Processamento dos resíduos da construção civil
Uma
usina de reciclagem de entulho geralmente é composta por:
1) Prédio para a administração local;
2) Guarita de entrada;
3) Cabine de comando;
4) Pátio de recepção com balança;
5) Calha de alimentação;
6) Correia
transportadora;
7) Britador;
8) Pátio de estocagem.
Cuidados ambientais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
ESTEFANO, M. J.; ASSIS, C. S. Estudo da reciclagem de resíduos gerados pela construção civil. SP. 9p, 1999.
JOHN, V. M. Desenvolvimento sustentável, construção civil, reciclagem e trabalho multidisciplinar. Texto Técnico. Disponível em: <http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm>, acesso em abril/2012.
LIXO MUNICIPAL – Manual de Gerenciamento Integrado, IPT: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995.
MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, IBAM, Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República – SEDUC, 2001.
PINTO, Tarcísio de Paula. Entulho de Construção: Problema Urbano que Pode Gerar Soluções. Construção, São Paulo, Ed. Pini , no 2325, ago. 1992.
ZORDAN, S. E. Entulho da indústria da construção civil. Texto técnico. Disponível em:<http://www.reciclagem.pcc.usp.br/entulhoindcivil.htm>, acesso em abril/2012.
NOTAS DE RODAPÉ
1Caroline Moreira Nogueira: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Guilherme Campolina: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Laís Lorena Ribeiro: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Luiz Eduardo de Melo Guadanini: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Matheus Lopo Madureira Barbosa: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
2 Érika Silva Fabri:
Coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva
Engenheira Ambiental
Engenheira de Segurança do Trabalho
Mestre em Ciências Naturais
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais/Departamento de Geologia/UFOP
Fotos de Frank Dias Ferreira tiradas da usina Alpha Ambiental em Taubaté - SP, usina associada a ABRECON (Associação Brasileira de Reciclagem da Construção Civil), em um curso de gerenciamento de uma usina de reciclagem de entulhos
Fonte do texto:newtonpaiva.br
Há
algum tempo, soluções para o emprego do entulho reciclado vêm sendo
pesquisadas e desenvolvidas, e algumas delas já estão sendo empregadas
com sucesso em algumas cidades brasileiras como Belo Horizonte.
A
reciclagem transforma as montanhas desordenadas de material de
construção, em pilhas de matéria-prima, que servem tanto para obras
prediais como para obras públicas. Há dois caminhos para transformar as
perdas em lucro: um para a iniciativa privada, e outro para as
prefeituras.
No
Brasil, existem em operação cerca de nove unidades de beneficiamento de
resíduos da construção, implantadas a partir de 1991, sendo a
experiência mais significativa a da Prefeitura de Belo Horizonte, que
dispõe de duas usinas de reciclagem de entulho com capacidade para
processar até 400 toneladas diárias (MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS, 2001).
A
reciclagem de entulho tem, como principal objetivo, transformar os
custos sociais em custos públicos ou privados. A reciclagem visa
melhoria do meio-ambiente pela redução do número de áreas de deposição
clandestina, conseqüentemente reduzindo os gastos da administração
pública com gerenciamento de entulho. Não existem pontos propriamente
“negativos”, mas alguns aspectos devem ser levados em consideração para
aumentar as chances de sucesso dos programas de reciclagem, como a
informação aos consumidores. Embora, de forma geral, o entulho seja
considerado pela NBR 10004 como resíduos inertes, a sua composição
química e o risco de contaminação ambiental estão relacionados
diretamente com os materiais utilizados na obra que os originou.
Para a
implantação de um programa de reciclagem de resíduos da construção
civil é imprescindível elaborar um levantamento da produção de entulho
no município, estimando os custos diretos e indiretos causados pela
deposição irregular. Atualmente existem duas formas de processamento: a
automática e a semi-automática. A automática consiste em um equipamento
robusto, de grande potência, capaz de receber e triturar o entulho de
obras sem uma separação prévia das ferragens que ficam retidas nos
blocos de concreto. O material ferroso vai para uma prensa e posterior
comercialização dos fardos, enquanto o material inerte cai numa peneira
giratória que efetua a segregação do material nas suas várias porções
granulométricas. (MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS,
2001).
1) Prédio para a administração local;
2) Guarita de entrada;
3) Cabine de comando;
4) Pátio de recepção com balança;
FACHADA DE UMA USINA DE RECICLAGEM FEITA PARA PASSOS MG - EM CONCLUSÃO DE CURSO DE 2008 SOMENTE PARA APRESENTAR O TRABALHO E SUA IMPORTÂNCIA COMO GESTÃO |
5) Calha de alimentação;
USINA DE RECICLAGEM DE ENTULHOS POR VÁRIOS ÂNGULOS, COMO CALHA ALIMENTADORA, PÁTIO DE ESTOCAGEM DE ENTULHO E MATERIAL RECICLADO |
CORREIA TRANSPORTADORA DO ENTULHO RECICLADO |
EQUIPAMENTO QUE COMPÕE UMA USINA DE RECICLAGEM DE ENTULHOS FIXA O BRITADOR |
PÁTIO DE ESTOCAGEM DE ENTULHOS PARA PRÉ - TRIAGEM PARA A SUA RECICLAGEM |
A
Central deve receber somente resíduos inertes, não existindo, portanto, a
possibilidade de este material liberar poluentes. Caso chegue até a
usina algum material contaminado, como, por exemplo, matéria orgânica,
este é recusado e devolvido ao fornecedor para ser disposto no aterro
sanitário disponível no município. (Estudo da reciclagem de resíduos gerados pela construção civil. SP. 9p, 1999).
A sequência de operação de uma usina de reciclagem mais usual é:
- O entulho trazido pelos caminhões de coleta é pesado na balança da usina de reciclagem, de onde é encaminhado para o pátio de recepção;
- No pátio de recepção o entulho é vistoriado superficialmente por um encarregado para verificar se a carga é compatível com o equipamento de trituração. Caso o resultado seja negativo, o material é encaminhado ao aterro sanitário;
- Sendo o material compatível com o equipamento, o veículo faz a descarga no pátio, onde se processa a separação manual dos materiais que não fazem parte das etapas de reciclagem do entulho como plásticos, metais e pequenas quantidades de matéria orgânica. A separação, apesar de manual, é feita com auxílio de uma pá carregadeira que revira o material descarregado de modo a facilitar a segregação dos que não serão utilizados pela equipe de serventes;
- Os materiais segregados são classificados em comercializáveis (sucata ferrosa) e não comercializáveis (material restante), sendo depositados em locais separados para armazenamento e destinação futura;
- Não são aceitos materiais de grande porte, com dimensões maiores que a boca do alimentador, assim como blocos de concreto com ferragens embutidas que podem prejudicar a operação do moinho e quebrar os martelos.
- O entulho de pequenas obras, que normalmente vem ensacado, é desensacado manualmente, prosseguindo-se com a operação de alimentação e trituração;
- Estando o entulho livre dos materiais não reaproveitados, este é levemente umedecido através de um sistema de aspersão, de forma a minimizar a quantidade de poeira gerada na trituração. Em seguida, é colocado pela pá carregadeira no alimentador vibratório que faz dosagem correta do material que passará no britador;
- Passando pelo alimentador, o material segue para o britador, onde é triturado. Do britador o material segue numa pequena esteira rolante equipada com separador magnético, onde é feita a separação de resíduos de ferro que escaparam da triagem e foram introduzidos ao britador;
- Após esta separação inicial, o material é encaminhado à peneira vibratória, que faz a separação do material em granulometrias selecionadas;
- Da peneira, cada uma das frações é transportada para o seu respectivo pátio de estocagem por meio de uma esteira transportadora convencional de velocidade constante.
- As esteiras transportadoras são montadas sobre rodízios, de forma a permitir o seu deslocamento lateral em semicírculo no pátio de estocagem. O deslocamento dos resíduos se faz sobre piso cimentado, dimensionado para suportar os esforços da correia. A operação de deslocamento da correia é feita manualmente pelos serventes alocados no pátio de estocagem e realizada toda vez que a pilha de entulho atinge a altura máxima permitida pela declividade da esteira. De uma forma geral, os agregados obtidos na reciclagem do entulho são mais porosos que os naturais, o que implica uma absorção de água mais elevada. Por outro lado, os agregados reciclados apresentam componentes de algumas propriedades relevantes para o desempenho de matérias de construção. Entre esses componentes, destacam-se as partículas de cimento não inertizadas, que ainda irão reagir, que funcionarão como iniciador de cristalização (acelerando a formação de nova rede cristalina), e partículas finas de material cerâmico, como significativo potencial pozolânico, que irão reagir com a cal hidratada.
- Assim, a matéria-prima obtida pode ser novamente utilizada na indústria da construção civil como, por exemplo, em: base e sub-base de rodovias, peças pré-moldadas não estruturadas, briquetes para calçadas, blocos muros e alvenaria de casas populares, agregados miúdos para revestimento, agregados para a construção de meios-fios, bocas-de-lobo e sarjetas, entre outros. (Manual de Gerenciamento Integrado, IPT: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995).
Cuidados ambientais
A
estação de reciclagem é composta por vários equipamentos pequenos e
modernos, desenvolvidos obedecendo aos critérios de segurança para
operar em área urbana. Não oferece riscos para a área ambiental, nem
qualquer incômodo à população. O alimentador do britador deve estar
equipado com aspersores de água, visando minimizar a emissão de
partículas, e revestido com borracha, de forma a reduzir o nível de
ruído, respeitando assim, os limites estabelecidos assim pela legislação
vigente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro
de uma visão sistêmica de equacionamento dos problemas urbanos gerados
pelo gerenciamento inadequado do entulho, ou ausência de planejamento, a
reciclagem desse material assume grande importância ao proporcionar
benefícios a toda sociedade e ao meio ambiente.
A
utilização dos resíduos contribui para uma melhoria do ambiente urbano e
reduz os gastos públicos para gerenciá-los, entretanto, para que o
processo de reciclagem de entulho seja eficiente e eficaz, é necessário
rever continuamente o sistema implantado, buscando solucionar as falhas
que venham ocorrer no processo.
Como
foi pesquisado é possível produzir agregados como areias e britas para
uso em pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e
uso em argamassas e concretos não estruturais. Da mesma maneira,
podem-se fabricar componentes de construção como blocos, briquetes,
placas, meios-fios, entre outros. Para todas estas aplicações é
necessário obter uma similaridade de desempenho em relação a produtos
convencionais, com custos competitivos. De qualquer forma, a
compatibilidade entre as aplicações e os materiais e componentes
produzidos deve ser avaliada, para que a estrutura final não seja
prejudicada.
Após
estudo de caso do sistema de gerenciamento de entulho na cidade de Belo
Horizonte, verifica-se que é de extrema importância a criação de usinas
de reciclagem de entulho com pontos de recebimento de resíduos
localizados estrategicamente, objetivando a qualidade de vida na malha
urbana.
BIBLIOGRAFIA
ESTEFANO, M. J.; ASSIS, C. S. Estudo da reciclagem de resíduos gerados pela construção civil. SP. 9p, 1999.
JOHN, V. M. Desenvolvimento sustentável, construção civil, reciclagem e trabalho multidisciplinar. Texto Técnico. Disponível em: <http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm>, acesso em abril/2012.
LIXO MUNICIPAL – Manual de Gerenciamento Integrado, IPT: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995.
MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, IBAM, Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República – SEDUC, 2001.
PINTO, Tarcísio de Paula. Entulho de Construção: Problema Urbano que Pode Gerar Soluções. Construção, São Paulo, Ed. Pini , no 2325, ago. 1992.
ZORDAN, S. E. Entulho da indústria da construção civil. Texto técnico. Disponível em:<http://www.reciclagem.pcc.usp.br/entulhoindcivil.htm>, acesso em abril/2012.
NOTAS DE RODAPÉ
1Caroline Moreira Nogueira: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Guilherme Campolina: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Laís Lorena Ribeiro: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Luiz Eduardo de Melo Guadanini: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
1Matheus Lopo Madureira Barbosa: Graduando do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva.
2 Érika Silva Fabri:
Coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Newton Paiva
Engenheira Ambiental
Engenheira de Segurança do Trabalho
Mestre em Ciências Naturais
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais/Departamento de Geologia/UFOP
Fotos de Frank Dias Ferreira tiradas da usina Alpha Ambiental em Taubaté - SP, usina associada a ABRECON (Associação Brasileira de Reciclagem da Construção Civil), em um curso de gerenciamento de uma usina de reciclagem de entulhos
Fonte do texto:newtonpaiva.br