Antonio de Souza Lima, gerente da Unidade de Acesso a Inovação, Tecnologia e Mercado no Sebrae em Amazonas e gestor do projeto na época, explica que as ações implementadas visaram a redução energética e aumento de produtividade. “Fizemos diversas melhorias com ações de gestão empresarial e inovação e tecnologia em todo o processo. Desenvolvemos iniciativas desde a extração da argila e melhorias pré-beneficiamento, secagem, aumento de qualidade, até a diversificação do produto e desenvolvimento do mercado”.
Para Marcus, as vantagens puderam ser percebidas principalmente no desenvolvimento de novas alternativas para a queima e na economia gerada na produção. “Conseguimos, de fato, trazer muita inovação e reduzir o consumo energético, tanto elétrico como térmico. Este foi o grande ganho”, ressalta.
Atualmente a empresa utiliza resíduos de madeiras, sobras de construção civil e resíduos de embalagens como insumo para a queima. Outra fonte utilizada são os caroços de frutas, como o açaí, abundante na região e de alto poder calorífico.
O empresário Sandro Santos aposta nesta grande vantagem para reduzir custos de produção. “Todos os materiais são doados por empresas da zona franca de Manaus. É vantajoso para nós e para elas, que obtêm a documentação da correta destinação destes resíduos”, explica. Todo o processo segue as normas estabelecidas pelo setor e é documentado, desde o processo legal de doação e transporte, até a utilização final das cinzas. “Com esta situação demos sobrevida aos aterros, que deixaram de receber um grande volume de descarte”, aponta.
O projeto também possibilitou a implantação de maquinários que reduziram impurezas, consumo de energia e índice de perdas no processo produtivo. Sandro lembra que, a princípio, as mudanças trouxeram investimentos, como o aumento da bateria de fornos e revisão da logística, mas o retorno em custos de produção foi significativo.
A participação no Programa de Apoio a Pesquisa e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, também trouxe vantagens: buscando novas alternativas de geração energética, foram testadas quatro espécies de crescimento rápido para geração de lenha. Outra pesquisa também incluiu o potencial gerador de energia do capim. “Um hectare de capim dá o dobro de quilocaloria que a lenha, e com corte duas vezes ao ano”, explica Marcus Lima. A partir destes resultados, a empresa passou a realizar uma prática consorciada com capim elefante e açaí.
Atualmente, a empresa possui um processo de secagem diferenciada. Enquanto a secagem natural levava cerca de 7 a 8 dias no inverno, e 3 a 4 dias no verão, o secador semicontínuo aproveita o calor gerado nos fornos, que seria lançado na atmosfera, e reduz o tempo de secagem para 16 a 20 horas.
As cinzas provenientes da queima dos fornos tem uma destinação específica: agricultura. São realizados estudos e acompanhamento com a Embrapa, e a empresa mantém uma horta, com produção para a família, colaboradores e comunidade. Sandro explica que a alta acidez do solo local é equilibrada com as cinzas, ricas em potássio, aumentando a produtividade. “Todos nós consumimos: família, colaboradores e ainda doamos para uma entidade filantrópica”.
A exploração de argila também segue padrões de baixo impacto ambiental. Seguindo o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a empresa instalou tanques de piscicultura após a retirada da argila, já com o respectivo licenciamento. Em seu primeiro ciclo, o projeto já possui cerca de 100 mil peixes da espécie Tambaqui. “Ainda estamos em fase experimental, realizando ajustes, mas poderá ser um novo negócio”, ressalta.
Recentemente, a empresa realizou uma ação denominada Montemar Novo Sorriso, proporcionando cuidados de saúde e higiene bucal aos colaboradores. Com adesão de 90%, eles puderam ganhar mais qualidade de vida. “62% dos participantes precisou de restauração completa. Eles ganharam novos sorrisos”, comenta orgulhoso. Além desta iniciativa, a empresa já alfabetizou diversos funcionários na sede da empresa, possui parcerias com o Sesi e realiza treinamentos constantes.
Sandro ressalta que as parcerias são fundamentais. “A ideia é alinhar e buscar apoio. Sozinhos a gente não consegue chegar lugar nenhum”. Para ele, as dificuldades encontradas no setor envolvem a escassez de mão de obra, no entanto, as vantagens de adotar práticas sustentáveis são grandes. “Existe um ganho de tranquilidade, de estar trabalhando com uma situação confortável, alinhada com os órgãos ambientais. Além disso, alguns clientes exigem este fator, que as empresas tenham estes processos. Este é o maior ganho e já conseguimos abrir muitas portas”. - See more at: http://sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade/menuitem.23dec8f3abd1fb4f73042f20a27fe1ca/?vgnextoid=3378a9606bfd4410VgnVCM100000b072010aRCRD&vgnextfmt=default#sthash.KFuMpWj1.dpuf
Uso de resíduos do setor industrial na queima, preservação
ambiental e desenvolvimento da comunidade.
“Ao adotar práticas sustentáveis] existe um ganho de
tranquilidade, de estar trabalhando com uma situação confortável, alinhada com
os órgãos ambientais. Além disso, alguns clientes exigem este fator, que as
empresas tenham estes processos. ”
Negocio de sucesso Sobre a empresa
Ramo de atuação: cerâmica
Tempo de mercado: 25 anos
Localização: Iranduba (AM)
Colaboradores: 48
Como o Sebrae ajudou: Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas
Tempo de mercado: 25 anos
Localização: Iranduba (AM)
Colaboradores: 48
Como o Sebrae ajudou: Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas
Preocupação com o desmatamento, respeito à
biodiversidade e adequação às normas. Foram estes princípios que levaram Sandro
Santos, empresário da Cerâmica Montemar, a iniciar práticas sustentáveis, há 11
anos, e a estabelecer o diferencial do negócio. Localizada no coração da
floresta amazônica, em Iranduba (AM), a empresa familiar passou a utilizar
fontes alternativas nos fornos e buscar alternativas para reduzir os impactos
de suas atividades.
Com a adesão ao Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas, em 2007, a empresa ampliou resultados. Marcus Antônio de Souza Lima, gerente da Unidade de Acesso a Inovação, Tecnologia e Mercado no Sebrae em Amazonas e gestor do projeto na época, explica que as ações implementadas visaram a redução energética e aumento de produtividade. “Fizemos diversas melhorias com ações de gestão empresarial e inovação e tecnologia em todo o processo. Desenvolvemos iniciativas desde a extração da argila e melhorias pré-beneficiamento, secagem, aumento de qualidade, até a diversificação do produto e desenvolvimento do mercado”.
Para Marcus, as vantagens puderam ser percebidas principalmente no desenvolvimento de novas alternativas para a queima e na economia gerada na produção. “Conseguimos, de fato, trazer muita inovação e reduzir o consumo energético, tanto elétrico como térmico. Este foi o grande ganho”, ressalta.
Atualmente a empresa utiliza resíduos de madeiras, sobras de construção civil e resíduos de embalagens como insumo para a queima. Outra fonte utilizada são os caroços de frutas, como o açaí, abundante na região e de alto poder calorífico.
O empresário Sandro Santos aposta nesta grande vantagem para reduzir custos de produção. “Todos os materiais são doados por empresas da zona franca de Manaus. É vantajoso para nós e para elas, que obtêm a documentação da correta destinação destes resíduos”, explica. Todo o processo segue as normas estabelecidas pelo setor e é documentado, desde o processo legal de doação e transporte, até a utilização final das cinzas. “Com esta situação demos sobrevida aos aterros, que deixaram de receber um grande volume de descarte”, aponta.
O projeto também possibilitou a implantação de maquinários que reduziram impurezas, consumo de energia e índice de perdas no processo produtivo. Sandro lembra que, a princípio, as mudanças trouxeram investimentos, como o aumento da bateria de fornos e revisão da logística, mas o retorno em custos de produção foi significativo.
A participação no Programa de Apoio a Pesquisa e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, também trouxe vantagens: buscando novas alternativas de geração energética, foram testadas quatro espécies de crescimento rápido para geração de lenha. Outra pesquisa também incluiu o potencial gerador de energia do capim. “Um hectare de capim dá o dobro de quilocaloria que a lenha, e com corte duas vezes ao ano”, explica Marcus Lima. A partir destes resultados, a empresa passou a realizar uma prática consorciada com capim elefante e açaí.
Atualmente, a empresa possui um processo de secagem diferenciada. Enquanto a secagem natural levava cerca de 7 a 8 dias no inverno, e 3 a 4 dias no verão, o secador semi-contínuo aproveita o calor gerado nos fornos, que seria lançado na atmosfera, e reduz o tempo de secagem para 16 a 20 horas.
As cinzas provenientes da queima dos fornos tem uma destinação específica: agricultura. São realizados estudos e acompanhamento com a Embrapa, e a empresa mantém uma horta, com produção para a família, colaboradores e comunidade. Sandro explica que a alta acidez do solo local é equilibrada com as cinzas, ricas em potássio, aumentando a produtividade. “Todos nós consumimos: família, colaboradores e ainda doamos para uma entidade filantrópica”.
A exploração de argila também segue padrões de baixo impacto ambiental. Seguindo o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a empresa instalou tanques de piscicultura após a retirada da argila, já com o respectivo licenciamento. Em seu primeiro ciclo, o projeto já possui cerca de 100 mil peixes da espécie Tambaqui. “Ainda estamos em fase experimental, realizando ajustes, mas poderá ser um novo negócio”, ressalta.
Recentemente, a empresa realizou uma ação denominada Montemar Novo Sorriso, proporcionando cuidados de saúde e higiene bucal aos colaboradores. Com adesão de 90%, eles puderam ganhar mais qualidade de vida. “62% dos participantes precisou de restauração completa. Eles ganharam novos sorrisos”, comenta orgulhoso. Além desta iniciativa, a empresa já alfabetizou diversos funcionários na sede da empresa, possui parcerias com o Sesi e realiza treinamentos constantes.
Sandro ressalta que as parcerias são fundamentais. “A ideia é alinhar e buscar apoio. Sozinhos a gente não consegue chegar lugar nenhum”. Para ele, as dificuldades encontradas no setor envolvem a escassez de mão de obra, no entanto, as vantagens de adotar práticas sustentáveis são grandes. “Existe um ganho de tranquilidade, de estar trabalhando com uma situação confortável, alinhada com os órgãos ambientais. Além disso, alguns clientes exigem este fator, que as empresas tenham estes processos. Este é o maior ganho e já conseguimos abrir muitas portas”.
Com a adesão ao Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas, em 2007, a empresa ampliou resultados. Marcus Antônio de Souza Lima, gerente da Unidade de Acesso a Inovação, Tecnologia e Mercado no Sebrae em Amazonas e gestor do projeto na época, explica que as ações implementadas visaram a redução energética e aumento de produtividade. “Fizemos diversas melhorias com ações de gestão empresarial e inovação e tecnologia em todo o processo. Desenvolvemos iniciativas desde a extração da argila e melhorias pré-beneficiamento, secagem, aumento de qualidade, até a diversificação do produto e desenvolvimento do mercado”.
Para Marcus, as vantagens puderam ser percebidas principalmente no desenvolvimento de novas alternativas para a queima e na economia gerada na produção. “Conseguimos, de fato, trazer muita inovação e reduzir o consumo energético, tanto elétrico como térmico. Este foi o grande ganho”, ressalta.
Atualmente a empresa utiliza resíduos de madeiras, sobras de construção civil e resíduos de embalagens como insumo para a queima. Outra fonte utilizada são os caroços de frutas, como o açaí, abundante na região e de alto poder calorífico.
O empresário Sandro Santos aposta nesta grande vantagem para reduzir custos de produção. “Todos os materiais são doados por empresas da zona franca de Manaus. É vantajoso para nós e para elas, que obtêm a documentação da correta destinação destes resíduos”, explica. Todo o processo segue as normas estabelecidas pelo setor e é documentado, desde o processo legal de doação e transporte, até a utilização final das cinzas. “Com esta situação demos sobrevida aos aterros, que deixaram de receber um grande volume de descarte”, aponta.
O projeto também possibilitou a implantação de maquinários que reduziram impurezas, consumo de energia e índice de perdas no processo produtivo. Sandro lembra que, a princípio, as mudanças trouxeram investimentos, como o aumento da bateria de fornos e revisão da logística, mas o retorno em custos de produção foi significativo.
A participação no Programa de Apoio a Pesquisa e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, também trouxe vantagens: buscando novas alternativas de geração energética, foram testadas quatro espécies de crescimento rápido para geração de lenha. Outra pesquisa também incluiu o potencial gerador de energia do capim. “Um hectare de capim dá o dobro de quilocaloria que a lenha, e com corte duas vezes ao ano”, explica Marcus Lima. A partir destes resultados, a empresa passou a realizar uma prática consorciada com capim elefante e açaí.
Atualmente, a empresa possui um processo de secagem diferenciada. Enquanto a secagem natural levava cerca de 7 a 8 dias no inverno, e 3 a 4 dias no verão, o secador semi-contínuo aproveita o calor gerado nos fornos, que seria lançado na atmosfera, e reduz o tempo de secagem para 16 a 20 horas.
As cinzas provenientes da queima dos fornos tem uma destinação específica: agricultura. São realizados estudos e acompanhamento com a Embrapa, e a empresa mantém uma horta, com produção para a família, colaboradores e comunidade. Sandro explica que a alta acidez do solo local é equilibrada com as cinzas, ricas em potássio, aumentando a produtividade. “Todos nós consumimos: família, colaboradores e ainda doamos para uma entidade filantrópica”.
A exploração de argila também segue padrões de baixo impacto ambiental. Seguindo o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, a empresa instalou tanques de piscicultura após a retirada da argila, já com o respectivo licenciamento. Em seu primeiro ciclo, o projeto já possui cerca de 100 mil peixes da espécie Tambaqui. “Ainda estamos em fase experimental, realizando ajustes, mas poderá ser um novo negócio”, ressalta.
Recentemente, a empresa realizou uma ação denominada Montemar Novo Sorriso, proporcionando cuidados de saúde e higiene bucal aos colaboradores. Com adesão de 90%, eles puderam ganhar mais qualidade de vida. “62% dos participantes precisou de restauração completa. Eles ganharam novos sorrisos”, comenta orgulhoso. Além desta iniciativa, a empresa já alfabetizou diversos funcionários na sede da empresa, possui parcerias com o Sesi e realiza treinamentos constantes.
Sandro ressalta que as parcerias são fundamentais. “A ideia é alinhar e buscar apoio. Sozinhos a gente não consegue chegar lugar nenhum”. Para ele, as dificuldades encontradas no setor envolvem a escassez de mão de obra, no entanto, as vantagens de adotar práticas sustentáveis são grandes. “Existe um ganho de tranquilidade, de estar trabalhando com uma situação confortável, alinhada com os órgãos ambientais. Além disso, alguns clientes exigem este fator, que as empresas tenham estes processos. Este é o maior ganho e já conseguimos abrir muitas portas”.
Sobre a empresa
Ramo de atuação: cerâmicaTempo de mercado: 25 anos
Localização: Iranduba (AM)
Colaboradores: 48
Como o Sebrae ajudou: Projeto Oleiro e Cerâmico do Sebrae em Amazonas
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PRATICAS SUSTENTÁVEIS
Cerâmica Bandeira
Cerâmica de AL reduz emissão de carbono e obtém certificado
por ações socioambientais
Sobre a empresa
Ramo de atividade: cerâmica
Tempo de mercado: 33 anos
Localização: Capela (AL)
Nº de funcionários: 95
Apoio do Sebrae: “A empresa tem que estar enraizada na
comunidade. Fabricamos nossos produtos, mas também geramos empregos, informações
e educação".
Vanessa Brito
A Cerâmica Bandeira reduziu o uso de lenha e passou a contar
com materiais naturais alternativos na queima de seus produtos. Pó de
serra, resíduos de coco e coqueiros são alguns deles. Solos contaminados com
resíduos de petróleo na perfuração de poços pela Petrobras são inseridos na
massa de tijolos e blocos, solucionando um problema ambiental.
Além disso, o empreendimento está ajudando a trazer de volta
o extinto pássaro mutum-de-alagoas ao seu habitat natural, destruído pelo
desmatamento e caça desenfreados ocorridos nas áreas de Mata Atlântica do
estado alagoano, décadas atrás. O empreendimento realiza cursos para
funcionários e oferece serviços de saúde, entre outros, para suas famílias e
comunidade do município de Capela (AL), onde está localizada.
Por causa desse conjunto de práticas e atitudes
sustentáveis, a Cerâmica Bandeira é certificada, desde 2008, como geradora de
créditos de carbono pela Verified Carbon Standard (VCS) dos Estados Unidos e
Carbono Social do Instituto Ecológica de Tocantins. A empresa é monitorada e
auditada pela certificadora internacional Bureau Veritas Certification.
O projeto de crédito de carbono da empresa foi desenvolvido
pela Sustainable Carbon. Até o momento, os créditos de carbono da Cerâmica
Bandeira foram comprados por investidores da Inglaterra, França, Alemanha e
Suiça. “Ela é um exemplo para as demais cerâmicas nordestinas, pois investe
muito em ações ambientais e sociais”, afirma Larissa Tega da Fonseca, analista
da Sustainable Carbon.
“A empresa tem que estar enraizada na comunidade”, declara
Frederico Gondim Carneiro de Albuquerque, proprietário da Cerâmica Bandeira.
“Fabricamos nossos produtos, mas também geramos empregos, informações e
educação. É uma obrigação moral, principalmente em uma região carente como a
nossa, demonstrar que vale a pena ser cidadão, trabalhar e ter dignidade”,
ressalta.
Materiais alternativos
Há cinco anos, a cerâmica de Capela se tornou parceira de
pesquisa de materiais alternativos, que poderiam ser utilizados no
segmento ceramista do Nordeste, pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O
projeto de pesquisa contou com recursos da Finep e UFAL. “Alagoas
não tem reflorestamento e biomassa suficiente para servir como combustível”,
explica o empresário.
Uma mini usina de beneficiamento de resíduos naturais
chegou a ser montada na universidade, mas ainda não funciona. “Fizemos os
testes na própria empresa e começamos a utilizar resíduos de serrarias, de coco
e coqueiros. Com isso deixamos de lançar na atmosfera 40 mil ton/ano”, informa
Frederico. O empreendimento também investiu no plantio de clones de eucalipto
em uma área de 150 ha para mitigar o impacto ambiental já causado. Futuramente
essa madeira será usada em seus fornos.
O bambu se tornou outro excelente material que serve como
combustível para a Cerâmica Bandeira. “É uma espécie exótica, pois não é da
nossa região, e seu corte gera renda para as famílias”, diz o empresário. Esta
planta se alastra e faz sombra atrapalhando os plantios, explica. A
empresa compra o bambu cortado, que alimenta a queima de tijolos e blocos.
Pássaro extinto
O primeiro registro do mitu-mitu, como também é chamado o
mutum-de-alagoas, ocorreu no século XVII. As últimas notícias desta ave são da
década de 1970, quando poucos exemplares viviam apenas em cativeiros. O
mutum-de-alagoas ainda é considerado uma ave extinta.
Para que a reintrodução do pássaro na natureza ocorra, a
Cerâmica Bandeira criou uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN).
Sessenta ha de vegetação nativa de Mata Atlântica, tombados e preservados
por Frederico, estão recebendo os pássaros de volta. “Esta reserva faz parte de
fazenda da família”, esclarece o empresário. Esta atitude rendeu até reportagem
especial em uma TV alemã, conta ele.
Benefícios sociais
A Cerâmica Bandeira ministra cursos de alfabetização para
funcionários e suas famílias, como também atendimento médico e odontológico
para eles e a comunidade em seu entorno. O programa Educação para Jovens e
Adultos (EJA) do Sesi e Senai chega à cidade de Capela graças a parceria da
empresa com as duas instituições.
O projeto Cozinha Brasil do Sesi também é realizado no
município pelo mesmo motivo e ensina seus moradores a usar resíduos orgânicos
na culinária. Esse recurso torna a alimentação mais barata e nutritiva.
O empreendimento patrocina jovens atletas da
cidade e os levam aos Jogos do Sesi e campeonatos de atletismo nas etapas
regionais, estadual e nacional.
DICAS
Na hora da compra, avalie se realmente precisa do produto Verifique se as especificações técnicas atendem sua real
necessidade. O que você ganha: além de economizar, irá gerar menos resíduos.
Na hora da compra, avalie se realmente precisa do produto
Verifique se as especificações técnicas atendem sua real necessidade. O que você ganha: além de economizar, irá gerar menos resíduos- See more at: http://sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade/menuitem.cbe4f666dc66b7ba92755420a27fe1ca/?vgnextoid=c708adc80afa5310VgnVCM1000002af71eacRCRD&vgnextfmt=default#sthash.iS6zEp2S.dpuf