09 abril 2016

SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES

A cor do talento é verde 

 Na década de 90, muitas empresas estavam atrás de profissionais que tivessem intimidade com tecnologia. Era uma busca que ia muito além das paredes do departamento de TI e seguia uma lógica clara. Com o crescimento da internet comercial, empresas que tivessem o maior número de funcionários afeitos ao novo universo teriam mais chances de aproveitá-lo. Em 2010, segundo a consultoria Accenture, quem está fazendo a diferença é o “profissional verde”. A Accenture avalia que a sustentabilidade é a nova fronteira da competitividade entre empresas. De novo, a ideia vai muito além de uma eventual diretoria para a área. 

 
SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES
SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES

 Fonte da imagem:www.hsm.com.br

O Walmart é um exemplo usado pelos consultores James Arnott e Peter Lacy para reforçar seu argumento. Funcionários preocupados com o meio ambiente sugeriram que a empresa poderia tirar as lâmpadas das suas máquinas automáticas de vendas porque as lojas da rede são muito bem iluminadas. As lâmpadas foram apagadas, gerando economia de US$ 1,2 milhão por ano. Em outro exemplo, um caixa sugeriu um processo de reciclagem de plástico que resultou em economia de US$ 28 milhões anuais. O ponto de Arnott e Lacy é que a iniciativa partiu dos funcionários, sem pressão da companhia. Eles, os “funcionários verdes” , fizeram a diferença.
Uma distinção entre o movimento em busca do profissional conectado da década passada e do “talento verde” é que esse último exigirá mais esforço das companhias. A maioria das pessoas aprendeu a lidar com a internet de forma voluntária. Apesar do aumento da preocupação global com questões ligadas à sustentabilidade, a formação de uma massa de pessoas efetivamente interessada no assunto será menos espontânea. As empresas precisarão de estratégias tanto para encontrar esse profissional como para formá-lo e retê-lo. Os especialistas da Accenture apontam para algumas ideias básicas a serem aplicadas por aquelas que queiram ficar na frente nessa corrida. A consultoria destaca três ações:
Definir o que é o “verde”_Quem sabe onde quer chegar, sabe como formar o profissional verde. Na Diageo, fabricante de bebidas, o talento foi definido em alinhamento com a estratégia mais ampla da empresa. Ali, o uso racional de água é vital. Logo, a gestão da água foi o desafio para a promoção de talentos na fabricante de bebidas.
Fisgar o talento_No Google, foi criada a “rede da bicicleta”, ou seja, transporte em duas rodas para a locomoção interna no Googleplex. É uma medida simpática, mas também estratégica. Ela cria uma atmosfera amigável à sustentabilidade, em consonância com o lema da empresa. É o tipo de atitude que atrai o talento verde.
Colocar o talento no lugar certo, na hora certa_Não deixe seu talento fenecer isolado dentro da empresa. Faça-o florescer. Como? Mediante um casamento entre as aspirações do profissional e as necessidades da empresa. Um exemplo vem do diretor do Laboratório de Ecossistema de TI Sustentável da HP, Chandrakant Patel. Especialista em sustentabilidade, com diversos artigos universitários publicados, Patel trabalhava no setor de microprocessadores. Vendo nele um talento desperdiçado, a HP Labs transferiu-o para a chefia do redesign integral de TI na empresa. Um TI marcado pela sustentabilidade. Desafio e tanto. Mas o talento verde pede desafios. Por uma boa causa.  
Fonte do texto:epocanegocios.globo.com 

SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES
SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES

Fonte da imagem:www.psicologiamsn.com

 O mercado corporativo (e, por consequência, o mercado de trabalho) jamais passou por tantas mudanças em tão pouco tempo. Evolução tecnológica vertiginosa, globalização avançando em ritmo acelerado, modelos de negócios nascendo e morrendo todos os dias. Inventar e reinventar-se constantemente não é mais uma opção.

  Este ritmo acelerado e as mudanças constantes afetam também as pessoas. Os profissionais de hoje em dia têm expectativas muito diferentes daqueles que fazem parte de gerações anteriores. A maneira como eles enxergam as organizações e a própria carreira também passa por uma metamorfose profunda, em dias em que tudo é “pra ontem”.

 Um dos grandes reflexos destes novos tempos é a competitividade. Mas sob um prisma não imaginado até recentemente: o das empresas disputando a retenção dos seus talentos. A área de Recursos Humanos das organizações está sendo vista cada dia mais como estratégica, e a luta por manter os melhores colaboradores no time é parte integrante desta missão. Mas como fazer isso, na prática? Um bom salário não é o suficiente? Não mais.

O profissional desta geração espera muito mais da empresa em trabalha, ou vai trabalhar. Segundo um estudo conduzido pela Revista Forbes, que entrevistou 7.000 profissionais, o salário aparece apenas como sétimo item na escala de valores! Questões como liberdade e autonomia para realizar o trabalho, a importância das missões delegadas e o ambiente de trabalho aparecem antes.

Mas um item que aparece em terceiro lugar na referida pesquisa merece atenção especial: ética e postura empresarial. Vou repetir: ética e atitude empresarial é mais importante que o salário! O profissional desta nova geração considera muito importante a maneira como as empresas se comportam e são vistas no mercado. Atitude é tudo.

Não basta um crachá e um cartão de visitas. As pessoas querem pertencer a grupos, ter senso de engajamento. E este sentimento, que até recentemente era restrito a questões muito pessoais, como times de futebol, cantores ou bandas e marcas de itens de consumo, chegou até o ambiente corporativo.

 Não trabalho numa empresa. Faço parte dela. Esse é o espírito. Ambiente de trabalho inspirador, compromisso com as pessoas, com a sociedade, foco nas pessoas, dentro e fora da empresa. Mas como transformar a teoria em prática? Como despertar este senso de pertencimento? É possível? Felizmente, a resposta é sim. 

E muitas organizações já estão colhendo frutos por adotar uma postura positiva e responsável no mercado. 

E uma das iniciativas que colabora de maneira incisiva no desafio de construir uma empresa com esta postura é o investimento em Sustentabilidade. Empresas sustentáveis são mais saudáveis, tanto no aspecto financeiro como na imagem das suas marcas. Mais do que geradoras de receita, se tornam referência em serem geradoras de valor. E é com este contexto que as pessoas se identificam cada vez mais, e é neste contexto que elas desejam estar inseridas.

 É importante ressaltar que o compromisso da empresa precisa ser genuíno. Parece uma coisa óbvia, mas não é. Se as novas gerações estão menos exigentes em relação a planos de carreira e salários (coisas que empresas tradicionais sabem fazer bem), elas estão bem mais exigentes em relação à sustentabilidade (coisa que empresas tradicionais normalmente não fazem tão bem).

 Espere ser questionado sobre por que a logística da empresa não compensa emissões ou por que a cota de funcionários com deficiência não foi cumprida, assuntos que jamais estariam entre as preocupações e motivações dos funcionários há 10 anos atrás. 

Portanto, considerar Sustentabilidade como pilar estratégicos dos negócios já é fundamental há bastante tempo. Com o assunto ganhando espaço e importância a cada dia, devemos já pensar no próximo passo. Ao desenvolver as políticas de atração e retenção de talentos, adicione Sustentabilidade ao plano. A empresa, o colaborador e a sociedade ganham.
Fonte do texto: welcome.curupira.com/blog


 
SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES
SUSTENTABILIDADE - TALENTOS VERDES
  Fonte da imagem:welcome.curupira.com

Talentos verdes

Três brasileiros estão entre os melhores em premiação na Alemanha relacionada ao desenvolvimento sustentável

 O desenvolvimento sustentável e a internacionalização acadêmica são dois temas atuais que, reunidos em um prêmio de âmbito mundial, podem ser muito positivos para a carreira dos ganhadores. Foi o que aconteceu com três brasileiros premiados no Green Talents Award, realizado pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha, por seus projetos de pesquisa nas áreas de hidrologia e ciência do solo, energia renovável e agropecuária. Paulo Tarso Sanches de Oliveira, que faz estágio de pós-doutorado na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), Larissa Marchiori Pacheco, mestranda na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (FEA-RP), e Paula de Carvalho Machado Araujo, mestranda na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), ficaram entre os 27 escolhidos de um total de 574 inscritos de 91 países.

Os Green Talents ganham duas semanas de visitas e interação com pesquisadores em universidades e instituições alemãs como o Fraunhofer Fokus, Centro de Competência para Água de Berlim, Instituto Ecológico, e empresas como a Henkel e a ThyssenKrupp Steel, entre outras.

Paulo Tarso é bolsista de pós-doutorado da FAPESP em um projeto que estuda os mecanismos hidrológicos e de erosão do solo do Cerrado brasileiro. “Além de trazer prestígio internacional, o prêmio Green Talents tem ajudado a ampliar minha rede de contatos na Alemanha com potenciais parcerias de pesquisa”, diz Paulo. “No período de 15 dias tive reuniões com pesquisadores na área de hidrologia nas universidades de Stuttgart, de Potsdam e no Instituto de Meteorologia Max Planck. Esses encontros foram produtivos e geraram colaboração em dois novos artigos científicos.” Agora ele pretende conseguir uma posição como professor. Deve, ainda, aproveitar outra vantagem em ser um Green Talent, que é ficar por três meses na Alemanha em 2016 para estudos. “Acredito que essa parceria tende a se prolongar e trazer benefícios às pesquisas que já desenvolvo no Brasil.”

Para Larissa, que pretende trabalhar como pesquisadora e docente, “o prêmio foi importante por prestigiar o trabalho realizado por pesquisadores que ainda estão iniciando a atuação profissional”. Ele oferece também oportunidades de parcerias com instituições alemãs para compartilhamento de conhecimento. “O contato com pesquisadores e profissionais me mostrou as possibilidades de atuação como pesquisadora e me proporcionou definir os meus objetivos para os próximos anos”, diz ela, que estuda as atitudes das empresas frente aos recursos naturais e ao desenvolvimento sustentável dentro da perspectiva da inovação verde.
Paula Araujo, a terceira brasileira, é mestranda em agricultura orgânica na UFRRJ e trabalha como técnica do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na Amazônia. Ela é veterinária e seu estudo é na área de criação animal com projetos relacionados ao manejo agroecológico das pastagens.“Os encontros individuais com três experts da minha área foi o momento mais importante do prêmio porque pude compartilhar minhas iniciativas e experiências e ter o retorno positivo deles”, contou. “Além disso, o contato abre novas oportunidades de parcerias entre o Instituto Mamirauá, a UFRRJ e outras instituições da Alemanha.”
Fonte do texto: revistapesquisa.fapesp.br