Um programa de coleta seletiva não é tarefa difícil de se
realizar, porém é trabalhosa, exige dedicação e empenho.
Engloba três etapas:
PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO e MANUTENÇÃO,
todas com muitos detalhes importantes.
O
primeiro passo para a realização do programa é verificar a existência de
pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa sozinha não conseguiria
arcar com tudo por muito tempo, e uma das principais razões para o sucesso de
programas desse tipo é o envolvimento das pessoas. Identificados alguns
interessados, o próximo movimento é reuni-los em um grupo, que será o
responsável pelas três etapas.
É
importante, desde o início e durante o processo, informar as pessoas da comunidade
envolvida sobre os passos que serão dados e sempre convidá-las para participar,
utilizando-se das formas costumeiras de organização e comunicação daquele local
(reuniões de professores, da APM, de condôminos, de SABs, etc.).
PRIMEIRA ETAPA
PLANEJAMENTO
Conhecendo um pouco o lixo do local
- Número de participantes (alunos, moradores, funcionários);
- Quantidade diária do lixo gerado (pode ser em peso ou número de sacos de lixo);
- De quais tipos de resíduos o lixo é composto e porcentagens de cada um (papel, alumínio, plástico, vidro, orgânicos, infectante, etc.);
- O caminho do lixo: desde onde é gerado até onde é acumulado para a coleta municipal;
- Identificar se alguns materiais já são coletados separadamente e, em caso positivo, para onde são encaminhados.
Conhecendo as
características do local
- Instalações físicas (local para armazenagem, locais intermediários);
- Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser reutilizados);
- Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo (quantas pessoas);
- Rotina da limpeza: como é feita a limpeza e a coleta (frequência, horários).
Conhecendo um pouco o
mercado dos recicláveis
- Doação: uma opção para quem vai implantar a coleta seletiva é encaminhar os materiais para associações ou cooperativas que, por sua vez, vendem ou reaproveitam esse material. Se for está a opção, é bom ter uma lista desses interessados à mão. No site da SMA existe uma lista com algumas entidades. Esta lista poderá ser complementada por meio de pesquisa na sua região, pois há muitas entidades beneficentes que aceitam materiais recicláveis.
- Venda: preços e compradores podem ser consultados no site da SMA, em listas telefônicas (sucatas, papel, aparas, etc.) ou nos sites indicados no final desta publicação.
Montando a parte
operacional do projeto
Com todos os dados obtidos até esse ponto (as quantidades geradas
de lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local, os
recursos humanos existentes, etc.), está na hora de começar a planejar como
será todo o esquema.
Agora deve-se decidir:
- Se a coleta será de todos os materiais ou só dos mais fáceis de serem comercializados;
- Se a armazenagem dos recicláveis será em um lugar só ou com pontos intermediários;
- Quem fará a coleta;
- Onde será estocado o material;
- Para quem será doado e/ou vendido o material;
- Como será o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem;
- Como será o recolhimento dos materiais, inclusive frequência.
Educação ambiental
Esta parte é fundamental para o programa dar certo: integra
todas as atividades de informação, sensibilização e mobilização de todos os
envolvidos.
- O primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos envolvidos. Ex: Nas escolas: todos os alunos, professores, funcionários da área administrativa e da limpeza e pais devem participar. 2. Em um condomínio:
Moradores (jovens, crianças, adultos), funcionários da
limpeza e empregadas domésticas.
- O segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
- O terceiro passo é: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar, PLANEJAR quais atividades propor para cada segmento, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre asatividades usadas, sugerimos: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, gincanas, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas.
SEGUNDA ETAPA IMPLANTAÇÃO
Preparação: etapa
crucial, que contribui muito para o sucesso do programa
- Uma vez desencadeado o processo, ajustes sempre serão necessários, mas é importante manter seu controle.
- Divisão dos trabalhos: para garantir a realização das várias tarefas e contatos planejados – é a estratégia mais eficiente. O grupo responsável, ou um grupo ampliado para essa fase, deverá tomar as providências acertadas:
- Compras, se necessário;
- Confecção de placas sinalizadoras, cartazes, etc.;
- Instalação dos equipamentos;
- Treinamento dos funcionários responsáveis pela coleta;
- Elaboração de folhetos informativos (horários, frequências, etc.).
- Acertos finais: normalmente com uma ou duas reuniões se resolve o que está pendente e pode-se, finalmente, partir Para a inauguração.
Inauguração do programa
Deve
ser um evento bem divulgado e ter sempre uma característica alegre, criativa,
de festa, mas no qual as informações principais também possam ser passadas.
Pode ser uma exposição, uma palestra. Faça desta data algo marcante
Acompanhamento
Acompanhamento
e gerenciamento da coleta, do armazenamento, venda e ou doação dos materiais.
TERCEIRA ETAPA MANUTENÇÃO
Levantamento
Levantamento das quantidades coletadas e receita gerada (caso o material tenha sido vendido), até setorizado por tipo de material se possível.
Atividades contínuas de informação e sensibilização
Retomar os objetivos e divulgar notas em jornais/boletins (internos), palestras, reuniões, gincanas, cartazes, são estratégias que incentivam.
Balanço
Levantamento das quantidades coletadas e receita gerada (caso o material tenha sido vendido), até setorizado por tipo de material se possível.
Atividades contínuas de informação e sensibilização
Retomar os objetivos e divulgar notas em jornais/boletins (internos), palestras, reuniões, gincanas, cartazes, são estratégias que incentivam.
Balanço
Balanço
de andamento e resultados do programa. É fundamental que sejam divulgados.
T E M P O * D E D E C O M P O S I Ç Ã O
* ESTE
TEMPO PODE VARIAR DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS.
·
Chiclete _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _5 anos
·
Lata de aço _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ 10 anos
·
Vidro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _mais de 10.000 anos
·
Plástico _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _mais de 100 anos
·
Madeira _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 6 meses
·
Papel _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 3 meses a
vários anos
·
Cigarro (filtro) _ _ _ _ _ _ _ _ 3 meses a
vários anos
·
Lata de alumínio _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ mais de 1.000 anos
·
Restos orgânicos _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ 2 a 12
meses
·
O
Q U E F A Z E R C O M P
I L H A S E B A T E R I A S?
* Resolução CONAMA nº 257, de 22/07/99,
complementada pela de nº 263, de 12/11/99
- Devem ser devolvidas aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica
- Autorizada pelas respectivas indústrias dos seguintes materiais:
- Baterias de celular;
- Baterias automotivas;
- Baterias industriais;
- As pilhas que não atenderem os limites da
resolução.
- As pilhas de uso comum, como as vendidas em supermercados – alcalinas comuns e as de tipo botão usadas em relógios, calculadoras ou marca-passos – devem ser descartadas no lixo comum, objeto de coleta pública.
Fonte:www.lixo.com.br
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