Abaixo tem matérias sobre situações dos Lixões Aterros Sanitários, Aterros Controlados, Catadores de Recicláveis, Leis sobre os Resíduos etc, e um Filme Completo Documentário que concorreu a Oscar o filme mostra situações do maior aterro do Mundo Gramacho, no Rio de Janeiro. e edições sobre a vida dos catadores nos dias atuais depois de 3 anos como fico a situação dos catadores do local e de como anda os catadores nos dias atuais e da lei que mudou novamente sobre os lixões que eram para ter acabado em 2014 agora foi adiado para 2021.....
Lixo Extraordinário - Documentário - Filme Completo
Você já assistiu ao filme Lixo Extraordinário? Se não, assista. O
documentário concorreu ao Oscar em 2011 e mostra um projeto do artista
plástico Vik Muniz no maior aterro sanitário do mundo, Gramacho, no Rio
de Janeiro. O filme conta como foi a experiência do artista Vik Muniz ao
fazer arte com lixo e transformar a vida de um grupo de catadores.
O filme mostra a vida difícil de pessoas que vivem literalmente no lixo e que dependem dele para a sobrevivência. O artista, que nasceu na classe média baixa paulistana e hoje é um dos maiores expoentes das artes visuais no mundo, trabalha com colagens e montagens de materiais diversos para formar retratos.
O filme mostra a vida difícil de pessoas que vivem literalmente no lixo e que dependem dele para a sobrevivência. O artista, que nasceu na classe média baixa paulistana e hoje é um dos maiores expoentes das artes visuais no mundo, trabalha com colagens e montagens de materiais diversos para formar retratos.
Lixo Extraordinário - Documentário - Filme Completo
A Lei nº 12.305 prevê, desde 2 de agosto de 2010, que todos os
rejeitos do país devem ter uma disposição final ambientalmente adequada
em quatro anos. Traduzindo e atualizando o juridiquês, a lei — que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país — determina a
desativação dos lixões a céu aberto. Na prática, seis meses depois de
expirado o prazo, os lixões não foram todos extintos. A estimativa do
Ministério do Meio Ambiente (MMA) é que 59% dos municípios brasileiros
ainda dispõem seus resíduos em vazadouros a céu aberto ou aterros
controlados (lixões com cobertura precária).
Há multa prevista para quem não cumpriu o prazo. De acordo com
informações divulgadas no site do MMA, os artigos 61 e 62 do decreto
6.514 de 2008, que regulamenta a lei de crimes ambientais, prevê que
quem causar poluição que possa resultar em danos à saúde humana ou ao
meio ambiente, incluindo a disposição inadequada de resíduos sólidos,
estará sujeito à multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.
Os municípios alegam falta de verba e pleiteiam prorrogação do prazo
previsto na Lei. “A maioria dos municípios brasileiros não teve
condições técnicas e financeiras para cumprir o prazo estabelecido”,
argumenta Francisco Lopes, secretário executivo da Associação Nacional
dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE). “A consolidação do fim
dos lixões no Brasil é uma realidade ainda longe de ser alcançada. Sobre
o impasse, acreditamos não ser possível impor prazos iguais a todos os
municípios, afinal, cada um deles possui uma realidade econômica
diferente”, diz ele, que defende a criação de um cronograma em escala
para atender as normas da lei, com prazos diferentes conforme o número
de habitantes dos municípios. “Os municípios com mais de 200 mil
habitantes devem elaborar plano de saneamento, com disposição
ambientalmente adequada até dezembro de 2015. Já as cidades de 50 a 200
mil habitantes teriam até final de 2016. O prazo para aqueles com menos
de 50 mil moradores seria dezembro de 2017”, propõe.
A FALTA DE GESTÃO; RECICLAGEM; ADMINISTRAÇÃO; SUSTENTABILIDADE E CONSIDERAÇÕES POR QUEM VIVE DO LIXO DO BRASIL |
Atentado ambiental
Em novembro de 2014, o Poder Executivo vetou o trecho de uma medida
provisória aprovada pelo Congresso que previa a ampliação em mais quatro
anos do prazo para municípios acabarem com lixões. O tema havia sido
incluído pelos parlamentares na MP 651, que trata de outro assunto
(medidas de incentivo à economia através de desonerações). “A
prorrogação de prazos, da forma como prevista, contraria o interesse
público, por adiar a consolidação de aspecto importante da Política
Nacional de Resíduos Sólidos. Além disso, a imposição de veto decorre de
acordo realizado no plenário do Senado Federal com as lideranças
parlamentares, que se comprometeram a apresentar alternativa para a
solução da questão”, disse o vice-presidente da República Michel Temer,
na justificativa do veto publicada no Diário Oficial da União em 14 de
novembro de 2014.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL/RJ) criticou o Congresso pela
aprovação da medida que concedia mais prazo aos municípios, a que chamou
de “atentado ambiental”. “Aqui na Câmara, quase todos se unem para
enfiar em uma MP sobre fundos de renda fixa e ativos financeiros, um
tremendo ‘jabuti’! Os mais de 2 mil que cumpriram a lei ficam
prejudicados e as negociações com o Ministério Público para dosar as
punições às Prefeituras que ainda não fizeram a coleta adequada e os
aterros sanitários são jogadas fora. Enquanto a Pátria está distraída
com as eleições presidenciais, o Parlamento comete um atentado ambiental
(e antirregimental)”, escreveu o deputado em sua página na rede social
Facebook à época.
A ambientalista Zilda Veloso, diretora de Meio Ambiente Urbano do
Ministério do Meio Ambiente, conta à Radis que o governo estuda um novo
instrumento legal que estabeleça critérios para que o prazo possa ser
prorrogado em casos especiais. “O Ministério entende a dificuldade dos
municípios, mas simplesmente prorrogar o prazo para todos, sem nenhum
critério, não é possível”, diz. O que está sendo feito, segundo ela, é
uma articulação com o Ministério Público Federal para estabelecer uma
estratégia de negociação dos prazos de encerramento dos lixões por meio
de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com as prefeituras. Ainda de
acordo com a diretora, alguns municípios já foram notificados pelo
Ministério Público para que dessem destinação adequada a seus resíduos.
“O governo não vai propor prorrogação dos prazos, mas é favorável a
abrir debates sobre o aperfeiçoamento da lei”, afirmou ministra Izabella
Teixeira, em matéria publicada no site do MMA (5/8/2014). Para ela, é
necessário que sejam levadas em conta dificuldades de municípios
pequenos, muitas vezes remotos, nem sempre em situação econômica
favorável para implantar as ações necessárias. A maior parte do lixo é
gerada nas grandes cidades, e a discrepância de volume produzido é muito
grande, considerando o porte do município. Quase metade do volume total
(que corresponde a mais de 300 mil toneladas de resíduos por dia) são
produzidos por 5% dos municípios, um total de 299 cidades.
Planos simplificados
Os municípios de pequeno porte, com menos de 20 mil habitantes, podem
elaborar planos simplificados de gestão integrada de resíduos sólidos.
Os planos permitem que eles obtenham recursos do Governo Federal,
específicos para o manejo dos resíduos e a implantação da coleta
seletiva. Segundo o IBGE, até 2013, 1865 municípios haviam declarado
possuir planos de gestão integrada de resíduos sólidos nos termos da
PNRS.
O Governo Federal tem apoiado a formação de consórcios públicos como
forma de tornar viável a gestão integrada de resíduos sólidos. Há a
possiblidade também de municípios e estados optarem por contratos com
empresas privadas para a execução de soluções e prestação de serviços.
Questionada se as terceirizações abririam possibilidade para uma
“privatização do lixo”, Zilda Veloso garante que a responsabilidade é do
poder público. “Ele pode contratar, mas essa contratação não o exime de
nada”.
Catadores não são prioridade
A pesquisadora Amanda Rodrigues acompanhou o fechamento do lixão
localizado no bairro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na região da
Baixada Fluminense, em 2012, quando realizava sua pesquisa de mestrado
em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
(Ensp/Fiocruz). Para ela, mesmo nos casos em que houve construção de
aterro sanitário, isso não representa que a melhor solução
socioambiental tenha sido encontrada. “O caso de Jardim Gramacho vem
sendo considerado exemplo por ter conseguido encerrar o funcionamento do
lixão e por ter concedido indenização para os 1.603 catadores. Mas que
condições têm essas pessoas para disputar no mercado de trabalho?”,
questiona.
“O fechamento de Jardim Gramacho foi um evento midiático”, considera a
pesquisadora, lembrando que o aterro foi desativado em junho de 2012,
às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). O local também recebeu bastante divulgação por ter
sido retratado nos documentários Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, e
Estamira, de Marcos Prado, premiados internacionalmente.
Amanda relata que em setembro de 2013, ou seja, bem depois do
encerramento do lixão, o governo do Estado do Rio de Janeiro ainda
aguardava o fim do diagnóstico socioeconômico encomendado a um instituto
de pesquisa para implementar melhorias na região onde ficava o lixão.
“O curso profissionalizante que foi oferecido aos catadores só se
iniciou depois da desativação do lixão. Eles são autônomos, estão
acostumados a receber por dia. Alguns não sabiam somar. E depois? Não se
fala mais nisso e ninguém volta para observar as condições de vida
dessas pessoas. Mesmo assim, esse desfecho foi considerado moralmente
aceitável”, afirmou.
*Matéria publicada na Revista Radis 149. Fevereiro de 2015. Veja aqui a revista na íntegra.
Publicado no Portal EcoDebate, 25/02/2015
Fonte:http://www.ecodebate.com.br / vídeo You Tube - Profissão Repórter rede Globo 27/10/2015
PRAZO PARA MUNICÍPIOS ACABAREM COM LIXÕES PRORROGADO ATÉ 2021 - Senado conivente
Os municípios brasileiros estão livres para continuar poluindo com
lixões. Para se manterem livres de cumprir a lei que dava agosto de
2014 como prazo final para o fim dos lixões no país, receberam um
presente do Senado. Um novo prazo que, para alguns municípios, vai até
2021. O projeto seque agora para a Câmara dos Deputados.
Em todo o país, os lixões já deveriam ter sido fechados e substituídos
por aterros sanitários desde o ano passado. Mas cerca de 40% dos
municípios brasileiros ainda não realizaram os procedimentos para isto,
como a coleta seletiva, passo fundamental para que a logística reversa,
também prevista na lei, seja implementada.
Então, os senadores entraram em cena para socorrer os municípios, mesmo
com prejuízo da população e do ambiente. Nesta quarta-feira (1), o
Projeto de Lei do Senado (PLS
425/2014) foi aprovado em plenário. O projeto prorroga e escalona o
prazo para que os municípios cumpram a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei 12.305/2010).
O projeto aprovado beneficia quase três mil municípios e o Distrito
Federal, que não dão destinação correta ao lixo produzido por moradores e
empresas. O Senado atendeu à Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e dilatou o prazo dos infratores atuais da Lei 12.305/2010.
Pelo projeto aprovado, as capitais e municípios de região metropolitana
terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios
de fronteira e os que contam com mais de 100 mil habitantes, com base no
Censo de 2010, terão até 2019 para implementar seus aterros
sanitários.
Já as cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até 31
de julho de 2020. E, os municípios com menos de 50 mil habitantes, será
até 31 de julho de 2021.
Em 2013, havia 1.196 lixões contra apenas 652 aterros sanitários no
país. Para fechar um lixão, é necessário ações como a criação de aterros
sanitários e áreas de transbordo, tratamento de resíduos de construção
civil, coleta seletiva e campanhas educativas.
No final de 2014, o Congresso Nacional manteve o veto à prorrogação do prazo para que os municípios acabassem com seus lixões. No Espírito Santo, a situação não se difere do quadro nacional.
Fonte: http://seculodiario.com.br / Montagem: Frank e Sustentabilidade