A SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO DE ESTUDO
O que é então, o ser humano?Sabemos, inicialmente, que o ser humano é um animal que ganhou a classificação de racional. Aristóteles lhe afirmou mais uma característica: é político, de onde a característica da sociabilidade. Racional porque consegue abstrair e aprender com as experiências. E, mais do que aprender, consegue reproduzir e ampliar as aplicações das experiências adquiridas. Isso porque aprendeu a raciocinar. É, além disso, político porque vive, sobrevive e explora as relações sociais. Nisso podem ser observadas mais algumas das características desse ser, chamado homem. Diferentemente dos demais animais, o humano é frágil, desprovido de garras ou pele resistente aos ataques dos predadores e intempéries. Essa fragilidade produziu e ajudou no desenvolvimento de outra característica: o medo. Como mecanismo de superação dos medos os humanos desenvolvem mecanismos para conviver ou para superar adversidades da natureza. Um desses mecanismos é a vida grupal. Os humanos, portanto vivem em grupo, entre outros motivos, porque assim se protegem mutuamente. Tanto para enfrentar a natureza como para atingir objetivos comuns. O grupo passa ser um mecanismo de defesa. Os humanos aproveitam-se de suas fraquezas para produzir forças. A força do grupo nasce de uma característica muito marcante do ser humano: a capacidade de tirar benefício dos demais membros do grupo, o que indica outra característica do humano: o egocentrismo.
A SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO DE ESTUDO |
Todos os dias da manhã à noite, convivemos com outras pessoas. Em casa, no trabalho, na escola ou com amigos. Mesmo estando sozinho, indiretamente nos envolvemos com outras pessoas. Vivemos em sociedade, participamos de grupos sociais, então somos um ser social.
Desde as suas origens o homem se constituiu por meio de grupos. Os primeiros seres humanos só conseguiram sobreviver porque contaram com o apoio e a solidariedade do grupo a que pertenciam. E isso continua até hoje.
As pessoas vivem em grupos. Essa constatação não representa a realidade total da evolução do ser humano nem da sociedade humana; também não esgota as características do ser humano, hoje visto e entendido como ser de relações.
Parece que não é errado dizer que nem sempre os seres humanos viveram em grupo, formando o que chamamos de sociedade. Também não erramos quando afirmamos que o ser humano está, constantemente, insatisfeito. E se está insatisfeito é porque possui necessidades. Essa parece ser a principal e, talvez, primeira explicação para a organização das sociedades humanas. A satisfação das necessidades.
Mas necessitam do grupo porque nem tudo de que precisam conseguem isoladamente. A associação ocorre, portanto, não porque o ser humano é, essencialmente, gregário, mas é segregacionista, é sectário, e se agrupa por necessidade de sobrevivência. O grupo, portanto, nasce dos interesses pessoais e das necessidades dos indivíduos.
O que é então, o ser humano?Sabemos, inicialmente, que o ser humano é um animal que ganhou a classificação de racional. Aristóteles lhe afirmou mais uma característica: é político, de onde a característica da sociabilidade. Racional porque consegue abstrair e aprender com as experiências. E, mais do que aprender, consegue reproduzir e ampliar as aplicações das experiências adquiridas. Isso porque aprendeu a raciocinar. É, além disso, político porque vive, sobrevive e explora as relações sociais. Nisso podem ser observadas mais algumas das características desse ser, chamado homem. Diferentemente dos demais animais, o humano é frágil, desprovido de garras ou pele resistente aos ataques dos predadores e intempéries. Essa fragilidade produziu e ajudou no desenvolvimento de outra característica: o medo. Como mecanismo de superação dos medos os humanos desenvolvem mecanismos para conviver ou para superar adversidades da natureza. Um desses mecanismos é a vida grupal. Os humanos, portanto vivem em grupo, entre outros motivos, porque assim se protegem mutuamente. Tanto para enfrentar a natureza como para atingir objetivos comuns. O grupo passa ser um mecanismo de defesa. Os humanos aproveitam-se de suas fraquezas para produzir forças. A força do grupo nasce de uma característica muito marcante do ser humano: a capacidade de tirar benefício dos demais membros do grupo, o que indica outra característica do humano: o egocentrismo.
Dessa forma é que devemos entender a característica humana da sociabilidade. A sociabilidade, ou a capacidade de o ser humano viver, sobreviver e existir em coletividade parece ser o que mais bem o caracteriza. Entretanto aqui precisamos fazer uma ressalva. Não nos parece que os humanos sejam, essencialmente, seres sociais, mas se fazem sociais a partir de suas necessidades e para superar seus medos.
Pensar não é só o que se pode entender etimologicamente, com a palavra, dizendo que ser humano é capaz de pesar, avaliar. Esse pensar refere-se também à capacidade humana de fazer escolhas. O ser humano é aquele que avalia, escolhe, e faz isso a partir de um processo reflexivo que exige uma postura introspectiva. Esta por sua vez deriva da capacidade de abstração. Na verdade quando se diz que o ser humano é capaz de pensar pretende-se afirmar que ele é capaz de falar sobre as realidades com as quais não está em contato imediato. Ele pode representá-las, mentalmente e nisso se dá um processo de reflexão, pois se trata de “voltar a ver” o que não está presente.
Graças a essa capacidade re-criadora o ser humano pode produzir o mundo e reproduzir o que existe. Com isso dinamiza não só sua existência como as realidades que o circundam e seus concidadãos. Nesse processo cria ou re-cria a cultura uma das marcas mais tipicamente humanas, pois, principalmente por essa capacidade de recriar a cultura, o ser humano se diferencia dos demais existentes.
fonte: Marilia Quentel Corrêa