05 junho 2012

GESTÃO LOCAL PARA A SUSTENTABILIDADE EM CIDADES SUSTENTÁVEIS

Gestão local para a sustentabilidade

GESTÃO LOCAL PARA A SUSTENTABILIDADE EM CIDADES SUSTENTÁVEIS
GESTÃO LOCAL PARA A SUSTENTABILIDADE EM CIDADES SUSTENTÁVEIS


Objetivos gerais

Implementar uma gestão eficiente, desde o planejamento, passando pelo desenvolvimento até à avaliação.

Objetivos específicos

• Reforçar os processos de Agenda 21 ou outros com vista ao desenvolvimento sustentável local e regional e integrá-los, de forma plena, ao funcionamento da administração pública em todos os níveis;

•Realizar uma gestão integrada para a sustentabilidade, baseada no princípio da precaução sobre o Ambiente Urbano e seus entorno;

•Estabelecer metas e prazos concretos face aos Compromissos da Plataforma Cidades Sustentáveis, bem como um programa de monitoramento destes Compromissos;

•Assegurar a importância das questões de sustentabilidade nos processos de decisão nos níveis urbano e regional, assim como uma política da atribuição de recursos baseada em critérios de sustentabilidade sólidos e abrangentes;

•Envolver atores diversos para monitorar e avaliar o desempenho da gestão, tendo em vista o       alcance das metas de sustentabilidade estabelecidas.

O que entendemos por gestão local para a sustentabilidade

Em poucas palavras, trata-se do uso sustentável dos recursos no território. Quando falamos em gestão local, estamos nos referindo em geral ao município, unidade básica de gestão no País, mas o conceito também pode se referir a um grupo de municípios que têm problemas em comum, como os que pertencem a uma mesma bacia hidrográfica. Quanto à sustentabilidade, trata-se de utilizar os recursos de maneira equilibrada em função das necessidades da população, sem prejudicar as gerações futuras. Uma gestão local baseada em desmatamento ou na exploração intensiva dos recursos pesqueiros simplesmente não tem futuro, não é sustentável. A visão da Gestão Local para a Sustentabilidade envolve processos produtivos, estilos de vida e de consumo e o destino final de resíduos sólidos e líquidos.

A Agenda 21 Local é um processo de desenvolvimento de políticas que visam a sustentabilidade e a construção de parcerias entre autoridades locais e outros setores para implementá-las. A sua base é a criação de sistemas de gerenciamento que levem o futuro em consideração. Este gerenciamento deverá:

• integrar planejamento e políticas

• envolver todos os setores da comunidade

• Focalizar resultados em longo prazo Trata-se, portanto, de um instrumento importante para a construção da democracia participativa e da cidadania ativa no país.
Fonte: agenda21local.com.br/con5.htm

Já acontece

Barcelona foi a primeira cidade europeia a ter uma Lei de Energia Solar Térmica que entrou em vigor em 2000 e tornou obrigatória a utilização da energia solar para abastecer 60% da água quente em todas as novas construções e edifícios reformados.

Com o objetivo de ter o mais amplo consenso possível para o desenvolvimento, foi criada a Mesa Cívica da Energia envolvendo poder público, entidades sindicais, empresas e organizações da sociedade civil local.

Foi criada também a Agência Local de Energia, que além do monitoramento e cumprimento da lei solar, iniciou um plano de 10 anos (o Plano de Energia de Barcelona) para reduzir o consumo e promover a geração de energia por meio de fontes renováveis.

Objetivos

Para a Lei de Energia Solar Térmica: regulamentar a incorporação de captação de energia solar térmica para sistemas de produção de água quente sanitária nos edifícios da cidade. Para a Agência Local de Energia: reduzir o consumo de energia e promover a geração de energia de fontes renováveis.

Resultados

Barcelona aumentou em quase 20 vezes a superfície de painéis solares para aquecimento de água na cidade, passou de 1,1 m² por mil habitantes em 2000 para 19 m² por mil habitantes em março de 2005.

As licenças solicitadas para a instalação de painéis solares aumentaram de 1.650 m² em 2000 para  31 mil m² em 2005.

A Agência Local de Energia de Barcelona, além de energia solar, iniciou as seguintes ações: melhoria na eficiência da iluminação pública em 59%; substituição das lâmpadas tradicionais nos semáforos por LEDs, resultando em economia de energia de 87%; consolidação das regulamentações de energia solar de Barcelona, que se tornaram modelo para outros municípios que adotaram a iniciativa. Mais de 20 autoridades locais espanholas seguiram o bom exemplo da cidade. Barcelona comprometeu-se com a criação de 100 mil m² de painéis solares, que juntos irão reduzir as emissões de carbono da cidade em 15 mil toneladas por ano.
Fonte: barcelonaenergia.cat
Cidade: Barcelona
País: Espanha
População: 1,6 milhão

 Criação de um Quadro de Gestão Integrada de Recursos

A cidade introduziu de forma contínua o Orçamento Ambiental - um sistema de gestão para o uso de recursos naturais que complementa o orçamento financeiro e a gestão de recursos humanos. Ele aplica processos orçamentários periódicos, mecanismos e rotinas para gerir recursos naturais, de forma que os gestores municipais dediquem a mesma atenção e preocupação para esses recursos e para a qualidade ambiental. A cidade de Heidelberg tem sido líder em gestão ambiental e desenvolvimento sustentável. Como parte do plano de desenvolvimento global da cidade (1997), o orçamento ambiental mostra o sucesso que a combinação dessas iniciativas tem na preservação dos recursos naturais – a curto e em longo prazo – e a relação desses benefícios ambientais com o desenvolvimento sustentável.
Fonte: 3.iclei.org/localstrategies/summary/heidelberg.html
Cidade: Heidelberg
País: Alemanha
População: 150 mil

Descentralização de Geração de Energia

Desde 1990, em Woking, uma combinação de instalações de energias renováveis, juntamente com medidas de eficiência energética, tem conseguido reduzir as emissões em 144.380 toneladas de CO2, o que representa 82% (em relação a 1990) em edifícios e o consumo de energia em 52%. Tecnologias que geram energia em pequena escala, geralmente na faixa de 3.000 a 10 mil KW são distribuídos perto de onde a eletricidade é consumida e fornecem uma alternativa ao sistema de energia elétrica tradicional.
Fonte: .c40cities.org/bestpractices/energy/woking_efficiency. Jsp
Cidade: Woking
País: Reino Unido
População: 92 mil

Alimentando a Cidade com Agricultura Urbana

Com o objetivo de combater a escassez de alimentos nas cidades cubanas, principalmente Havana, os moradores da capital começaram o plantio de culturas de alimentos em varandas, quintais e lotes vazios da cidade, melhorando a estética urbana e a saúde da vizinhança. O Ministério de Agricultura e o governo da cidade de Havana apoiaram este movimento popular, formando o Departamento de Agricultura Urbana em 1994, que garante os direitos de uso da terra para os cultivadores urbanos e se compromete a fornecer terra gratuitamente a todos os moradores que queriam cultivar alimentos orgânicos na cidade.
Fonte:sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/havana-feeding-the-city-on-
Cidade: Havana
País: Cuba
População: 2,4 milhões

Estratégia Nacional de Impacto Local

Com a conferência em Fredrikstad, em fevereiro de 1998, e a Declaração de Fredrikstad, teve início a mobilização para implementação da Agenda 21 Local. Os esforços visam criar um quadro de apoio nacional para proporcionar aos governos locais os recursos regulatórios, jurisdicionais e financeiros necessários para que a proposta se concretize. A Agenda 21 convida todas as autoridades locais a se engajarem com suas populações, organizações não governamentais (ONGs) e com os setores de negócios, a fim de desenvolver planos de desenvolvimento sustentável. A Noruega é um dos muitos países que adotaram a Agenda 21 nos níveis nacional e local. Quase todas as municipalidades da Noruega aplicam a Agenda 21.
Fonte: 3.iclei.org/localstrategies/summary/port/norway.html
País: Noruega
População: 4,8 milhões

Lei do Plano de Metas

Lei aprovada em fevereiro de 2008 obriga o prefeito, eleito ou reeleito, a apresentar o Programa de Metas da gestão em até 90 dias após a posse. Esse programa deve ter as prioridades, ações estratégicas, indicadores e metas quantitativas para cada um dos setores da administração pública municipal, subprefeituras e distritos da cidade, observando, no mínimo, as diretrizes da campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas da Lei do Plano Diretor Estratégico. O programa passa a integrar o Sistema Municipal de Planejamento, juntamente com o Plano Diretor Estratégico, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento Anual e o Plano Plurianual. Em 2009 foi apresentado o primeiro programa de metas 2009-2012 da cidade.
Fonte: .nossasaopaulo.org.br
.prefeitura.sp.gov.br/agenda2012/
Cidade: São Paulo
País: Brasil
População: 11 milhões