06 junho 2012

MELHOR MOBILIDADE E MENOS TRAFEGO EM CIDADES SUSTENTÁVEIS


Melhor mobilidade, menos tráfego

MELHOR MOBILIDADE E MENOS TRAFEGO EM CIDADES SUSTENTÁVEIS
MELHOR MOBILIDADE E MENOS TRAFEGO EM CIDADES SUSTENTÁVEIS

Objetivos gerais

Ao reconhecer a interdependência entre os transportes, a saúde, o ambiente e o direito à cidade, promover as opções de mobilidade sustentáveis.

Objetivos específicos

Reduzir a necessidade de utilização do transporte individual motorizado e promover modos de transporte alternativos, viáveis e acessíveis a todos;

•Aumentar o número de viagens realizadas em transportes públicos, a pé ou de bicicleta;

•Encorajar a transição para veículos menos poluentes;

•Desenvolver um plano de mobilidade urbana integrado e sustentável;

•Reduzir o impacto dos transportes sobre o ambiente e a saúde pública.

Um dos grandes problemas das cidades brasileiras – decorrente da expansão da mancha urbana, consequência da dispersão espacial da população e da incapacidade do setor público de alocar recursos para um plano de transporte adequado – é o aumento do tempo médio de locomoção das pessoas e a piora da prestação de serviços nos sistemas de mobilidade urbana. É preciso repensar modelos de mobilidade urbana adotados por muitas cidades, rincipalmente aquelas que têm priorizado o uso do transporte individual, sobretudo o automóvel. As cidades devem promover o aumento do uso de transporte público, aumentando o número de pessoas transportadas por hora, facilitando a locomoção dos cidadãos e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida de todos. As cidades devem zelar para que seus planos de mobilidade municipais levem em consideração os inúmeros aspectos das políticas públicas como moradia, geração de emprego e renda, perfil de uso das fontes de energia utilizadas e, principalmente, para que haja integração total de todos os modais de transporte, com perfeita harmonia entre as distintas alternativas de mobilidade. Isso sem deixar de priorizar pedestres e ciclistas, assim como revelam algumas práticas bem-sucedidas de planejamento urbano em várias partes do mundo.

A União Europeia criou um indicador que mede a quantidade de pessoas que vivem com a distância de no máximo 300 metros dos seguintes serviços públicos de transporte: ônibus, metro, e conexões ferroviárias (STATUS - Sustainability Tools and Targets for the Urban Thematic Strategy).

A meta da União Européia é que todas as viagens de carro percorram menos do que 5 km (STATUS). A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou para 2011-2020 uma década de ação pela segurança no trânsito.

Já acontece

Uma visão global do transporte - Plano de Mobilidade Urbana A lei de qualidade do ar na França, de 1996, determina o desenvolvimento dos planos de mobilidade urbana (‘plans de déplacements urbains’) a fim de promover o transporte público e assegurar um elevado nível de proteção ao meio ambiente. Para resolver os problemas relacionados com os transportes, a cidade de Lyon, França, iniciou um plano global de mobilidade, o Urban Mobility Master Plan UMMP (Plano Diretor de Mobilidade Urbana), que envolve os 55 municípios da mesma região. O plano aprovado em 1997, após dois anos de estudo e consulta, especifica objetivos e metas em todas as áreas da mobilidade.Foi criado um observatório da mobilidade para avaliar as diferentes ações. O observatório realizou uma extensa rede de monitoramento da qualidade do ar e passou a registrar todas as despesas ligadas à mobilidade. São acompanhados 19 temas, tais como redução do tráfego motorizado, desenvolvimento dos transportes públicos, intermodalidade, aumento das viagens a pé, desenvolvimento do ciclismo, estacionamento, movimentação de cargas na cidade, ruído gerado pelos veículos, segurança rodoviária, poluição do ar e consumo de energia, igualdade social, acessibilidade, qualidade dos espaços públicos, entre outros.O Plano Diretor de Mobilidade Urbana combinou uma série de objetivos - incluindo a redução do tráfego automóvel, o desenvolvimento do transporte público, o estímulo à locomoção de bicicleta e a pé, a redução do número de acidentes e da poluição - além de promover a igualdade social e a redistribuição do espaço urbano. A comissão nacional acompanhou o progresso do UMMP.

Objetivos

 O principal objetivo da política de transportes de Lyon foi elaborar uma estratégia global, garantindo a coerência de todas as decisões sobre os meios de transporte e buscando as complementaridades. Também objetivou harmonizar a distribuição de meios de transporte, a fim de criar condições para uma cidade agradável e solidária e favorecer uma mobilidade sustentável.



Resultados 

Lyon Vélo’v (Bicicletas de livre acesso): mais de 2 mil bicicletas estão disponíveis em 173 postos na área urbana de Lyon (perto de estações de transportes públicos), 24 horas por dia. Tramways franceses: até hoje mais de 300 km de linhas de bonde foram construídos nas principais cidades francesas, entre elas Lyon, que hoje tem aproximadamente 50 km; a ampliação da rede foi possível devido aos inúmeros atrativos (boa acessibilidade e alta capacidade, conforto, baixo nível de ruído, emissões zero no local, pois são movidos a eletricidade); além disso, a inserção de tramways nas ruas com trânsito intenso oferece uma boa oportunidade para renovar as áreas urbanas degradadas, reduzir o tráfego rodoviário e devolver o espaço aos ciclistas e pedestres. O eixo fluvial Rhone-Saone permite o tráfego de mercadorias através do porto de Villefranche-surSaone e de Porto Edward Herriot. O último tornou-se uma das portas principais do Porto Marselha.
Fonte.tcl.fr/index.asp?page=chiffres_cles

Pacto da Mobilidade


O Pacto da mobilidade nasceu em 1998 como uma ferramenta para  promover a consulta à população e a participação como uma forma de trabalho. Trata-se de um fórum para construir conjuntamente (administração local, associações e entidades), o modelo de mobilidade desejado para a Barcelona do século 21. O Pacto é, portanto, um organismo vivo que evolui de acordo com os novos desafios gerados pela cidade. É uma mesa de diálogo e de compromisso recíproco, uma fórmula para chegar a acordos. Depois do Pacto da Mobilidade de Barcelona, muitas cidades espanholas assinaram os seus. Alguns resultados: ampliação da rede de metrô, que já atinge grande parte da cidade, atualmente com 11 linhas, 156 paradas e 117 quilômetros de extensão; reintrodução do Tranway elétrico, como meio de transporte de massa, especialmente para se comunicar com as cidades da região metropolitana; integração dos transportes públicos, que permitem transferências entre os diferentes modos de transporte, sem ter que pagar um novo bilhete; criação e manutenção de uma extensa rede de ciclovias; rede de estações automáticas de aluguel de bicicletas distribuídas por toda a cidade (serviço Bicing); início da instalação de pontos para recarga de veículos elétricos.
Fonte: .bcn.es/XMLServeis/XMLHomeLinkPl/0,4022,173124074_173248819_2,00.html
Cidade: Barcelona
País: Espanha
População: 1,6 milhão

A Melhor Cidade do Mundo para Ciclistas 


A cidade que reconhece a importância da bicleta desde o início do século passado tem o objetivo de ser a melhor cidade do mundo para cicilistas em 2015. Copenhague tem cerca de 340 km de ciclovias, e a grande maioria das estradas principais tem corredores para bicicletas em ambos os sentidos. Problemas de estacionamento para bicicletas foram resolvidos com a instalação de estandes de bicicleta por toda a cidade, nas ruas, nos estacionamentos públicos e privados e em conjuntos habitacionais. É possível carregar a bicicleta no trem ou metrô. Todos os dias, 55% dos moradores da cidade vão para o trabalho de bicicleta.
Fonte:sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/copenhagen-the-worlds-best-city-for-cyclists
Cidade: Copenhague
País: Dinamarca
População: 530 mil


Plano Municipal para Mobilidade Sustentável 


Com uma única abordagem, o município de Odense apresentou um plano diretor com soluções sustentáveis para o transporte, com as quais pretende liderar o caminho para atingir as metas de neutralidade de CO2 até 2025. Trata-se de uma estratégia abrangente que visa reduzir de uma só vez o tráfego de automóveis no centro da cidade e aumentar a mobilidade individual, por meio da melhora nas condições para pedestres, ciclistas e do transporte público. A prefeitura irá proibir o tráfego de carros no centro da cidade, entre outras medidas.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/odense-masterplan-for-sustainable-mobility
Cidade: Odense
País: Dinamarca
População: 185 mil

Uma Cidade sem Carros e Ambientalmente Amigável

Quando a área militar conhecida como Vauban, em Friburgo do Sul, fechou em 1992, o município comprou os 38 ha de terra desocupados para criar um novo distrito onde o planejamento fosse baseado na sustentabilidade. Foi dada ênfase à participação da comunidade, à interação social, à mobilidade, à eficácia energética e às construções ambientalmente sustentáveis. Um dos principais objetivos foi manter o centro da cidade com o trânsito livre e um número reduzido de carros particulares. Isto foi conseguido com a criação de um bom número de possibilidades de transporte público. Além disso, o município criou um sistema de compartilhamento de carro, estabeleceu 500 km ciclovias e acrescentou 5 mil lugares de estacionamento para bicicletas.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/vauban-an-environmentally-friendly-and-almost-car-free-city
Cidade: Friburgo
País: Alemanha
População: 220 mil