06 março 2014

ABES – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 6

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6


24º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

24º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
Tabela 1: Composição Média dos RCD de Aracaju, segundo a Resolução 307 . Classificação Componente (%) % por classe
Argamassa 36
Brita 0,23
Concreto 0,35 Cerâmicos 14,42 Mármore 0,4 Pedra 2,04
Solo/Areia 19,96 73,4
Madeira 1,28 Metal 0,06 Papel 0,46 Papelão 0,28 Plásticos 0,34
Vidro 0,04 2,46
Gesso 3,39 C
Restos 19,85 23,24
Latas de tinta e derivados 0,04 D
Restos de telhas de cimento amianto 0,82
Fonte: (Daltro Filho, 2005, p.64)
TOTAL 100 100
OS DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA 307
Segundo Pinto (1999), há registro de reutilização de RCD para construção de novas edificações especialmente na Europa após a Segunda Guerra Mundial e mesmo no Brasil já existem instalações de produção de agregados a partir de RCD, sendo expressivas as experiências de Belo Horizonte e Ribeirão Preto e as experiências de Salvador e Santo André, embora estas últimas não contemplem a reciclagem mas já prevejam práticas de gestão diferenciada.
Pesquisa de Nunes, Mahler & Valle (2005) sobre as gestões municipais de RCD apresenta que até o final de 2003 apenas em 12 dos 5507 municípios brasileiros, cerca de 0,2%, havia centrais de reciclagem deste tipo de resíduo.
No caso das obras formais há muito se observa uma prática de, no que diz respeito a resíduos que têm um potencial econômico de aproveitamento, especialmente o papelão e plástico de embalagens, e em menor escala metal e vidro, segregação e venda a coletadores que vão buscar este resíduo na própria obra. Nos demais tipos de RCD, a prática observada é a de não segregação, seguida da destinação informal e aleatória, ficando muitas vezes a decisão sobre a localização do destino final a cargo do motorista do veículo transportador, muito embora.
Tal prática tem implicado num custo crescente para a remoção e destinação dos RCD das obras, considerandose que as áreas para deposição esgotam-se rapidamente tendo em vista o volume ali depositado diariamente, exigindo novas áreas que se encontram cada vez mais distantes dos centros urbanos, local onde ocorre a maioria das obras.
Em se tratando das obras informais a situação é ainda mais grave, posto que sendo o volume de RCD pouco significativo como elemento de atração dos coletadores, todos os RCD são agrupados indistintamente e transportados por pequenos transportadores (a maioria carroceiros) sobre os quais recai a responsabilidade de definir o destino final destes resíduos e que o fazem segundo a lógica da sua conveniência, destinando-os na maioria das vezes em locais públicos.