07 maio 2014

A IMPORTÂNCIA DE UMA USINA DE TRIAGEM E RECICLAGEM EM UMA CIDADE PARA O MONITORAMENTO

Dando continuidade as quatro ultimas postagens sobre a gestão e monitoramento dos entulhos da construção civil sigo enfrente com a importância que uma Usina de Triagem e Reciclagem de entulhos pode ter para um município, seguindo dados de Vitoria no Espirito Santo. 

A importancia da Usina de triagem e reciclagem como instrumento de monitoramento
A importância da Usina de triagem e reciclagem

A Usina de triagem e reciclagem 

A Usina de Triagem e Reciclagem será filiada ao sindicato patronal servindo como estratégia de gestão no processo de reciclagem de RCDs. O processo usado na fábrica recolhe resíduos do tipo A, que inclui a caliça das obras de construção (restos de material cerâmico, concreto, argamassa) e tritura, transformando os materiais em areia, brita, pedrisco e rachão, ou seja, entra como resíduos e saí como matéria prima. Esses insumos serão comercializados e tendo uma nova utilização na construção civil com o preço mais acessível que os produtos não reciclados, minimizando os custos de uma obra e evitando a extração de materiais no meio ambiente.
Grande parte destes materiais, quando separados, pode ser transformada em matéria-prima de excelente qualidade, respeitando suas características físico-químicas. Os agregados reciclados podem ser utilizados na regularização de níveis, substituição progressiva dos agregados naturais utilizados na fabricação de concreto, argamassa e artefatos de concreto (piso, vasos, blocos de alvenaria, tubos de drenagem, entre outros).
Esses resíduos têm um elevado potencial, podendo ser utilizados em aterramentos e reconstituição de terreno; execução de estacas ou sapatas para muro de pequenas cargas; lastro e contrapiso em áreas comuns externas e passeios públicos; sistema de drenagem em estacionamentos, poços de elevadores e floreiras; assentamento de blocos e lajotas e enchimento em geral: alvenarias, lajes desniveladas e escadarias.
A reciclagem favorece o reaproveitamento dos resíduos atribuindo-lhes valor a partir de sua transformação, promovendo assim o aumento da vida útil dos aterros, a preservação dos recursos naturais e da qualidade de vida urbana, ou seja, gerando lucro e não destruindo o meio ambiente.

A importância da Usina de triagem e reciclagem
A importância da Usina de triagem e reciclagem

Podem ser encaminhados para a usina os seguintes resíduos: fragmentos de alvenaria de componentes cerâmicos, de blocos de concreto, de concreto armado ou não, sem fôrmas; fragmentos de lajes e de pisos; argamassas de cal, de cimento ou mistas, de assentamento ou revestimento; componentes de concreto ou cerâmico: blocos, tijolos, telhas, tubos, briquetes, lajotas para laje; fragmentos de pedra britada e de areia naturais, sem presença significativa de terra ou outros materiais.
A usina contempla as seguintes instalações: recepção e análise visual dos resíduos recebidos; disposição em áreas para triagem; triagem e retirada de contaminantes dos resíduos; manejo, estocagem e expedição de rejeitos; processamento dos resíduos (pré-classificação, britagem, peneiração, rebritagem e transporte); retirada de contaminantes após a britagem (impurezas metálicas ferrosas e outras); pilhas de agregado reciclado na forma de “brita corrida”; pilhas de agregados reciclados peneirados; estocagem de agregado reciclado e a expedição.
Os resíduos serão transportados até o pátio de recebimento da usina e armazenados em pilhas com características semelhantes. Em seguida ocorre a triagem que promove a separação de outros materiais recicláveis (lembrando que esses resíduos deverão chegar à usina, já separados corretamente da fonte, pois a empresa geradora poderá ser autuada) sendo estes encaminhados para uma área especifica da usina. Os resíduos que não forem de classe A serão separados e encaminhados para a destinação correta.
Os equipamentos utilizados nas usinas de reciclagem são semelhantes aos utilizados pelas empresas mineradoras, como correias transportadoras, eletroímãs, britadores de impacto, conjunto de peneiras e classificadores de granulometria. Após a reciclagem desses resíduos ele é estocado e retornando ao mercado como insumos para as empresas de construção civil. Isso irá contribuir significativamente para redução dos impactos causados por esses resíduos no município de Vitória, trazendo benefícios sociais, ambientais econômicos além de viabilizar o retorno de materiais, por meio dos canais reversos de distribuição agregando valor ao produto. 
O presente trabalho mostra que o manejo adequado do RCD requer um programa de informação, mobilização social, controle e fiscalização e uma mudança da postura existente no município. O descumprimento de cada regra acarretará penalidades que permitirão o disciplinamento desses diversos agentes. 
Entre as principais ações implementadas nesse programa estão: o monitoramento dos riscos e impactos ambientais resultantes da implantação do plano; fiscalizar a adequação de todos os agentes geradores e coletores às normas do novo sistema de gestão, inclusive seu cadastro junto ao órgão fiscalizador; fiscalizar a ação dos geradores, inclusive quanto ao correto uso dos equipamentos de coleta, de forma que eles não repassem aos coletores as responsabilidades que não lhes competem; fiscalizar a existência e cumprimento dos Programas de Gerenciamento de Resíduos dentro dos canteiros de obra; acabar com a operação de bota foras e o surgimento de outras áreas para a deposição de RCD não licenciadas e incompatíveis com o novo sistema de gestão; estabelecer instrumentos de registro sistemático das ações de fiscalização e controle empreendidas de maneira a tornar possível a avaliação periódica da sua eficácia e aperfeiçoamento; controlar estatisticamente, ou seja, da geração e da destinação final adequada dos RCD no sentido de se averiguar a gestão dos resíduos no município de Vitória. 
O construtor antes de iniciar a obra deverá fazer um levantamento da quantidade e tipo de resíduo gerado. Os quantitativos devem ser encaminhados ao órgão gestor de meio ambiente, SEMMAM, pelo Sinduscon, por meio de formulário. Durante a execução da obra o órgão gestor de meio ambiente e o Sinduscon fiscalizam se os procedimentos estão conforme o estabelecido no programa de gerenciamento de resíduos. 
No final da obra, o construtor deverá prestar conta dos resíduos gerados através de um relatório que contenha informações sobre a quantidade prevista e a quantidade gerada, como também a empresa responsável pelo transporte e o local da destinação final. 
Fonte: http://www.creaes.org.br/img/artigo_rdc.pdf