- Resíduos Transformados Em Renda Para O Produtor
A quantidade equivale a um caminhão de lixo cheio de plástico sendo despejado no oceano a cada minuto.
Segundo Guterres, 10% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa vêm do cultivo, armazenamento e transporte de alimentos “que nunca são usados”.
Para mudar esse cenário, Guterres quer que o mundo invista maciçamente em sistemas e políticas modernas de gerenciamento de resíduos, que incentivem as pessoas a reutilizar e reciclar tudo, “desde garrafas plásticas até eletrônicos antigos”.
O secretário-geral disse que é preciso “declarar guerra ao lixo”. E que os consumidores precisam agir de forma mais consciente. Ele também fala de empresas que devem contribuir para uma “economia circular e sem desperdício”.
Segundo dados da ONU, o setor de resíduos é parte da tripla crise planetária de mudança climática, perda da biodiversidade e poluição. Os objetivos das iniciativas de desperdício zero são proteger o meio ambiente, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e o bem-estar humanos.
A Estratégia Global para Consumo e Produção Sustentáveis pode orientar essa transição. Estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Estados-membros e partes interessadas, o documento propõe a adoção de objetivos sustentáveis de consumo e produção em todos os setores até 2030.
Lixo produzido
O levantamento da ONU aponta que a humanidade gera cerca de 2,24 bilhões de toneladas de resíduos sólidos anualmente, dos quais apenas 55% são gerenciados em instalações controladas.
Todos os anos, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados e até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.
Dia no Brasil
A Câmara realizou solenidade para marcar o Dia Internacional do Lixo Zero e chamar a atenção da população e de autoridades para o excesso de resíduos sólidos em todo o mundo.
O presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatini, destacou a importância da data para conscientizar a população sobre a necessidade de fazer o descarte de materiais de forma adequada, permitindo assim sua reutilização e consequente redução da quantidade de resíduos produzidos por cada um.
“A gente vive num sistema linear, onde o último passo é o descarte. O que a gente está propondo é uma mudança, em vez de descartar as coisas, a gente passar a encaminhar as coisas”, disse.
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cadeia da Reciclagem no Brasil, deputado Carlos Gomes (Republicanos-RS), afirmou que é preciso equipar e descentralizar os centros de reciclagem. Dessa forma pode se garantir um maior aproveitamento dos materiais que são descartados. Ele destacou que cabe à Câmara garantir uma legislação para o setor.
“Leis que possam auxiliar a logística reversa, a captação de recursos para investimentos na estruturação dessa cadeia de reciclagem, porque as cooperativas precisam de galpões, precisam de equipamentos para beneficiar garrafas pet e, assim, agregar valor e melhorar sua renda”, explicou.
A capilaridade foi justamente o que fez com que atualmente mais de 98,7% das latinhas de alumínio sejam recicladas no Brasil, líder mundial nesse tipo de reciclagem.
As informações partem da ONU e da Agência Câmara de Notícias.
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