16 janeiro 2024

DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR

  DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR

A economia linear é baseada no consumo de recursos e na produção de resíduos, seguindo um fluxo de extrair, produzir e descartar, a economia circular busca maximizar a eficiência dos recursos, prolongar a vida útil dos produtos e diminuir o impacto ambiental

 

DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR
DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR

  ECONOMIA LINEAR

A economia linear, às vezes chamada de economia take-make-waste (extrair-produzir-desperdiçar), é um sistema em que os recursos são extraídos para fabricar produtos que eventualmente se tornam resíduos e são desperdiçados.

A economia linear teve o seu surgimento nos primeiros indícios da industrialização, na qual o pensamento era o cradle to grave (do berço ao túmulo). Naquele momento, existia uma grande corrida para a geração de energia e produção em massa dos produtos.

O objetivo era garantir a expansão industrial e econômica, já que a industrialização se tratava de uma grande novidade. Diante da escassez de informações e tecnologias, não era possível avaliar as consequências desse modelo, portanto, a economia girava sem qualquer tipo de reposição, o que aumentava a produção de lixo.

DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR
DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR

 Economia linear é um modelo de organização caracterizado pela extração crescente de recursos naturais, produção de bens e descarte dos rejeitos. 

Como o próprio nome diz, esse modelo é linear, sendo uma forma de consumo com começo, meio e fim – sem expectativa de retorno ou reciclagem.

Mesmo sendo a economia mais enraizada pelas indústrias, ela está se provando cada vez mais inviável

A longo prazo, a baixa reutilização das matérias primas e a extração crescente dos recursos naturais fará com que o planeta não consiga mais sustentar esse modelo de manutenção da economia.

Devido ao fácil processo de consumo e descarte, a produção massiva de resíduos é um dos grandes problemas causados pela economia linear. Em sua maioria, esses lixos são depositados em aterros.  

No entanto, com o crescimento constante da formação de resíduos, mais de 3300 cidades brasileiras precisam recorrer a depósitos irregulares, como lixões, para realizar seus descartes.

A economia linear tem sido considerada uma forma de organização econômica inviável. Isso porque, em longo prazo, os limites planetários terão chegado a um nível insustentável de manutenção desse modelo. Ela é resultado da revolução industrial. 

Em praticamente toda a América do Sul, a economia linear está muito enraizada em nossa cultura, o que tem dificultado uma mudança no comportamento das pessoas. É só fazer uma comparação: o quanto demoramos para nos acostumar com uma nova rotina em poucos dias?

O modelo linear está presente há mais de três séculos, o que aumenta ainda mais essa dificuldade. No entanto, existem razões e diversas estratégias para alterar esse cenário.

 Com a descoberta de que os recursos do planeta são finitos, já que estamos extraindo mais rápido do que a capacidade da natureza de repor, esse modelo passou a ser inviável. Atualmente, segundo a ONU, a população tem produzido mais de 2 bilhões de toneladas de lixo por ano, sendo que a maioria deles poderiam ser reaproveitados.

Sendo assim, o sistema linear ainda apresenta outras consequências:

  • Volatilidade dos preços, trazendo riscos ao mercado;
  • Aumento da poluição;
  • Aquecimento Global;
  • Insustentabilidade de manutenção;
  • Aumento da geração de resíduos;
  • Propagação de doenças em decorrência do aumento de lixo;
  • Dependência de materiais críticos;
  • Aumento de externalidades.

A ECONOMIA CIRCULAR

A economia circular é um modelo mais recente e inovador que fomenta métodos mais sustentáveis em relação à produção, consumo e descarte de bens e recursos. As abordagens têm como objetivo maximizar a eficiência dos recursos, reduzir o desperdício, reutilizar materiais e prolongar o ciclo de vida dos produtos.

 

DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR
DA ECONOMIA LINEAR PARA A ECONOMIA CIRCULAR

Nos países europeus, a economia circular dá grandes sinais de avanço e tem se tornando uma tendência tanto por parte das empresas quanto por parte da população. Entre as principais razões estão o consumo responsável e ações de educação ambiental, tanto por parte das empresas, quanto por parte do governo.

Aqui no Brasil, de acordo com uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), cerca de 76% das indústrias já fazem alguma prática de economia circular, mas o problema é que mais de 70% nem sabia que o conceito existia.

Sendo assim, é necessário maior implementação e de maneira urgente para reverter esses dados!

A economia linear, como pudemos perceber, traz inúmeras consequências negativas ao nosso planeta, chegando a um limite insustentável para a sua continuidade. Portanto, existe a necessidade de uma mudança de paradigma.

As empresas têm percebido que possuem papel no desenvolvimento sustentável, já que elas só podem continuar as suas operações se a espécie humana continuar, algo que ficou em risco com o passar dos anos.

A economia circular defende que haja mudanças em todo o processo – desde a idealização dos produtos até a melhora da utilização dos materiais que os compõem. 

Além disso, nesse modelo, o “fim de vida” dos produtos é substituído pela restauração e reutilização deles. Uma proposta que gera inúmeros benefícios – como, por exemplo: 

  • Redução da produção de lixo;
  • Menor emissão de carbono;
  • Minimização da extração de recursos naturais;
  • Criação de oportunidades para novos modelos de negócio, gerando mais empregos e competitividade econômica.

Diferente da economia linear, a economia circular desenvolve produtos considerando sua durabilidade, possibilidade de reparo e capacidade de desmontagem, para promover a reciclagem, a reutilização e a regeneração, o que minimiza o consumo de recursos naturais, reduz a geração de resíduos e diminui os impactos ambientais. Desse modo, a economia circular não impacta somente a sustentabilidade ambiental, mas também as áreas econômicas e sociais.

Além disso, a economia circular também enfatiza a importância da colaboração entre os diferentes setores da sociedade, como empresas, governos e consumidores, para acelerar a transição para o modelo mais circular.

Com a implementação da economia circular, é possível reduzir a dependência de recursos limitados, minimizar a pressão sobre os ecossistemas e melhorar os sistemas econômicos.

Em resumo, enquanto a economia linear é baseada no consumo de recursos e na produção de resíduos, seguindo um fluxo de extrair, produzir e descartar, a economia circular busca maximizar a eficiência dos recursos, prolongar a vida útil dos produtos e diminuir o impacto ambiental.

Fonte: piramidal.com.br / bulbeenergia.com.br / aeconomiab.com / ecycle.com.br

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