07 fevereiro 2014

ÁREAS DE TRANSBORDO E TRIAGEM DE ENTULHOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO CIVIL

ÁREAS DE TRANSBORDO E TRIAGEM DE ENTULHOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO CIVIL





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Todos os dias, 11 mil toneladas de entulho vindo da construção civil são gerados na cidade deSão Paulo, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O equivalente a praticamente todo o lixo produzido pelos paulistanos diariamente. Acomodados primeiramente em caçambas, muitas construtoras, depois, deixam o entulho às margens de rios, como o Tietê, em calçadas ou à beira de rodovias. Mas isso vai acabar.

A partir de 1º de janeiro de 2005, todas as construtoras do País deverão encontrar uma solução para o entulho que geram. Nesse dia, entra em vigor a Resolução nº 307 do Conama, que determina a coleta e destinação dos resíduos da construção civil.

"Pesquisas apontam que o volume de entulho em todo o Brasil é igual ao gerado pelo lixo doméstico, o que é muito. Na maioria, são resíduos que poderiam ser reaproveitados, mas que acabam na lata de lixo ou poluindo terrenos e rios", diz Paulo Sérgio de Castilho Muçouçah, diretor do Programa de Gerenciamento Ambiental e Territorial do Conama.

Estorvo – Quem mais sente o descaso de algumas construtoras que ainda não se enquadraram na determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente são os vizinhos de obras de grandes condomínios de prédios, que se vêem obrigados a conviver, na maioria das vezes, com o entulho largado em calçadas. Resultado: problema para estacionar, além do pó gerado pelo entulho.

No caso de pedestres, a situação é ainda pior. Em geral, blocos de concreto, areia e pedras impedem que a passagem seja feita pela calçada, obrigando o pedestre atravessar a via ou ter de andar pelo meio da rua. "Foram todos esses aspectos que levaram à criação da resolução, que pretende acabar com o problema reduzindo em pelo menos à metade o volume de entulho gerado pela construção civil, hoje", diz Maçouçah.

Reciclagem – Para atingir a esse objetivo, o Conama pretende incentivar a reciclagem degrande parte dos materiais. Tijolo, cimento, areia, concreto, madeira, por exemplo, terão, obrigatoriamente, de ser reciclados e reaproveitados em pavimentação da cidade ou em obras da própria construtora, já a partir de janeiro. Apenas os resíduos considerados de alto risco, caso das tintas e do óleo, poderão ser descartados na forma de entulho. Ainda assim, caberá à construtora fazer com que o entulho seja encaminhado a aterros, criados pelas prefeituras, para receber esse material.

A resolução não atinge apenas construtoras. Pessoas físicas, comércio, indústrias e empresas de caçambas de coleta de entulho também terão de se enquadrar às normas em janeiro, se gerarem entulho de reforma ou construção.

Punição – A resolução do Conama não prevê a aplicação ou valor de multa para quem não cumprir a resolução. Por outro lado, caberá ao Ministério Público fiscalizar e fixar um novo prazo para a construtora, estabelecimento ou pessoa física se ajustar. "Isso não impede que a questão seja discutida na Justiça, dependendo do tipo e da quantidade do entulho abandonado pela empresa", diz Maçouçah.

De acordo com o Conama, cabe às construtoras fazer a coleta seletiva dos resíduos, reaproveitar o que for possível entre os materias descartados e contratar uma empresa de caçamba ou levar o entulho inutilizado a uma área da prefeitura capacitada para receber esse tipo de material.

Construtoras se mexem e criam programas de reaproveitamento

Algumas construtoras já se anteciparam à resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e criaram programas de reciclagem dentro do canteiro de obras.

A Gafisa, uma das maiores e mais antigas do País, investiu principalmente na escolha de materiais que evitam o desperdício em obras e, com isso, o acúmulo de entulho. Entre 70% e 80% das novas construções da empresa utilizam dry wall (gesso acartonado), que substitui tijolos e cimentos, na construção de paredes.

De acordo com o diretor de Operações da Gafisa, Mário Rocha Neto, há dez anos as obras geravam um volume de resíduos muito maior do que hoje, justamente pelo tipo de material escolhido. Para ele, a maior conscientização de empresas e dos próprios funcionários em relação a desperdícios e uso racional de materiais, além da evolução da chamada construção seca, permitiram uma redução de pelo menos 50% do entulho gerado nos canteiros de obra nesse período.

Reconhecimento – A Setin Engenharia é outra construtora que adota há mais de um ano práticas de gestão ambiental, que já garantiram à empresa a certificação ISO 14001, referente à preocupação ambiental.

No programa, é analisado desde o terreno; o que será preciso para demolir, antes de iniciar a obra; resíduos industriais enterrados; e execução da obra com economia de água, energia elétrica e menos entulho gerado.

Um exemplo de preocupação ambiental da construtora foi a obra do condomínio residencial Villaggio Maia, localizado no município de Guarulhos, Estado de São Paulo.

Uso  Quando vistoriaram a área destinada à construção do condomínio, os engenheiros da Setin encontraram, em bom estado, o piso da antiga indústria que ocupava a área. O caminho convencional seria a demolição do enorme pavimento de concreto. Só que técnicos da empresa concluíram que o piso industrial era uma "verdadeira jazida mineral", ótima para ser reciclada. O piso todo, cerca de 27 mil metros quadrados de área ou um volume de 12 mil metros cúbicos de concreto formado por pedra, cimento, areia e aço foi reaproveitado.

Do piso, 40% acabou servindo de matéria-prima para a produção de blocos, lajes e outras peças pré-moldadas de concreto (lajes, muros, blocos de fundação, contra marcos e apliques de fachada), serralheria e central de telhado.

O reaproveitamento do piso em pedra permitiu à empresa uma economia de mais de 1.200 viagens necessárias para transportar o mesmo volume em pedra caso a empresa não houvesse recorrido à reciclagem, além de impedir uma retirada de 12 mil metros cúbicos da jazida natural.

Parceria saudável – A Klabin Segall, por sua vez, apesar de apenas fazer a incorporação de empreendimentos imobiliários, só trabalha em parceria com construtoras que já tenham implantado um programa de uso racional de material e que demonstrem ter uma preocupação ambiental. Seja na destinação correta do entulho ou na utilização de materiais recicláveis.

Resolução prevê espaços próprios para receber materiais

Antes das construtoras, foram as prefeituras que tiveram de se adequar às regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Desde o dia 1º de janeiro deste ano deveriam ter criado espaços para receber entulho da construção civil e zelar para que as obras públicas já estivessem adequadas aos programas de reciclagem previstos na resolução. Só que, até agora, segundo o Conama, poucos municípios criaram planos de gerenciamento de resíduos. "A situação é pior em municípios de pequeno porte. Somente grandes capitais cumpriam o que determina a resolução. Até Brasília ainda não está totalmente apta", diz o diretor.

Segundo levantamento do Conama, a Prefeitura de São Paulo é uma das poucas que já criaram programas de triagem de materiais da construção civil, além de aumentar o número de áreas para deposição regular de resíduos de pequenos e grandes geradores.

O município criou um programa de coleta que prevê implantação e operação de uma rede de Áreas de Transbordo e Triagem de Entulho, as chamadas ATT's. Por enquanto a prefeitura já inaugurou o transbordo de Itatinga e o aterro de Itaquera, capacitados para receber todo o entulho gerado pelas empresas da construção civil.

Além da rede de transbordos, a prefeitura prevê a instalação de EcoPontos em áreas públicas de cada um dos 96 distritos da cidade. Dois EcoPontos já foram entregues: um na Mooca e outro em Pinheiros.


Fonte: Adriana Gavaça (Diário do Comércio - SP)