Cultura para a sustentabilidade
A BAIRRO SUSTENTÁVEIS CRIADOS POR MORADORES
CULTURA PARA A SUSTENTABILIDADE |
Objetivos gerais
Desenvolver políticas culturais que respeitem
e valorizem a diversidade cultural, o pluralismo e a defesa do patrimônio
natural, construído e imaterial, ao mesmo tempo em que promovam a transmissão
das heranças naturais, culturais e artísticas, assim como incentivem uma visão
aberta de cultura, em que valores solidários e transculturais estejam ancorados
em práticas dialógicas, participativas e sustentáveis.
Objetivos
específicos
•A formulação de parâmetros culturais
(referências conceituais e metodológicas para as políticas públicas de cada
ação ou equipamento). Construir amplo diálogo social para desenvolver conceitos
e práticas que religuem o homem à natureza, buscando incrementar a cultura do
humanismo com os preceitos da sustentabilidade;
•Gestão participativa, envolvendo comunidade,
profissionais da área cultural e gestores públicos;
•Garantir o amplo acesso aos espaços culturais
existentes, promovendo múltiplos usos junto à população local e disseminando-os
para regiões que ainda não os possuem;
•Buscar parcerias e incentivos para a
construção de novos equipamentos, viabilizar a produção cultural e a promoção
da participação popular, priorizando sempre o valor cultural das manifestações;
•Estabelecer acesso gratuito ou a preços
simbólicos nos equipamentos e espaços culturais públicos.
O que
entendemos por Cultura para a sustentabilidade A sociedade industrial, além do
profundo impacto que causou ao meio ambiente, promoveu amplamente uma cultura
urbana que parece ter apartado o ser humano da natureza, desnaturando-o a tal
ponto que chegou a causar a
impressão de que poderia dela prescindir. Hoje, sem dúvida alguma, já sofremos
as consequências de tal equívoco e ilusão. A cultura do século XXI tem o enorme desafio de
re-significar o humanismo e romper com a ortodoxia antropocêntrica,
reintegrando o homem à natureza, no sentido de que ela não esta aí apenas para servir
aos homens, ser dominada, explorada e modificada à exaustão. A natureza tem
seus próprios códigos, equilíbrios
precários e limites. E o homem é absolutamente dependente dela. Por isso, há
que se erigir uma nova cultura, não mais como definição antagônica à própria natureza,
mas como promotora da sobrevivência de todas as espécies, inclusive da nossa.
A Agenda
21 da cultura é o primeiro documento, com vocação mundial, que estabelece as
bases de um compromisso das cidades e dos governos locais para o
desenvolvimento cultural.
Ela foi
aprovada por cidades e governos locais de todo o mundo comprometido com os
direitos humanos, a diversidade cultural, a sustentabilidade, a democracia participativa
e a criação de condições para a paz.
Fonte:
agenda21culture.net/index.php?lang=pt
Já acontece
Mais Bicicletas e
Ônibus, Menos Carros.
Em 1998,
começa uma transformação no sistema de transporte de Bogotá. Foram construídos
mais de 300 km de ciclovias, que se estendem desde as áreas de favelas e
subúrbios até o centro da capital. O traçado inclui uma rede de lazer, faixas
locais e um sistema longo em áreas
verdes. O transporte público também foi melhorado.
Não há
metrô na cidade, mas o Transmilenio, um sistema rápido e acessível de ônibus,
conta com numerosas estações. Devido à restrição de veículos particulares no centro
da cidade na hora do rush, esses ônibus funcionam três vezes mais rápido que um
típico ônibus de Nova York, o que equivale a 28 km por hora. No “Domingo sem Carro”
também se utilizam vias públicas como parques abertos para a prática de
esportes e lazer. Bogotá, pela viabilização do transporte sustentável, se
tornou uma cidade mais segura e saudável, com maior integração social e
econômica.
Objetivos
O projeto
visa estabelecer um sistema de transporte mais sustentável, com uma rede de
ciclovias capaz de cobrir a maior parte da cidade, um sistema de ônibus
atualizado e a restrição ao uso dos carros.
Resultados
Aumentou
em cinco vezes o uso da bicicleta na cidade. Estima-se que sejam feitas entre
300 mil e 400 mil viagens de bicicleta diariamente em Bogotá, boa parte no sul
da cidade, onde estão as áreas mais pobres.
Redução do
tráfego de automóvel em Bogotá de 40%, o que torna possível aos carros manter
uma velocidade média de 28 quilômetros por hora, mesmo durante a hora do rush.
340 km de
ciclovias construídas em 7 anos.
Investimento
global de US$ 50 milhões, com custo de US$ 147 mil/km construídos.
35% das
viagens feitas por motivo de estudos; 31% trabalho; 14% esporte; 16% vários; 4%
recreação.
Fonte:sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/bogota-more-bikes-and-buses-fewer-cars
Há Vida sob o
Asfalto
Há 600
anos, o rio Cheonggyecheon era um centro de lazer muito útil na vida cotidiana
da cidade de Seul. Em 1958, a cidade cobriu o rio com uma autoestrada principal
elevada. Mas testes para a estabilidade estrutural da rodovia realizados na
virada deste século consideraram que havia riscos e custos de reparação
demasiado elevados. Com isso, o Conselho da Cidade
de Seul
optou pela recuperação do rio e a renovação urbana. O foco do projeto foi criar
um lugar onde pessoas pudessem desfrutar do tempo livre nesse novo espaço
público revitalizado, que reincorporou o rio à cidade.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/seoul-life-beneath-the-asphalt
Cidade: Seul
País: Coréia do
Sul
População: 10,5
milhões
Um Extenso
Programa de Energia Solar
Rizhao
utiliza a energia solar para fornecer energia, aquecimento e eletricidade,
desde 1990. O governo municipal tornou obrigatória a instalação de aquecedores
solares em todos os prédios. Em consequência, 99% dos residentes do município
tiveram acesso a aquecedores solares de água. A maioria dos sinais de trânsito,
de rua e as luzes do parque são alimentados por
células solares, reduzindo as emissões de carbono e a poluição local. No total,
a cidade tem mais de meio milhão de metros quadrados de painéis de aquecimento
solar de água, o equivalente a cerca de 0,5 megawatts de aquecedores elétricos.
As reduções anuais de CO2, devido
aos aquecedores solares de água, foram de 53 mil toneladas. Por sua magnitude,
o projeto significou uma grande mudança cultural na cidade.
Fonte:.c40cities.org/bestpractices/renewables/rizhao_solar.
jsp
Cidade: Rizhao
País: China
População: 2,8
milhões
O projeto
surgiu a partir da iniciativa de moradores, em 2000. O bairro foi construído considerando-se
o estilo de vida da comunidade, o meio ambiente e o contexto urbano no qual
está localizado. As casas foram erguidas com materiais ecológicos e
termoeficientes, o que possibilita uma redução no custo de energia de 50% a 90%
em comparação aos bairros convencionais.
Todas as
casas têm aquecimento solar com apoio elétrico. A vegetação é parte integrante
do meio ambiente em Christie Walk, o que também faz do bairro um atraente
espaço verde no meio da cidade.
Fonte: .urbanecology.org.au/christiewalk/
/sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/adelaide-a-downtown-sustainable-oasis
Cidade: Adelaide
País: Austrália
População: 1,3
milhão
Festa da Música
A partir
da organização de vários concertos gratuitos, amadores, mas também
profissionais, a Festa da Música permite a um amplo público o acesso à música
de todos os tipos e origens. O lançamento da primeira ocorreu em junho de 1982.
O objetivo principal é a democratização do acesso à arte e à cultura.
O festival
está totalmente internacionalizado: em menos de 15 anos foi incorporado em 110
países nos cinco continentes e nos dois hemisférios, com mais de 340 cidades
participantes em todo o mundo. Os shows gratuitos, os apoios institucionais, a
divulgação na imprensa, o apoio das autoridades locais e a grande adesão da
população, fizeram do evento, em poucos anos, uma das principais manifestações culturais
francesas.
Fonte: fetedelamusique.culture.fr/site-2010/
País: França
População: 65,4
milhões
A Água Cria uma
Paisagem Vibrante
Desde o
final da década de 90, a chuva na Praça Potsdamer Platz é colhida e utilizada
para irrigação, piscinas e canais na região, enquanto o resto é usado nos
edifícios, para limpar vasos sanitários e extinção de incêndios. Esse projeto
tem ajudado a tornar a praça uma das maiores atrações turísticas de Berlim.
Dessa forma, o espaço de lazer foi aliado ao planejamento ambientalmente
amigável. Outro benefício é que o reuso da água e as questões ambientais
tornam-se parte da vida dos moradores da cidade e seus visitantes. A idéia por
trás do Urban Waterscape é mostrar que a água da chuva pode e deve ser
aproveitada para diversas atividades.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/berlin-water-creates-a-vibrant-cityscape
Cidade: Berlim
País: Alemanha
População: 3,4
milhões