28 março 2016

SUSTENTABILIDADE - LEGISLAÇÃO, NORMAS E CERTIFICADOS

LEGISLAÇÃO, NORMAS E CERTIFICAÇÕES

Garantia e transparência. Estes são requisitos cada vez mais exigidos por consumidores no Brasil e no mundo. Atender a legislação e as normas previstas é dever de todas as empresas, e é requisito para a permanência no mercado. Para adequar-se a estes novos padrões de exigência, que tal certificar a sua empresa? Assista ao vídeo e saiba mais sobre Legislação, Normas e Certificações.
 
SUSTENTABILIDADE - LEGISLAÇÃO, NORMAS E CERTIFICADOS
SUSTENTABILIDADE - LEGISLAÇÃO, NORMAS E CERTIFICADOS
 

INTRODUÇÃO

Certificação: um atestado de qualidade
Um produto ou serviço certificado oferece garantias para o consumidor

As exigências da sociedade em relação à responsabilidade das empresas crescem a cada dia. As regras e padrões de produção não são mais ditados apenas pela “livre concorrência”, isto é, pelo mercado. Os consumidores querem garantias de qualidade e transparência em relação aos processos de produção da empresa, incluindo aí o respeito à sustentabilidade em seus três pilares: o econômico, o social e o ambiental.

Para oferecer as garantias que o consumidor exige e facilitar os processos de gestão e produção, foram criados, ao longo dos anos, padrões e sistemas de verificação que atestam as boas práticas de uma empresa. Este “atestado” é chamado de certificação.

Para recebê-lo, uma empresa precisa adotar e seguir as normas de fabricação ou serviços de sua área, normalmente elaboradas em fóruns colaborativos, que envolvem especialistas do setor, autoridades acadêmicas e públicas.

Depois de adequar-se a esses padrões, a empresa solicita a visita dos auditores, profissionais que pertencem a organizações certificadoras, acreditadas para conceder a certificação. As certificadoras, por sua vez, são empresas habilitadas para fazer esse trabalho pelas instituições de acreditação, reguladas pelas que criaram a norma.







CONCEITO

O que pode ser certificado

Há um leque extenso de atividades que podem ser certificadas

O número de certificações disponíveis atualmente é enorme. Só a ISO (International Organization for Standardization), organização internacional para padronização mais conhecida no mundo, possui 19 mil normas, nos mais variados assuntos. Há certificações obrigatórias e voluntárias. Determinados serviços e produtos só podem ser oferecidos após a verificação de sua conformidade às normas exigidas.

Obter este reconhecimento passa a ser um primeiro filtro no mercado. Empresas ampliam suas possibilidades de negócios e trabalhadores alcançam melhores postos e remuneração.
No caso de habilidades, a certificação é feita por meio de provas e da comprovação de experiência. Se atingir as notas necessárias, um profissional obtém o certificado que atesta sua capacidade e conhecimentos em determinada área. No Brasil, são certificados inspetores de soldagem, inspetores de ensaios não destrutivos e auditores de sistemas da qualidade, entre outros.

Os principais órgãos de certificação no Brasil são o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Na área ambiental, há outras certificadoras, como o Instituto Biodinâmico (IBD), o Ecocert e o Instituto de Mercado Ecológico (IMO), para produtos orgânicos, e o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC) e o Imaflora, que fazem  a certificação de madeira e produtos florestais.

Como surgem as normas
A partir de um processo participativo, busca-se um consenso entre as partes

Estabelecer um sistema de certificação exige uma série de procedimentos que envolvem não apenas os órgãos certificadores mas também as organizações do setor a ser normalizado. Para isso, são formados grupos de trabalho integrados por especialistas indicados pelas empresas e instituições da área.

Os grupos de trabalho podem contar ainda com subcomitês, conforme a extensão do que precisa ser avaliado. Qualquer interessado pode acompanhar ou participar da construção de normas ou opinar sobre as que já estão criadas, pois os sistemas são colaborativos e visam ao consenso entre todas as partes. São necessários pelo menos dois terços dos integrantes do grupo para aprovar uma nova norma.

A ISO é uma rede de institutos de padronização de 162 países, coordenada por um secretariado central e com uma estrutura de 3.335 corpos técnicos e 224 comitês (em 2011), responsáveis por criar e rever certificações. A ABNT é membro fundador da ISO e participa de seus comitês, representando o Brasil.

Há inúmeras outras entidades que cuidam da elaboração de certificações, como a Comissão Europeia de Normalização (CEN), o Japanese Industrial Standards (JIS), o American National Standards Institute (Ansi), o Comitê Pan-Americano de Normas Técnicas (Copant) e a Associação Mercosul de Normalização (AMN).



 


Fonte: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Uma boa fonte para localizar entidades que estabelecem certificações é a World Standards Services Network (WSSN), a Rede Mundial de Serviços de Padronização, http://www.wssn.net/ (site em inglês).

Que benefícios geram
A certificação é atualmente referência para a contratação de fornecedores

As certificações foram criadas para garantir a qualidade e a padronização de serviços e produtos originários de países diferentes. Com o tempo, percebeu-se que os seus benefícios vão além. As normas uniformizam a produção, facilitam o treinamento da mão de obra, ampliam o conhecimento tecnológico, reduzem o consumo de materiais e o desperdício, fornecem procedimentos para cálculos e projetos, e melhoram o controle de processos, aumentando a produtividade.

Hoje, a certificação passou a ser referência na hora da contratação de fornecedores. É como ter um selo de garantia, que deixa o cliente tranquilo quanto ao que está contratando. Alguns setores, inclusive, só aceitam interagir com empresas ou produtos certificados.

Outra vantagem da certificação é a satisfação do comprador em saber que incentiva uma cadeia de produção eficiente e justa, principalmente no caso dos selos socioambientais. Ter um selo deste significa que a empresa respeita as populações tradicionais e os bens naturais de forma a garanti-los para as futuras gerações.

A certificação, portanto, é um impulso para eliminar as más práticas, muitas vezes toleradas ou ignoradas na cadeia produtiva antes da busca deste atestado.

Como são fiscalizadas
O contratante tem o direito de exigir o cumprimento das normas certificadas

Se o serviço, produto ou profissional certificado falhou, a primeira coisa a fazer é reclamar com a própria empresa ou profissional certificado. Se a resposta não for satisfatória, faça uma reclamação oficial ao organismo de certificação. O nome do certificador consta no certificado e pode ser solicitado à empresa ou organização certificada.

Se o certificador não atender, deve-se encaminhar a reclamação diretamente ao organismo de acreditação nacional. O nome do organismo nacional de acreditação pode ser obtido junto ao Fórum Internacional de Acreditação (IAF), http://www.iaf.nu.

Se ainda assim, a questão não se resolver, é preciso então se dirigir ao próprio IAF ou à entidade que criou a certificação. No caso da empresa ou profissional provar que seguiu à risca as regras recebidas, então são elas que precisam ser modificadas e o alerta, neste caso, deve também seguir para quem as elaborou.

PRATICAS

Principais certificações existentes

No setor empresarial, os certificados mais antigos e renomados são os da ISO, ligados à qualidade (série 9000) e à conformidade ambiental (série 14000). Outras normas, ou standards, desta organização estão ganhando espaço como a ISO 26000, de responsabilidade social, e a ISO 20000, de tecnologia da informação (TI).

No caso de produtos, as certificações mais difundidas são as técnicas, com aprovação do Inmetro, ABNT, Selo Procel de Eficiência Energética, e para produtos ecológicos, como alimentos orgânicos e madeira certificada. Para profissionais, a área de TI é a que mais certifica, assim como a de gestão de projetos e a financeira.

Várias entidades especializadas cuidam de padrões para seus setores, como a National Fire Protection Association (NFPA), a mais prestigiada referência mundial em normas e regulamentos técnicos de segurança contra incêndio, a American Society for Testing and Materials (ASTM), dos Estados Unidos, entre outras.

Área
Qualidade
Gestão Ambiental
Saúde e Segurança Ocupacional
Tecnologia da Informação
Norma

ISO 9000
ISO 14001
OHSAS 18001
ISO/IEC 20000
Descrição
Oferece um modelo de gestão da qualidade para empresas em geral, de qualquer ramo de negócios e porte. Foi lançada em 1987 e hoje é a mais conhecida nesta área
Apresenta um sistema de gestão ambiental com o objetivo de preservar os bens naturais. Foi criada em 2004 e incorpora preocupações com a sustentabilidade do planeta.
OHSAS é a sigla para Occupational Health and Safety Assessment Services, ou seja, Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacio­nal. É uma auditoria internacionalmente reconhecida na gestão de riscos e compatível com a ISO 9001 e a ISO 14001.
Desenvolvida em conjunto com a In­ternational Electrote­chnical Commission, organização mundial que prepara e publica normas internacionais para toda a área elé­trica, eletrônica e de tecnologia. Substitui a norma britânica BS 15000.
Área
Responsabilidade
Social
Responsabilidade
Social
Responsabilidade
Social
Responsabilidade
Social
Norma

ISO 27000

SA 8000
NBR 16001
ISO 26000
Descrição
Gestão completa de todos os fatores envolvidos na proteção da informação determinada pela empresa.
A Social AccountAbility 8000 é o primeiro padrão que pode ser auditado nesta área. Foi criado em 1997, baseado em convenções da Organização Internacional do Trabalho e da Organização das Nações Unidas, reunindo ONGs, empresas e sindicatos.
A norma brasileira 16001 foi publicada em 2004 e deu suporte à estruturação do Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social, conduzida pelo Inmetro. Ela estabelece um Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SGRS), que visa a promover a cidadania, o desenvolvimento sustentável e a transparência.
Concluída pela ISO em novembro de 2010, é constituída de diretrizes de uso voluntário. Ela não é utilizada para fins de certificação e conta com um grupo internacional de acompanhamento, liderado pela ABNT e pelo Instituto Sueco de Normalização. Seus integrantes analisam casos de implementação, buscam as melhores práticas e identificam oportunidades e necessidades de melhorias da norma.
Fonte do Material Sebrae / Montagem da Tabela: Frank e Sustentabilidade  


Certificações de produtos

Técnicas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

A ABNT é uma entidade civil, responsável pela normalização técnica no Brasil. Existe desde a década de 1950. Realiza certificações de sistemas de gestão, com base nas normas ISO/IEC, e de pessoas. As normas brasileiras são elaboradas nos Comitês Brasileiros da ABNT (ABNT/CB) ou em Organismos de Normalização Setorial (ONS) por ela credenciados. Há uma gerência regional da ABNT nos Estados.

Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Órgão governamental que formula e executa a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação de qualidade de produtos industriais. Integra o Sistema Brasileiro de Certificação (SBC), em conjunto com o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro). É responsável por credenciar os laboratórios e os organismos certificadores.

Em seu site, é possível consultar as certificações obrigatórias (compulsórias):

Produtos
 http://www.inmetro.gov.br/qualidade/prodCompulsorios.asp

Serviços
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/servCompulsorios.asp

Assim como, os de certificação voluntária:

Produtos
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/prodVoluntarios.asp e

Serviços
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/servVoluntarios.asp.
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

A Anvisa regula os processos de produção de artigos ligados à saúde pública. Estabelece Resoluções da Diretoria Corporativa (RDCs) e concede a Certificação de Boas Práticas de Fabricação, que garante que os alimentos ou os Sistemas de Controle de Alimentos atendem aos requisitos legais.

Indústria química

Sistemas de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (Sassmaq)
Avalia o desempenho nas áreas de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade das empresas que prestam serviços à indústria química. A avaliação das empresas é feita por organismos certificadores independentes credenciados pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).


Eficiência energética

Selo Procel

Tem caráter indicativo de aparelhos que sejam mais eficientes no uso de energia. Para participar, a empresa deve primeiramente consultar a associação de classe a que pertence para saber se o produto que fabrica e/ou comercializa no país está contemplado no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Se sim, deve contatar o Inmetro e solicitar sua inclusão nesse Programa. Após o ensaio de seu produto e atendendo aos critérios do Procel, está automaticamente habilitado a receber o Selo.

Transporte de cargas e logística

Transqualit

É um conjunto de normas de certificação para empresas deste setor, desenvolvido pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em conjunto com a Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV) e pela ABNT, com base na ISO 9000.

Marcação CE
Determinada pelo Comitê Europeu de Normalização, é uma marca que indica que o produto no qual ela está afixada está em conformidade com as diretrizes de segurança de produto da União Europeia. Reúne 30 organismos nacionais europeus de normalização (ONNs) que elaboram juntos Normas Europeias (EN) em vários setores.

De origem e denominação controlada

Certificados de Origem Controlada ou Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), atestam que um produto foi produzido em uma localidade específica. Seu “nome” fica proibido para similares, fabricados em outras partes do globo. Como por exemplo, champagne é de uso exclusivo para os vinhos espumantes fabricados na região de mesmo nome na França. Vinhos semelhantes, produzidos pelo mesmo método, só podem se chamar de “espumantes”. Esta proteção é dada também a queijos e outros alimentos influenciados pelas características da água, do solo e do clima de uma localidade.

Socioambientais

Produtos orgânicos

São a categoria mais popularizada de produtos alimentares certificados. Há inúmeras certificadoras habilitadas para verificar o método de produção sem aditivos químicos. Seu mercado é crescente e existe uma demanda contida esperando por maior variedade e menores preços para estes artigos. O valor da certificação pode ser alto demais para pequenos produtores. Soluções alternativas estão sendo utilizadas, como o Controle Social, ou Sistemas Participativos de Garantia.

Produtos florestais

Este setor também tem uma demanda crescente por artigos certificados e até falta de mercadorias com esta garantia para venda, como no caso da madeira. O selo mais difundido é concedido pelo Forest Stewardship Council (FSC), representado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, que trabalha com parcerias locais, como com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

Comércio justo

Representado pelo selo da Fair Trade Organization, seu sistema proporciona melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores. Ele prioriza integrantes que estão à margem dos grandes fluxos de comércio, isolados e à mercê de atravessadores. Ele vem apresentando taxas médias de crescimento de 20% a 25% ao ano.
Cruelty Free (Livre de Crueldade)

Esta declaração é parte de um movimento social, com apoio e fiscalização de ONGs de defesa dos animais, como a Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais). As empresas assinam voluntariamente um compromisso de não utilizar testes em animais ou submetê-los a condições cruéis de existência.

Certificações profissionais

 Tecnologia da Informação (TI)

Realizada por empresas do setor, como Cisco e Microsoft para conhecimentos de softwares específicos. Além destas, é bastante difundida a certificação Itil (Information Technology Infrastructure Library). Trata-se de uma biblioteca com publicações e guias de práticas de Gerenciamento de Serviços de TI. Foi desenvolvida inicialmente pela CCTA (Central Computing and Telecommunications Agency) e hoje está sob domínio do OGC (Office of Government Commerce), um órgão do governo britânico. Mais de 15 mil empresas no mundo todo já adotaram as boas práticas da Itil. Mas não existe uma certificação Itil para empresas, apenas para profissionais que podem se especializar desta forma na gestão de serviços de TI.

Financeiras

Todo profissional que comercializa produtos de investimento obrigatoriamente precisa ser certificado. As certificações mais difundidas são concedidas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Ela atua em conjunto com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Ambas não ministram cursos para os exames de certificação que aplicam. O profissional pode se preparar estudando sozinho ou buscar cursos no mercado.

 Gestão de projetos

Project Management Institute (PMI)

É a principal associação mundial de gerenciamento de projetos e conta com mais de 300 mil associados, em mais de 160 países. Ela administra e coordena um programa de credenciamento mundialmente reconhecido, que promove o desenvolvimento da profissão e da carreira. Existem em torno de 240 mil portadores da credencial de PMP (Project Management Professional), sua credencial mais procurada.

Muitas outras profissões possuem certificações ou registros específicos, que comprovem a experiência e habilidade de quem quer exercê-la. As entidades de classe como conselhos regionais ou as delegacias regionais do trabalho podem informar quanto à necessidade deste documento antes da contratação de trabalhadores.

Construção civil

Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental)

A mais conhecida no Brasil, organizada pelo GBC (Greenbuilding Brasil Council). Foi elaborada nos Estados Unidos, em 1998, com padrões para os invernos frios, com neve, do Hemisfério Norte, dando grande importância para o impacto de itens como calefação e isolamento térmico das construções. Mesmo assim, em 2004 recebeu o primeiro pedido de certificação do Brasil, que também foi o primeiro da América Latina.

Com a progressão dos pedidos, foi formado o conselho brasileiro, em março de 2007, para rever e adaptar suas exigências a países tropicais. Hoje, o Brasil é o quarto no ranking mundial de construções Leed, com 42 prédios certificados e 399 em processo de certificação, atrás apenas de Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China.

Profissionais Leed AP são aqueles que tiveram seus conhecimentos acerca do processo de certificação Leed atestados por um exame.

BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method)
A mais difundida no mundo, com 200 mil construções certificadas por seus cuidados ambientais. Acumula mais de um milhão de pedidos de avaliação desde seu lançamento no Reino Unido em 1990. Foi pioneira em estabelecer padrões de melhores práticas no planejamento mais sustentável das construções.

Certificações Associação Qualitel

Criado em 1974, na França, é um organismo independente, sem fins lucrativos, que tem como missão a promoção da qualidade técnica e a integração de princípios de sustentabilidade na habitação por meio da certificação.
Fundação Vanzolini

Criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, oferece Sistemas Evolutivos de Garantia da Qualidade na Construção Civil. Estruturou seu próprio sistema de certificação de edificações residenciais e comerciais, chamado de Processo Aqua.

Selo SustentaX

Criado pela empresa SustentaX Engenharia de Sustentabilidade, que se especializou neste campo a partir de 2006. Trata-se de uma rotulagem de produtos para a construção civil, em conformidade com a ISO 14.024:2004.

Há outros selos, como os concedidos pela HQE (Haute Qualité Environnementale) e o DGNB (Sistema Germânico de Construção Sustentável), sendo este um dos segmentos mais ativos em certificações.

Como obter uma certificação

Adquirir a norma

O primeiro passo para iniciar um processo de certificação é ler sua documentação. Após escolher qual é mais interessante para seu nicho de negócio e para o mercado que deseja alcançar, é preciso adquirir a norma em sua íntegra.

Levantar informações

Depois de estar bem familiarizado com as regras e procedimentos exigidos, entre em contato com um certificador e informe-se sobre o tempo e os investimentos necessários para as auditorias de certificação ou testes de ensaio, no caso de produtos, ou provas, no caso de habilidades profissionais.

Se sentir necessidade, contrate treinamentos específicos para preparar-se para o processo. Há inclusive cursos e eventos gratuitos ligados a determinadas normas.

Pré-auditoria

Em geral, o certificador inclui em suas taxas algumas horas de consultoria e apoio a quem quer se certificar. Também é comum, no caso de sistemas de gestão, agendar uma pré-auditoria, para avaliar o grau de preparação da empresa para o processo final.

Auditoria

Uma vez realizada a auditoria de certificação, ou teste, ou a prova, o relatório é revisado de forma independente para a emissão do certificado. Neste documento, constará qual processo exatamente foi cumprido e que tipo de certificação foi realizada. Dentro de uma mesma norma, há variações segundo a abrangência e características do que vai ser testado.

Manutenção

Obtido um Certificado de Gestão, um auditor vai visitar a empresa regularmente, para facilitar a renovação do documento após a expiração de sua validade, que varia em geral, de três a cinco anos.

Produtos podem sofrer testes ocasionais, com amostras retiradas diretamente em pontos de venda e até ensaios por lotes. Profissionais certificados precisam acompanhar os avanços em sua área e realizar novas provas, caso fiquem desatualizados.
Investimentos necessários

Os custos da certificação são rapidamente compensados pelos ganhos de eficiência
O montante de recursos a investir para uma certificação varia muito. Depende do tipo de certificado buscado, do estágio de conformidade já existente, da dimensão da empresa, entre outros fatores.

Hoje em dia já é mais fácil obter este documento, pois existe farta informação em português para os interessados, além de treinamentos e eventos gratuitos. Um processo pode começar com apenas R$ 50 para compra de um manual detalhado de uma norma e chegar a quantias vultosas, de dezenas de milhares de reais, segundo adaptações e mudanças necessárias em processos e formas de produção, por exemplo.

Mas os custos não devem impedir o interesse em certificar-se, pois os valores investidos retornam na forma de ganho de eficiência e produtividade, além de ampliar a gama de clientes. É possível negociar e parcelar os pagamentos e contar com um plano específico, dentro das possibilidades de cada empresa.

Uma vez feito o investimento, contudo, é preciso planejar para manter o acompanhamento necessário para a renovação do certificado obtido. Certificações têm prazo de validade e checagens periódicas garantem sua prorrogação. Perder um certificado pode ter um efeito negativo na imagem da empresa.
Fonte:http://sustentabilidade.sebrae.com.br