21 março 2016

DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE - PROGRAMA NACIONAL DE ENCADEAMENTO PRODUTITVO

Programa Nacional de Encadeamento Produtivo 


Estratégia para aumentar a competitividade por meio de relacionamentos cooperativos estabelecidos entre grandes companhias e pequenos negócios.

O que é?


O mundo dos negócios tem passado por mudanças significativas e acentuadas nas últimas décadas. A globalização da economia e o rápido desenvolvimento dos sistemas de informação, que aceleram e facilitam a troca de informações, têm acirrado a competição pelos diversos mercados.

A competitividade empresarial não se reduz à atuação da empresa individualmente, é o resultado da eficiência da cadeia de valor ou aglomerado local no qual se estrutura um determinado segmento produtivo. Dessa forma, as empresas que fazem parte de uma cadeia de valor precisam ser competitivas.

Não pode mais existir a dicotomia entre grandes empresas de um lado e pequenas de outro. A produtividade média é que vai definir a competitividade da cadeia de valor ante a concorrência internacional. Diminuir a assimetria de produtividade entre pequenas e grandes empresas é um desafio da economia brasileira.

Para contribuir com a melhoria dos índices de produtividade e competitividade, o Sebrae adotou a estratégia de encadeamento produtivo, promovendo a inserção de pequenos negócios em cadeias de valor de grandes empresas, por meio de relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes
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Esse programa foi criado pelo SEBRAE para dinamizar a inserção dos pequenos negócios no universo produtivo das multinacionais brasileiras. É uma estratégia que visa aumentar competitividade, competência tecnológica e gestão das empresas, através de relacionamentos cooperativos, de longo prazo e mutuamente atraentes, que se estabelecem entre grandes companhias e pequenas empresas de sua cadeia de valor.


Desde 2004 o SEBRAE vem atuando para aproximar empresas de uma mesma cadeia produtiva, mas, recentemente, com a criação do programa, contabilizou o atendimento a mais de 17 mil empresas no Brasil, em quase 100 projetos locais e nacionais, que contam com parcerias com empresas como a Petrobrás, a Braskem, a Vale, a Gerdau e a Odebrecht.

O processo de encadeamento produtivo pode gerar uma série de benefícios. Grandes empresas, garantidas pela maior competitividade do fornecedor, se beneficiam de melhores preços, flexibilidade e agilidade. Também há redução de transportes e logística, otimização de investimentos para o desenvolvimento da base fornecedora e aumento do potencial de inovação.
 Pequenas empresas podem listar benefícios de participação, tais como, aprimorar processos internos, com aumento da produtividade; reduzir ociosidade da capacidade instalada; e aumentar as vendas para a empresa âncora e para o mercado.

Assim aconteceu com o serralheiro Paulo Viana, da cidade gaúcha de Gravataí, proprietário da EsquadriSul, que contabilizou em 2013 um faturamento de R$ 1,2 milhão. Desse total, pelo menos 50% é resultado de negócios com construtoras e grandes empresas da região.

Há apenas três anos, com três funcionários, o negócio faturava R$ 360 mil por ano com a venda de esquadrias, portões, portas e grades para residências e pequenas empresas.

O empresário é um dos nove mil profissionais de 378 pequenas e médias empresas do Brasil, Chile, Peru e Uruguai que fazem parte da cadeia de fornecedores e clientes da Gerdau e passaram nos últimos três anos pelos cursos de capacitação técnica e gerencial promovido pela siderúrgica.

Encadeamento Serralheiro no Sul do país

Empresas serralheiras do Rio Grande do Sul foram brindadas com um projeto que une o SEBRAE e a Gerdau para realizar qualificação da gestão de pequenas empresas e dos requisitos técnicos para o manuseio do Aço.

O primeiro projeto a atuar coletivamente junto ao setor na região, subsidiará 80% do investimento necessário para participar de atividades que melhorem aspectos como finanças, vendas, formação de preço, produção, redução de custos, inovação e participação em feiras do setor.

O trabalho em conjunto com a Gerdau, que tem o objetivo de aperfeiçoar as empresas na entrega de requisitos técnicos de manuseio do aço, a exemplo de tipos e qualidade de soldas, cortes e acabamentos em geral, atenderá 40 empresas pelo período de dois anos.

O projeto Serralheiros terá duração de dois anos e, inicialmente, capacitará até 40 empresas.
Fonte do video: youtube
Fonte do texto: sebraemercados.com.br