29 janeiro 2016

DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade deve se realizar plenamente nas dimensões política, econômica, social, ambiental e cultural, de modo a ser integralizada em todas as esferas formuladoras e executoras das políticas públicas, tanto em seus conteúdos como em suas formas de implementação” (in Programa Cidades Sustentáveis”)
 
A sustentabilidade a cada dia ocupa mais as pautas da sociedade paulistana. Na medida em que a percepção de todos nós cidadãos aumenta, a importância do gestor público se adiantar e traçar caminhos adequados para a ação pública é imprescindível, principalmente, em tempos nos quais o Brasil se configura como uma grande nação urbana (84% da população brasileira está nas cidades) e estamos no maior conglomerado urbano do país.

DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE
DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE



Pensar em sustentabilidade é pensar em direitos humanos. Portanto, os defensores da sustentabilidade são defensores dos direitos humanos. Os direitos humanos são universais e indivisíveis. Isto expõe uma incongruência na organização econômica, social e política da nossa sociedade, expressa também em termos mundiais. Vivemos num modelo incompatível com os direitos humanos. Um modelo que nos impõe a lógica do consumo para atender a “necessidade” de alcançarmos o aumento da produção de bens, atendendo ao grande “Deus” do nosso sistema que é o lucro. Quando vivemos na lógica capitalista do lucro temos que fazer uma opção: esquecer o ser humano e todos seus direitos. Centenas de exemplos poderiam ser citados. A questão da moradia tem muitos. Os direitos humanos subvertem esta lógica na medida em que todos os seres humanos sobre a face da Terra são portadores deles. O direito à vida e um meio ambiente saudável estão neste rol de direitos que possuímos. Portanto, estamos falando em mudança na nossa organização como sociedade. Para isto precisamos de uma mudança cultural. Sensibilizar a todos que este modelo precisa ser superado. Mudar a forma de pensar e se comportar. O Brasil sendo um país continental com uma população que se aproxima dos duzentos milhões e com um patrimônio ambiental com uma riquíssima biodiversidade, precisa ser o protagonista em termos de políticas públicas relativas ao meio ambiente, para ser um exemplo mundial. Temos esta oportunidade. A importância, portanto em termos pessoas nos poderes executivos e legislativos com esta clareza e que saibam desdobrar em ações públicas, se tornou premente.

A cidade de São Paulo que possui o quinto orçamento do Brasil, em 2013 expectativa de R$ 43 bilhões (fica somente atrás da União e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), sendo a maior metrópole da América Latina, a décima cidade mais rica do mundo, com uma população de mais de onze milhões e trezentos mil habitantes (se somados com a população dos 38 municípios da grande São Paulo este número se aproxima dos vinte milhões), têm um papel pioneiro em estabelecer soluções adequadas para a questão socioambiental e dar passos significativos em prol da sustentabilidade. O mundo muda rápido. Lembremos que no Plano Diretor Estratégico de 2002 a questão dos resíduos sólidos nem era um grande tema, nem foi colocada no relatório final. Dez anos depois já temos uma Política Nacional de Resíduos Sólidos que procura orientar como e para onde devemos seguir.

Sustentabilidade deve se realizar plenamente nas dimensões política, econômica, social, ambiental e cultural, de modo a ser integralizada em todas as esferas formuladoras e executoras das políticas públicas, tanto em seus conteúdos como em suas formas de implementação” (in Programa Cidades Sustentáveis”)
 
A sustentabilidade a cada dia ocupa mais as pautas da sociedade paulistana. Na medida em que a percepção de todos nós cidadãos aumenta, a importância do gestor público se adiantar e traçar caminhos adequados para a ação pública é imprescindível, principalmente, em tempos nos quais o Brasil se configura como uma grande nação urbana (84% da população brasileira está nas cidades) e estamos no maior conglomerado urbano do país.
Pensar em sustentabilidade é pensar em direitos humanos. Portanto, os defensores da sustentabilidade são defensores dos direitos humanos. Os direitos humanos são universais e indivisíveis. Isto expõe uma incongruência na organização econômica, social e política da nossa sociedade, expressa também em termos mundiais. Vivemos num modelo incompatível com os direitos humanos. Um modelo que nos impõe a lógica do consumo para atender a “necessidade” de alcançarmos o aumento da produção de bens, atendendo ao grande “Deus” do nosso sistema que é o lucro. Quando vivemos na lógica capitalista do lucro temos que fazer uma opção: esquecer o ser humano e todos seus direitos. Centenas de exemplos poderiam ser citados. A questão da moradia tem muitos. Os direitos humanos subvertem esta lógica na medida em que todos os seres humanos sobre a face da Terra são portadores deles. O direito à vida e um meio ambiente saudável estão neste rol de direitos que possuímos. Portanto, estamos falando em mudança na nossa organização como sociedade. Para isto precisamos de uma mudança cultural. Sensibilizar a todos que este modelo precisa ser superado. Mudar a forma de pensar e se comportar. O Brasil sendo um país continental com uma população que se aproxima dos duzentos milhões e com um patrimônio ambiental com uma riquíssima biodiversidade, precisa ser o protagonista em termos de políticas públicas relativas ao meio ambiente, para ser um exemplo mundial. Temos esta oportunidade. A importância, portanto em termos pessoas nos poderes executivos e legislativos com esta clareza e que saibam desdobrar em ações públicas, se tornou premente.

A cidade de São Paulo que possui o quinto orçamento do Brasil, em 2013 expectativa de R$ 43 bilhões (fica somente atrás da União e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), sendo a maior metrópole da América Latina, a décima cidade mais rica do mundo, com uma população de mais de onze milhões e trezentos mil habitantes (se somados com a população dos 38 municípios da grande São Paulo este número se aproxima dos vinte milhões), têm um papel pioneiro em estabelecer soluções adequadas para a questão socioambiental e dar passos significativos em prol da sustentabilidade. O mundo muda rápido. Lembremos que no Plano Diretor Estratégico de 2002 a questão dos resíduos sólidos nem era um grande tema, nem foi colocada no relatório final. Dez anos depois já temos uma Política Nacional de Resíduos Sólidos que procura orientar como e para onde devemos seguir.

A sociedade civil organizada da nossa cidade através da Rede Nossa São Paulo tem apontado caminhos no sentido de colaborar com os agentes públicos e ver retornado para todos os habitantes desta megalópole uma qualidade de vida melhor. São Paulo que é quatro vezes maior que Paris (França); tem uma população do tamanho da uruguaia se movendo todos os dias da zona leste para outras regiões e é maior que muitos países desenvolvidos, como, por exemplo, a Suécia.

Neste sentido a emenda número 30 da Lei Orgânica do Município, chamada de “Lei das Metas” que os vereadores aprovaram em sua grande maioria (54 votos a favor) foi uma primeira contribuição nesta direção da Rede Nossa São Paulo. O Observatório Cidadão organizando os dados nas diversas áreas, geo-referenciados na cidade é outro subsídio fundamental. Muitas iniciativas feitas pela Rede juntamente com o poder legislativo municipal foram estabelecidas como, por exemplo, a Frente Parlamentar Pró Conselho de Representantes nas Subprefeituras (assinada por 27 vereadores) e a consulta “Você no Parlamento” na qual mais de 30 mil paulistanos opinaram qual era o foco que os vereadores deveriam priorizar em 2012, no sentido de criação de leis, do orçamento e na fiscalização do executivo.

Este é o fundamento de uma boa gestão do século XXI: dar voz a população, apesar da resistência ainda existente em muitos que ocupam cargos públicos. A última contribuição da Nossa SP junto com Instituto Ethos e a Rede Brasileira de Cidades é o Programa Cidades Sustentáveis. Nestas eleições municipais de 2012, provocaram candidatos a prefeito e partidos políticos, de todo o Brasil, a assinarem a carta compromisso para estabelecer indicadores de gestão, um plano de metas e colocar a sustentabilidade de forma transversal às políticas públicas. Uma mudança cultural, num país que planejamento estratégico ainda está mais dentro da Academia do que nas administrações públicas.

Portanto, quando pensamos numa política de meio ambiente municipal para os próximos anos devemos norteá-la em cinco eixos: inclusiva, planejada, participativa, descentralizada e justa.

Inclusiva significa, por exemplo, colocar para dentro do sistema os catadores com condições dignas de trabalho e com infraestrutura plena, eles que são um dos principais atores deste processo.

Planejada, pois é necessário ver a realidade. Ver é prever e ter clareza de qual demanda e dificuldades enfrentaremos no futuro em termos de mobilidade, habitação, áreas verdes, lixo, resíduos sólidos, qualidade do ar, água e etc.. Fundamental isto estar expresso no próximo Plano Diretor Estratégico, no Plano de Metas do futuro prefeito, no Plano Plurianual e detalhado nos orçamentos anuais da cidade e é também estratégico coordenar ações junto com os municípios vizinhos.

Participativa significa dar voz ao soberano, isto é, ouvir a população através dos mecanismos de democracia participativa. No caso, os Cades e os Conselhos de Representantes (a ser implantado), entre outros, em cada uma das subprefeituras precisam além de estrutura para se organizar, ter voz ativa, isto é, ver na ação pública o que debatem e deliberam. Formar o cidadão através de uma educação formal e não formal para transformarmos as ações de todos se conjuga aqui.

Descentralizada é fazer uma gestão das políticas públicas com a responsabilidade e compreensão que a complexidade da nossa cidade exige uma descentralização séria e progressiva de atividades, responsabilidades e orçamento. Isto associado a uma subprefeitura forte, muito diferente de como se encontra hoje neste final de gestão, completamente anêmica e coronelizada.

Justa é dar para todos os cidadãos, independente da área onde residem e trabalham na cidade, disponibilidade de acesso equivalente. Por exemplo, quando vemos a questão do consumo de água :Na área rica do centro expandido: Pinheiros: 15,44 m3/hab/mês = 514,6 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias) Vila Mariana: 11,79 m3/hab/mês = 393 litros/per capita/dia Na franja da cidade: Parelheiros: 2,16 m3/hab/mês = 72 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias) Guaianases: 3,18 m3/hab/mês = 106 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias)Média geral no município de São Paulo: 5,65 m3/hab/mês = 188,3 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias)
Lembremos que a cada dólar gasto com saneamento, economizamos quatro dólares em tratamento de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Este é o fundamento de uma boa gestão do século XXI: dar voz a população, apesar da resistência ainda existente em muitos que ocupam cargos públicos. A última contribuição da Nossa SP junto com Instituto Ethos e a Rede Brasileira de Cidades é o Programa Cidades Sustentáveis. Nestas eleições municipais de 2012, provocaram candidatos a prefeito e partidos políticos, de todo o Brasil, a assinarem a carta compromisso para estabelecer indicadores de gestão, um plano de metas e colocar a sustentabilidade de forma transversal às políticas públicas. Uma mudança cultural, num país que planejamento estratégico ainda está mais dentro da Academia do que nas administrações públicas.

Portanto, quando pensamos numa política de meio ambiente municipal para os próximos anos devemos norteá-la em cinco eixos: inclusiva, planejada, participativa, descentralizada e justa.

Inclusiva significa, por exemplo, colocar para dentro do sistema os catadores com condições dignas de trabalho e com infraestrutura plena, eles que são um dos principais atores deste processo.

Planejada, pois é necessário ver a realidade. Ver é prever e ter clareza de qual demanda e dificuldades enfrentaremos no futuro em termos de mobilidade, habitação, áreas verdes, lixo, resíduos sólidos, qualidade do ar, água e etc.. Fundamental isto estar expresso no próximo Plano Diretor Estratégico, no Plano de Metas do futuro prefeito, no Plano Plurianual e detalhado nos orçamentos anuais da cidade e é também estratégico coordenar ações junto com os municípios vizinhos.

Participativa significa dar voz ao soberano, isto é, ouvir a população através dos mecanismos de democracia participativa. No caso, os Cades e os Conselhos de Representantes (a ser implantado), entre outros, em cada uma das subprefeituras precisam além de estrutura para se organizar, ter voz ativa, isto é, ver na ação pública o que debatem e deliberam. Formar o cidadão através de uma educação formal e não formal para transformarmos as ações de todos se conjuga aqui.

Descentralizada é fazer uma gestão das políticas públicas com a responsabilidade e compreensão que a complexidade da nossa cidade exige uma descentralização séria e progressiva de atividades, responsabilidades e orçamento. Isto associado a uma subprefeitura forte, muito diferente de como se encontra hoje neste final de gestão, completamente anêmica e coronelizada.

Justa é dar para todos os cidadãos, independente da área onde residem e trabalham na cidade, disponibilidade de acesso equivalente. Por exemplo, quando vemos a questão do consumo de água :Na área rica do centro expandido: Pinheiros: 15,44 m3/hab/mês = 514,6 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias) Vila Mariana: 11,79 m3/hab/mês = 393 litros/per capita/dia Na franja da cidade: Parelheiros: 2,16 m3/hab/mês = 72 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias) Guaianases: 3,18 m3/hab/mês = 106 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias)Média geral no município de São Paulo: 5,65 m3/hab/mês = 188,3 litros/per capita/dia (considerando mês de 30dias)

Lembremos que a cada dólar gasto com saneamento, economizamos quatro dólares em tratamento de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Fonte do Texto:escoladegoverno.org.br
Fonte da imagem primaria: www.infojovem.org.br
Montagem: Frank e Sustentabilidade