06 janeiro 2020

LIMPEZA URBANA PRECISANDO DE COLETA SELETIVA

A limpeza urbana é um serviço essencial, pois faz parte daquilo que se chama de saneamento básico. Uma cidade limpa é um local com condições de conservação e higiene adequadas para o convívio social. Isso gera impactos positivo na saúde e na qualidade de vida da população.

Como responsabilidade do Estado, é uma das atribuições que o poder público precisa cumprir. O conceito surgiu no final do Segundo Império e, ao longo de sua história, tem enfrentado bons e maus momentos. Existem ainda muitos desafios e problemas a serem enfrentados pelos gestores públicos, para que as prefeituras possam efetivamente disponibilizar o serviço de modo satisfatório.


Pensando nisso, ao longo deste artigo, apresentamos excelentes sugestões para garantir o contínuo aprimoramento desse elemento tão importante para as populações urbanas. 

LIMPEZA URBANA PRECISANDO DE COLETA SELETIVA
LIMPEZA URBANA


Garantir boas licitações e contratos

Como se sabe, o poder público trabalha a partir de licitações. Todo processo de compra dentro da administração pública deve, necessariamente, passar por um processo de licitação, ou seja, de pregão público, para a aquisição de bens e serviços — salvo em exceções, como na contratação de pequenos valores, em casos de emergência, entre outras situações descritas na lei 8.666/93.

Nesse sentido, é imprescindível que a contratação de prestadores de serviços de limpeza urbana seja precedida por um processo de licitação, isto é, de concorrência pública. No edital, devem ser especificadas todas as normas e regulamentações que deverão ser cumpridas pela empresa selecionada no certame.

Legalmente, a prestação de serviços pode ocorrer por meio de uma concessão ou permissão. É necessário garantir que as empresas concorrentes se enquadrem dentro das qualificações técnicas e dos padrões exigidos, a fim de assegurar a qualidade do trabalho oferecido à população.

Além disso, para reduzir custos, é altamente recomendável que a prestação de serviços seja regionalizada e conectada a uma gestão integrada, o que também contribui para melhorar ainda mais o aproveitamento.

Empreender uma boa política de gestão de resíduos sólidos

Um dos principais desafios para a adequada conservação de espaços públicos diz respeito à gestão de resíduos. A situação dessa atividade no país encontra-se em um estado crítico. Os gestores nem sempre deram toda a atenção necessária à questão, procurando apenas soluções paliativas, mas que, infelizmente, não são as mais adequadas.

O problema é que a má gestão dos resíduos sólidos compromete a saúde dos cidadãos — atingindo, especialmente, os extratos mais vulneráveis da população — e contribui para a degradação do meio ambiente.

Para que a gestão dos resíduos sólidos atinja uma condição minimamente aceitável, é fundamental buscar, junto ao poder público, uma relação inteligente de integração saudável com o meio ambiente, incentivando as pessoas a mudarem suas condutas com relação ao lixo e ao descarte de resíduos sólidos.

Promover discussões junto aos setores técnicos

Infelizmente, é muito comum que os serviços públicos dos municípios negligenciem a disposição final do lixo — seja no caso de resíduos sólidos, industriais, hospitalares, entre outros. Assim, esses dejetos são, muitas vezes, descartados sem um tratamento adequado e em locais inapropriados. Isso é prejudicial não só para o meio ambiente como também para a saúde pública.

Ainda é recorrente a destinação final acontecer em lixões — normalmente em regiões afastadas das cidades — sem qualquer preparo dos recursos humanos para o manejo desses resíduos e nem a existência de instalações físicas devidamente organizadas e montadas para anular — ou, ao menos, minimizar — os impactos no meio ambiente.

Uma alternativa para esse desafio é promover discussões junto aos setores técnicos da limpeza urbana e meio ambiente. É preciso buscar soluções mais modernas para a destinação final dos resíduos. Isso deve ser feito, a princípio, separando os rejeitos por tipos e construindo uma infraestrutura adequada para a recepção e descarte desses materiais. Vale também buscar apoio de universidades e centros de pesquisa, para encontrar novas propostas e realizar estudos de viabilidade para as soluções apresentadas.

Implantar unidades de compostagem e reciclagem

Um dos pontos mais importantes da limpeza urbana e gestão dos resíduos é a questão do tratamento de lixo. O não tratamento dos rejeitos é sentido pela população — e, por vezes, quando há um tratamento, ele é precário e insuficiente.

Ao privar a população de um processo condizente com a sua natureza específica, muitos danos podem ser causados. Quando esse tratamento é feito na quantidade e na qualidade apropriada, os riscos e os danos são consideravelmente minimizados.

Algumas das possíveis soluções para essas questões passam pela implantação de unidades de compostagem e reciclagem. Com o uso de tecnologias simples — e o contingente suficiente de unidades e de equipamentos —, o lixo causa menos problemas em todos os aspectos, sejam eles sociais e ambientais.

Expandir o sistema de coletas

Um segmento da limpeza urbana que apresenta, hoje, um bom desenvolvimento é aquele da coleta do lixo. Devido a uma grande pressão exercida por uma parcela significativa da população — e também por integrantes do comércio —, grande parte dos sistemas passaram a ter um funcionamento regular, evitando que o lixo urbano cause maiores transtornos às pessoas.

Contudo, os serviços públicos de alguns municípios nem sempre possuem condições para atender 100% da população local. Com recursos muitas vezes restritos, algumas localidades estabelecem prioridades, como atender às unidades de saúde e ao comércio.


Dessa forma, a administração pública precisa realizar esforços a fim de expandir a cobertura do sistema de coleta do lixo, para que ele seja capaz de abranger toda a população.

Encontrar soluções inteligentes de limpeza urbana

Além de aprimorar as ações que já são executadas no município, o serviço público precisa encontrar soluções inteligentes de limpeza urbana, para que as condições de saneamento básico sejam realmente satisfatórias — e os principais cuidados, devidamente observados.

Para isso, é indispensável levar em conta não só as questões operacionais e de custos, mas também as relações sociais envolvidas em todos esses processos. Além disso, é fundamental escolher iniciativas que respeitam o meio ambiente, garantindo, dessa forma, um melhor desempenho na oferta e na execução dos serviços de limpeza urbana, a fim de proporcionar a todos os cidadãos condições de vida mais dignas.
Fonte do texto:morhena.com.br/

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