O urbanismo sustentável tem como base o uso consciente e multifuncional das cidades por quem as habita. Os profissionais que defendem essa abordagem consideram a redução dos impactos ambientais, a mobilidade, a cultura local e a qualidade de vida das pessoas na elaboração dos projetos.
O urbanismo é um conceito que fala da ocupação e exploração das cidades. Segundo o dicionário “é a técnica da organização e da racionalização das aglomerações humanas, que permite criar condições adequadas de habitação às populações das cidades”.
Em poucas palavras, o urbanismo sustentável propõe espaços pensados para beneficiar as pessoas sem impactar o meio ambiente. Desta forma, visa trazer novas configurações para o uso dos espaços públicos, com objetivo de melhorar a experiência cotidiana da população, promovendo saúde, felicidade e bem-estar.
URBANISMO SUSTENTÁVEL O SEUS PRINCÍPIOS E IMPORTÂNCIA
O urbanismo sustentável é importante para o meio ambiente, a economia e a sociedade. Ela visa melhorar a qualidade de vida da população, reduzir o impacto ambiental e promover o crescimento econômico
Para operacionalizar esses ideais, uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou uma lista de 11 princípios do urbanismo sustentável. Eles servem como um norte para o trabalho de arquitetos, engenheiros e representantes do poder público que acreditam na responsabilidade socioambiental de empresas e governos.
AQUI ABAIXO PODEMOS VER OS 11 PRINCÍPIOS Da URBANIsmo SUSTENTÁVEL :
1. Centralidade nas pessoas, responsabilidade social e inclusão
O planejamento urbano, o design e a arquitetura precisam promover e apoiar a responsabilidade social e integrar a diversidade e igualdade, por meio da consideração das necessidades de indivíduos e domicílios de todas as raças, faixas etárias, gêneros, culturas, habilidades e níveis de renda, incluindo o planejamento intergeracional.
2. Identidade cultural, valores e patrimônio
O planejamento urbano, o design e a arquitetura devem respeitar a identidade e o patrimônio cultural dos lugares e edificações, bem como os valores culturais e as tradições das comunidades.
3. Eficiência de recursos e circularidade
Cada cidade, infraestrutura urbana e edificação devem ser projetadas de forma a:
- Limitar o uso de energia;
- Usar apenas fontes de energia renováveis e sustentáveis;
- Reutilizar água da chuva;
- Limitar o uso de outros recursos naturais;
- Reduzir perdas de recursos.
Ainda, desde o momento da concepção do projeto de cidades, infraestruturas urbanas e edificações, deve estar previsto:
- O uso de materiais reciclados;
- A reutilização e requalificação de espaços;
- A redução da produção de resíduos;
- A reutilização da água;
- O incentivo da produção de alimentos por meio de agricultura urbana, pomares e florestas alimentares.
4. Segurança e saúde
Cada cidade, infraestrutura urbana e edificação devem seguir padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente, bem como padrões de segurança para trabalhadores e cidadãos, incluindo segurança contra incêndio.
As casas devem fornecer um espaço de vida confortável, seguro e saudável, enquanto as cidades e espaços urbanos devem ser projetados para garantir a segurança e saúde das pessoas.
Toda cidade deve fornecer sistemas de mobilidade seguros e sustentáveis – incluindo ferrovias, estradas e vias navegáveis interiores – e espaços para as pessoas caminharem e se reunirem. As áreas verdes e florestas urbanas devem ser acessíveis a todos.
Além disso, as cidades portuárias precisam garantir que as instalações estejam em conformidade com as normas internacionais de transporte e segurança.
5. Respeito pela natureza e pelos sistemas e processos naturais
Cada cidade, infraestrutura urbana e edificação devem ser projetadas de forma a limitar o impacto no ecossistema dos espaços circundantes, incluindo o respeito às plantas, aos animais e a outros organismos.
Isso implica em realizar avaliações de impacto ambiental periodicamente, protegendo espaços para a biodiversidade e usando materiais naturais, bem como processos de produção de baixo impacto.
6. Neutralidade climática
As cidades, infraestruturas urbanas e edificações devem ser projetadas e requalificadas para minimizar a pegada climática, por meio de:
- Adoção de soluções criativas que reduzam a poluição e o uso de energia;
- Eliminação gradual de sistemas de mobilidade insustentáveis;
- Utilização de sistemas modernos, eficientes em energia e climaticamente neutros;
- Integração de sistemas de geração de energia verde no planejamento de cidades e edificações.
7. Inteligência em relação às pessoas
As novas tecnologias devem ser usadas para melhorar as condições de habitação das pessoas, incluindo os mais desfavorecidos socialmente, além de reforçar a transparência e reduzir a corrupção.
8. Resiliência, durabilidade, funcionalidade e visão de futuro
O projeto urbano e arquitetônico deve apoiar soluções que tornem as casas, edificações e espaços urbanos resilientes a desastres naturais, em especial aqueles causados pelas mudanças climáticas, incluindo furacões, secas, incêndios, inundações e ventos fortes.
Todo edifício e infraestrutura deve ser durável e flexível, incorporando adaptabilidade espacial para acomodar novas condições e usos ao longo do tempo.
9. Acessibilidade
As cidades e as casas precisam ser acessíveis e financeiramente viáveis para todos os cidadãos. Governantes, empresas, arquitetos, urbanistas e engenheiros devem ter esse fator em mente ao projetar ambientes de alta qualidade que atendam às necessidades de todos os cidadãos.
10. Cooperação e rede interdisciplinar
As cidades e os espaços urbanos devem ser projetados para promover a coabitação, o envolvimento comunitário, a solidariedade e a coesão social, considerando as necessidades dos cidadãos de todas as raças, grupos etários, gêneros, culturas, habilidades e níveis de renda.
11. Engajamento
A consulta e a participação das comunidades locais são essenciais para todo projeto urbano, incluindo os de pequena, média e grande escala.
O engajamento contínuo com diversos stakeholders, incluindo pesquisas longitudinais, fomenta a confiança, garante a responsividade às necessidades de todos os cidadãos e consolida a propriedade compartilhada das cidades do futuro.
URBANISMO SUSTENTÁVEL NOS ESPAÇOS PÚBLICOS
O urbanismo sustentável nos espaços públicos, por meio da revitalização, é um tema atual e de grande relevância. Trata-se da criação de ambientes saudáveis, seguros, socialmente democráticos e culturalmente diversificados.
URBANISMO SUSTENTÁVEL O SEUS PRINCÍPIOS E IMPORTÂNCIA
A revitalização dos espaços públicos é uma estratégia sustentável diante do crescimento dos centros urbanos. É um processo de melhoria contínua, garantindo que esses locais não sejam violados, abandonados ou ignorados, e passam a ter valor e utilidade para os cidadãos.
PARA FINALIZAR PODEMOS CONCLUIR QUE O URBANISMO SUSTENTÁVEL
Por sua vez, une os conceitos e as práticas de sustentabilidade aos projetos de urbanismo. A sustentabilidade é um termo que vem sendo debatido no mundo inteiro há anos – e a tendência é que essa pauta cresça cada vez mais.
URBANISMO SUSTENTÁVEL O SEUS PRINCÍPIOS E IMPORTÂNCIA
A sustentabilidade não se resume apenas às práticas ecológicas, como reciclagem e reaproveitamento, como pensam muitas pessoas. Esse é um termo que pode ser aplicado em diversas áreas e setores. Por exemplo: se uma empresa não tem retorno sobre os seus investimentos, ela não se sustenta, portanto, não é sustentável.
Da mesma forma, se as cidades não forem planejadas de forma que possam manter os habitantes seguros e com qualidade de vida, elas se tornam insustentáveis.
Com o crescimento das populações
nos centros urbanos, fica cada vez mais necessário pensar na
sustentabilidade desses espaços. Portanto, o debate a respeito do
conceito de urbanismo sustentável se torna cada vez mais necessário.
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