O Dia da Engenharia,
comemorado no dia 10 de abril, foi a data escolhida pelo Sindicato de
Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge--MG) para iniciar a campanha
“Valorização dos Engenheiros e Engenheiras de Minas Gerais”. Com a iniciativa,
o Sindicato de Engenheiros busca o reconhecimento dos profissionais da área e a
garantia de que eles sejam contratados com a nomenclatura correspondente à sua
formação, quando exercida no trabalho, resgatando assim a sua “Identidade
Profissional”.
A campanha visa mudar a
prática de empresas que realizam contratações de engenheiros e engenheiras
exigindo a graduação em Engenharia e, no entanto, na carteira de trabalho
descrevem os cargos como analistas, assistentes, técnicos, gestores e tantos
outros títulos, contrariando inclusive o que está descrito nos artigos 11º e
12º do Código de Ética Profissional do Sistema CONFEA/CREA.
Alcance da campanha
#Valorização da Engenharia não está restrito apenas às empresas privadas. A
campanha se estende também aos órgãos públicos, sejam eles municipais,
estaduais ou federais. Nas negociações com o Governo do Estado de Minas Gerais,
por exemplo, os servidores da área de Engenharia, embora exerçam cargos
relacionados à formação em Engenharia, não são contratados como tal. Com o
apoio do Senge-MG e de outras entidades, já foram tomadas algumas atitudes para
que a situação seja modificada. (Leia no link postado antes este).
Atuações
Entre tantos outros trabalhos
realizados pelo Senge-MG com a finalidade de resgatar a identidade profissional
estão as tentativas de colocar nos Acordos Coletivos de Trabalho a condição e a
criação da Carreira de Engenheiro. A começar pelo 1º semestre de 2016, o
Sindicato tem inserido em todas as suas pautas de reivindicações a exigência de
contratação dos engenheiros e engenheiras somente com o título de engenheiro e
alte ração de todos os Planos de Cargos para esta nomenclatura. Desta forma,
atende-se ao artigo 12º do código de ética do Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia (Confea).
O Senge-MG tem feito, ainda,
um trabalho junto aos RHs das empresas, no qual, além de inserir a demanda nas
pautas de reivindicações, reforça o pedido através de ofícios enviados às
empresas. O diretor do Senge-MG, João José Magalhães Soares, explica que a
campanha ainda está no início, mas ele diz que percebe que muitas empresas não
sabiam dos impactos para os engenheiros e estão repensando os títulos em seus
Planos de Cargos e Carreiras. “Algumas empresas não gostam de alterar seus
planos de cargos e remuneração, mas quando mostramos para ela que fazendo a
mudança elas passam a atender o código de ética do Confea, elas entendem e
estão fazendo estudos para adequar. ”
Prejuízos
Quando o profissional de
Engenharia exerce sua função na empresa e não tem sua nomenclatura reconhecida,
ele pode ter alguns prejuízos, a começar pelo acervo técnico no Crea-Minas.
“Quando eles têm a nomenclatura correta, a empresa exige o seu CREA e emite as
ARTs, o acervo técnico do engenheiro fica correto e no futuro, quando ele
precisar de comprovação para habilitação técnica em um serviço, tudo estará
correto”, explica João José.
O diretor do Senge-MG
explica, ainda, que no passado, quando existia a aposentadoria especial por
categoria profissional para os engenheiros, não estar com a nomenclatura
correta dificultava para o engenheiro a comprovação do tempo para aposentadoria
especial. “Não sabemos se isto voltará um dia, mas se voltar, ter a
nomenclatura correta para este ou outro benefício, ajudará o engenheiro a
comprovar o seu direito. Não somente para este caso, mas se ele é engenheiro,
deve ter o seu título claro em seu trabalho. ”
Fonte: sengemg.com.br