COMPOSTAGEM
DOMESTICA LIVRA OS ATERROS E LIXÕES DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS
Quando o lixo é destinado de
maneira incorreta e fica a céu aberto, pode ocorrer contaminação de lençóis
freáticos com chorume, emissão de gases do efeito estufa (que causam seu
desequilíbrio, como o gás metano (CH4 - 20 vezes mais prejudicial na atmosfera
do que o CO2) e ainda atrai insetos e animais, que podem transmitir doenças às
pessoas. Uma grande parcela do volume de resíduos produzido anualmente no país
é lixo orgânico, que poderia ter um destino muito mais correto do que um lixão.
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Minhoca: importância ambiental
na natureza e em casa
Esse sistema de compostagem é
formado por uma tampa, três ou mais caixas empilháveis de plástico opaco (a
quantidade depende da demanda familiar, assim como a dimensão dos contêineres),
sendo as duas caixas superiores digestoras, com furos no fundo, esses furos são
exclusivamente para a migração das minhocas e escoamentos dos líquidos e uma
caixa coletora para armazenar o chorume produzido no processo (é a que forma a
base da composteira). Se o chorume não for drenado, ocasionalmente os fluidos
se acumularão, de forma a tornarem o sistema da composteira anaeróbio. Calma!
Esse resíduo não é aquele tão prejudicial ao meio ambiente e produzido nos
lixões. O chorume orgânico ou biológico é um biofertilizante líquido, rico em
nutrientes e sais minerais. Basta dilui-lo em água, em uma proporção de 1/5 até
1/10, e borrifar nas folhas de sua horta caseira ou nas plantas de sua casa.
Nos lixões, a origem do chorume é diversa, contendo inclusive metais pesados,
por isso é um contaminante do ecossistema.
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Manutenção
Supondo que você adquiriu uma
composteira de três caixas, a de baixo será a que acumulará o biochorume e a do
meio e a de cima serão as digestoras. É no primeiro compartimento de cima que
as minhocas serão colocadas; formando uma cama de húmus de cerca de três dedos.
A partir de então, coloque uma
pequena quantidade de resíduo orgânico (saiba o que vai e o que não vai para a
composteira) na caixa digestora de cima. O recomendado é alimentar a composteira
todos os dias. Da primeira vez, deposite aproximadamente meio copo (100 mL) e
aumente 50 mL a cada quinze dias até atingir a quantidade de 1 litro por dia.
Os primeiros resíduos não devem ser espalhados pela caixa, basta concentrá-los
em uma parte e cobrir com o dobro de volume de material seco (serragem de
madeira virgem, palha, folhas secas, grama seca) para as minhocas começarem os
trabalhos.
Essa mistura de material
orgânico (rico em carbono) com o material seco (rico em nitrogênio) é importante
para manter o pH do sistema, além de permitir uma boa ventilação da mistura e
de controlar a umidade. Se houver uma boa aeração, o processo de decomposição
será mais rápido e o húmus produzido terá melhor qualidade.
Com o passar do tempo, a caixa
digestora (de cima) se encherá de húmus. A partir de então é preciso trocar as
caixas intermediária e a de cima, colando a intermediária na parte superior.
Mas antes disso, é preciso resgatar o húmus (com minhocas) do fundo da caixa
preenchida e adicioná-lo na caixa vazia; formando uma cama de minhocas com
cerca de três dedos de altura.
Minhocas
As minhocas também precisam de
uma certa atenção. Respeite a dieta e as limitações delas. Os restos de comida
são geralmente bem aceitos, mas evite as cascas de frutas cítricas, gordura
animal, restos de alimentos salgados, cinzas de churrasqueira, alho, pimenta,
ervas fortes, cebola, fezes de animais domésticos, carne de qualquer espécie,
laticínios (em excesso), papel higiênico e madeira tratada com pesticidas ou
verniz (nem mesmo como material seco). A presença desses resíduos provoca
lentidão no processo, gerando problemas com pragas e até a morte das minhocas
(saiba o que fazer com o que não vai para a composteira).
Podem ser colocados na caixa
digestora restos de alimentos cozidos, borra de café (em pouca quantidade),
erva mate, saquinhos de chá, frutas, legumes, grãos, sementes e casca de ovo. É
recomendável picar esses materiais para facilitar e acelerar a ação das
minhocas. O papel marrom e o papelão também são bem-vindos, mas sem exagero. As
páginas de revistas e jornais (sobretudo as páginas coloridas) são tratadas com
cloro e têm muita tinta, por isso não é aconselhável colocá-las na composteira.
Saiba o que fazer com resíduos que não vão para a composteira
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Húmus
Uma caixa digestora média
(50cm x 35cm x 65cm), indicada para duas pessoas pode receber cerca de 1 itros
de resíduos orgânicos por dia e deverá ficar completamente cheia em um mês
(como existem dimensionamentos diferentes de acordo com a demanda familiar,
esse tempo pode variar de acordo com o modelo do produto). Após esse período,
retire o húmus da caixa do meio (veja mais abaixo) e faça a troca de posição (a
de cima vai para o meio e a do meio vai para cima). Dessa forma, o processo
continuará sendo realizado enquanto a outra caixa coletora receberá os próximos
resíduos. As minhocas migrarão pelos buracos no fundo do compartimento para
esse recipiente, após se alimentarem de todo o material orgânico que havia sido
depositado. Em aproximadamente dois meses, você terá produzido húmus de minhoca
em sua casa, além de ter reciclado todo o lixo orgânico.
A retirada do húmus precisa
ser cuidadosa para não machucar as minhocas. Ao constatar que todo o alimento
depositado na caixa virou uma terra úmida marrom escura e homogênea, deixe a
caixa exposta ao sol. Dessa forma as minhocas irão fugir da luz migrando para o
fundo, por isso que as caixas precisam ser de plástico opaco. Essa movimentação
ocorre em poucos minutos. Em seguida, raspe o húmus com uma pá. Caso encontre
mais minhocas, deixe mais um tempo a luz e retome a retirada. Não se esqueça de
deixar cerca de três dedos de húmus no fundo para que a caixa receba novos os
resíduos e também as minhocas.
Húmus é a matéria orgânica
estável presente em vários tipos de solos, essencial para a vida na Terra
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Hoje, o termo
"húmus" designa toda a matéria orgânica estabilizada (que não sofre
mudanças químicas ou físicas significativas) presente nos mais diversos tipos
de solos (argilosos, arenosos, entre outros). Ollech,
Eficiência da Compostagem
Domestica
Ambos os métodos para
compostagem doméstica são eficientes e ecológicos. Eles contribuem com a
redução das emissões de gás metano para a atmosfera, evitando desequilíbrio causado
pelo efeito estufa. Isso sem contar que, se elas forem tratadas da maneira
correta, produzem adubo de boa qualidade, não emitem cheiro, ocupam pouco
espaço, não atraem insetos e animais, além de reduzirem o volume de lixo
doméstico substancialmente. Com pouco esforço é possível dar um destino correto
ao que iria poluir o ecossistema e sobrecarregar lixões e aterros urbanos. O
adubo produzido ainda pode ser um incentivo para ter uma horta orgânica. Se
você não quiser plantar ou adubar alguma planta em sua casa, é só aplicar o
húmus em qualquer árvore de uma praça, parque ou no canteiro da rua para fazer
bem à natureza.
Composteira automática
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Composteira automática
A composteira automática é um
recipiente onde ocorre a degradação da matéria orgânica de forma elétrica,
simples, rápida e prática. Devido a adição de micro-organismos chamados de
Acidulo TM, o resíduo é decomposto a uma velocidade impressionante, em apenas
24 horas seu lixo se torna adubo orgânico.
O que você faz com seu lixo
orgânico, como os restos de comida? Se a resposta envolve jogá-lo no lixo
comum, saiba que a porcentagem de matéria orgânica é a de maior
representatividade no volume de resíduos sólidos urbanos coletados. Segundo
pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a fração orgânica
contribui com aproximadamente 52% do volume total dos resíduos. E trata-se de
um grande desperdício, pois esse material pode ser reaproveitado por meio da
compostagem, que é o processo biológico de decomposição e de reciclagem da
matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal, formando um
composto rico em substâncias húmicas e nutrientes (veja mais aqui). Ou seja, em
vez de jogar fora seu lixo orgânico preenchendo inutilmente lixões e aterros,
por que não reciclá-lo para criar uma terra fértil para seu jardim?
Composteira automática
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Uma nova aliada que surge para
esse tipo de atividade é a composteira automática. Movida a energia elétrica,
ela é um modo mais simples, prático e rápido de se fazer compostagem em sua
residência, que pode animar e trazer novos praticantes para essa técnica. Este
método de compostagem pode ser aplicado nos mais diversos ambientes, casa,
apartamento, mercados, restaurantes, lanchonetes, bares, refeitórios, hotéis,
estabelecimentos comerciais, escolas, faculdades ou indústrias.
Como Funciona?
Acompanhe um vídeo que mostra como uma composteira elétrica automática pode ser um sistema seguro e simples de consumo sustentável:
COMPOSTEIRAS DOMESTICA LIVRA OS ATERROS E LIXÕES DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS
Existem diversos
micro-organismos na natureza que são capazes de transformar resíduos orgânicos
em composto, como alguns fungos e bactérias. A composteira automática faz o uso
de poderosos micro-organismos patenteados, dentre eles o Acidulo TM, capazes de
se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade e acidez, e com alta
longevidade, o que garante ao equipamento funcionamento sem custos de
manutenção adicionais, seja por reposição de filtros ou acréscimo de serragem.
Quanto maior o tempo de vida dos micro-organismos, mais eficiente fica o
ambiente interno da máquina, bastando para isso a atuação dos agentes e o
revolvimento da mistura de resíduos pelas lâminas de agitação, o que promove a
oxigenação do composto por meio de sua aeração.
Você deve apenas inserir
dentro do tanque de decomposição os materiais orgânicos que podem ser
processados, como restos de comida, frutas, legumes, cascas de ovo, espinhas de
peixe e carnes, apenas tomando o cuidado de cortar resíduos volumosos em
pequenos pedaços, para não danificar o aparelho. Uma das vantagens deste tipo
de tecnologia reside exatamente baixa restrição aos resíduos depositáveis .
Praticamente tudo que é orgânico pode ser processado sem restrições,
diferentemente da técnica da vermicompostagem (com minhocas), por exemplo, em
que frutas cítricas, carnes, laticínios, frutos do mar e ossos não são
processáveis, materiais estes por sua vez decomponíveis na tecnologia das
composteiras elétricas, gerando um composto estável, rico em nutrientes
minerais essenciais para a nutrição vegetal em jardins, arbustos, árvores ou
mesmo às plantas nos vasos no interior de sua residência. Bastando misturar o
composto com a terra ou mesmo espalhá-lo sobre a superfície do solo para que os
nutrientes naturalmente penetrem no solo durante a rega ou mesmo a chuva.
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Benefícios
Esse novo tipo de composteira
promete transformar o seu lixo orgânico em um composto altamente nutritivo com
segurança (livre de patógenos) e rapidez. Apenas 24 horas são suficientes para
o processamento dos resíduos, um tempo muito curto quando comparado a outras
técnicas de compostagem, que podem levar até 60 dias para executar esse mesmo
processo. Sem contar que, de acordo com os fabricantes, a composteira elétrica
tem um baixo custo operacional, pois apresenta baixo consumo de energia para o
seu funcionamento, não exige manutenção adicional, não sendo necessárias a
reposição de serragem ou filtros, porém, deve-se tomar o cuidado de manter a
quantidade mínima indicada de material dentro do tanque de compostagem para que
os micro-organismos sejam capazes de se multiplicar e continuar desempenhando
seu papel.
Trata-se de um aparelho
compacto e automático, que pode ser instalado praticamente em qualquer lugar,
não requer muita dedicação e conhecimento, sendo capaz de, em apenas quatro
dias. processar o equivalente ao seu peso em resíduos orgânicos e, no limite,
evitar que algo perto de duas toneladas de materiais orgânicos tenham como
destino lixões ou aterros sanitários. Novamente os criadores afirmam que é um
método seguro e que não traz problemas com insetos e odores desagradáveis.
Com relação aos outros tipos de composteira, a elétrica tem maior preço
por se tratar de uma tecnologia mais complexa e que produz húmus e recicla os
resíduos em tempo muito menor, além de apresentar maior praticidade.
Adicionalmente, ao reduzir o volume do lixo em até 70%, a depender da
composição da unidade de consumo (famílias ou empreendimentos), uma economia
potencial nos custos de coleta pode tornar o investimento ainda mais
interessante. Essa recicladora é uma alternativa aos métodos tradicionais de
compostagem em benefício da preservação do meio ambiente. Escolha o método que
achar melhor, mas de toda maneira, recicle e pratique a sustentabilidade
Fonte de textos: Portais ecycle.com
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