11 maio 2012

LIXO QUAL AS DIFERENÇAS PARA O QUE PODE E NÃO PODE SER RECICLADO ?

O CONCEITO DE LIXO

RECICLAGEM DE RESÍDUOS
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Lixo é todo e qualquer resíduo proveniente das atividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas. Comumente, é definido como aquilo que ninguém quer. Porém, precisamos reciclar este conceito, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. Grande parte dos materiais que vão para o lixo pode (e deveria) ser reciclada.
Tipos de lixo
Lixo Domiciliar/Urbano
É constituído pelo lixo de nossas casas, bares, lanchonetes, restaurantes, repartições públicas, lojas, supermercados, feiras e do comércio. Compõem-se principalmente de: sobras de alimentos, embalagens, papéis, papelões, plásticos, vidros, trapos, etc. Esse lixo normalmente é encaminhando para Aterros Sanitários.
Lixo Industrial
É o lixo produzido pelas indústrias, que possui características peculiares dependendo das matérias-primas utilizadas. Pode ser perigoso, até mesmo tóxico, e, por isto, a menos que passe por processos de tratamento específicos, não pode ter sua disposição final no mesmo local do lixo domiciliar.
Lixo Hospitalar
Pelas múltiplas possibilidades que apresenta de transmitir doenças de hospitais, deve ser transportado em veículos especiais. Assim como o lixo industrial, a menos que passe por processos de tratamento específico, deve ser disposto em local apropriado ou ir para os incineradores.
Lixo Agrícola
Esterco, fertilizantes.
Lixo Tecnológico
TVs, rádios, aparelhos eletrônicos em geral.
Números do lixo no Brasil
A quantidade de lixo produzida semanalmente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados existir, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas, etc.
Em torno de 88% do lixo doméstico brasileiro vai para o aterro sanitário. A fermentação gera dois produtos: o chorume e o gás metano.
Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Isso acontece porque reciclar é 15 vezes mais caro do que simplesmente jogar o lixo em aterros. A título de comparação, o percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de 40%.
O QUE É RECICLAGEM?
Reciclagem é o retorno da matéria-prima ao ciclo de produção do qual foi descartado. O termo, porém, já vem sendo usado popularmente para designar o conjunto de técnicas envolvidas nesse processo: a coleta dos materiais que se tornariam lixo (ou que já estão no lixo), a separação desses materiais e o seu processamento.
O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.
POR QUE RECICLAR?
A reciclagem de materiais é muito importante, tanto para diminuir o acúmulo de dejetos, quanto para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Além disso, reciclar causa menos poluição ao ar, à água e ao solo.
A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista.
O consumidor pode auxiliar no processo de reciclagem das empresas. Se separarmos todo o lixo produzido em residências, impedimos que a sucata se misture aos restos de alimentos, o que facilita seu reaproveitamento pelas indústrias. Dessa forma, evitamos também a poluição.
Nos países desenvolvidos como França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino dos detritos e o consumidor também tem que fazer a sua parte. Quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, por exemplo, é preciso entregar a pilha usada.
Vantagens da reciclagem
Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita. Quantas latinhas de refrigerante você já jogou fora até hoje? Saiba também que uma lata de alumínio leva de 80 a 100 anos para decompor-se.
Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes. Em compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar 1 milhão de anos para decompor-se.
A reciclagem favorece a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo dificilmente o joga nas vias públicas.
A reciclagem gera renda pela comercialização do material a ser reciclado.
A reciclagem dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta. Assim, as pessoas se sentem mais responsáveis pelo lixo que geram.
COMO RECICLAR
Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente. (veja o que é coleta seletiva no item seguinte).
Passo a passo
1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe, afinal, não adianta separar plástico se a entidade só recebe papel.
2. Para uma coleta ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis. Entre os recicláveis, separe papel, metal, vidro e plástico.
3. Veja exemplos de materiais recicláveis:
Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
Vidros: garrafas, copos, recipientes.
Metal: latas de aço e de alumínio, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os materiais recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.
Atenção
Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo: garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.
O QUE É COLETA SELETIVA?
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e por catadores.
A coleta seletiva domiciliar assemelha-se ao procedimento clássico de coleta normal de lixo. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos que não coincidam com a coleta normal.
A coleta em PEV (Postos de Entrega Voluntária) ou em LEV (Locais de Entrega Voluntária) utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis.
A modalidade de coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material entregue por algum bem ou benefício.
O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis.
Simbologias e cores na reciclagem
As cores dos contêineres apropriados para a coleta seletiva de lixo:
Azul: papel e papelão
Amarelo: metais
Vermelho: plásticos
Verde: vidros
Preta: madeiras
Até hoje não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos contêineres utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.
Saiba o que pode e o que não pode ser reciclado
Existem diversos tipos de materiais que podem ser reciclados. No entanto, é preciso tomar cuidado porque, em muitos casos, esses materiais apresentam derivações que não são recicláveis. Por exemplo: o papel, em geral, pode ser reciclado. Mas aquele papel de etiquetas e de fotografias não pode ser reaproveitado.
Exemplos
Papel reciclável
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Jornais e revistas
Folhas de caderno
Formulários de computador
Caixas em geral
Aparas de papel
Fotocópias
Envelopes
Provas
Rascunhos
Cartazes velhos
Papel de fax
Papel não reciclável
Etiqueta adesiva
Papel carbono
Fita crepe
Papéis sanitários
Papéis metalizados
Papéis parafinados
Papéis plastificados
Papéis sujos
Guardanapos
Pontas de cigarro
Fotografias
Metal reciclável
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
RECICLAGEM DE RESÍDUOS

Lata de folha de flandres (lata de óleo, de salsicha, leite em pó etc)
Lata de alumínio
Sucatas de reformas
Metal não reciclável
Esponjas de aço
C anos
Vidros recicláveis
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Embalagens
Garrafas de vários formatos
Copos
Vidros não recicláveis
Espelhos
Vidros planos
Lâmpadas
Cerâmica
Porcelana
Tubos de TV - gesso
Plástico reciclável
Embalagem de refrigerante
Embalagem de material de limpeza
Copinho de café
Embalagem de margarina
Canos e tubos
Sacos plásticos em geral
Plástico não reciclável
Cabo de panela
Tomadas
Embalagem de biscoito
Misturas de papel, plásticos e metais

SAIBA COMO FAZER PAPEL RECICLADO
Material necessário
Papel e água
Bacias: rasa e funda
Balde
Moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
Moldura de madeira vazada (sem tela)
Liquidificador
Jornal ou feltro
Pano (ex.: morim)
Esponjas ou trapos
Varal e pregadores
Prensa ou duas tábuas de madeira
Peneira côncava (com "barriga")
Mesa
Passo a passo
Passo 1: Preparando a polpa:
Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta.
Passo 2: Fazendo o papel:
a) Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.
b) Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
c) Suspenda as molduras ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
d) Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.
e) Tire o excesso de água com uma esponja.
f) Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o jornal ou morim.
Passo 3: Prensando as folhas
Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:
a) Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.
b) Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.
c) Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro pesado por uma semana.
Passo 4: efeitos decorativos
a) Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
b) Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.
c) Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.
d) Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à polpa.
Dicas importantes
A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou grampos.
Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificador
Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.
Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).
A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.
Fonte: www.ajudabrasil.org