Os resíduos especiais são materiais que, devido aos seus riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente, exigem manejo e tratamento específicos, diferentes dos resíduos comuns.
Os resíduos animais são subprodutos da pecuária, processamento de carne
e serviços de saúde animal que também requerem gestão adequada.
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| COLETA DE RESÍDUOS VOLUMOSOS |
Na grande maioria das cidades
os resíduos considerados volumosos são removidos pelo próprio produtor. Porém,
existem em muitos municípios coletas bancadas pela municipalidade denominadas
“Operação Bota-fora, Cata bagulho, Cata treco”. Essas operações funcionam em
dias predeterminados, em itinerários preestabelecidos, com muita campanha de
esclarecimento e orientação a população envolvida. A administração coloca
caminhões de carroçaria de madeira ou basculante munidos de guindaste tipo
Munck, que fazem o recolhimento desses entulhos constituídos geralmente por
móveis, geladeiras, fogões restos de mudanças em geral, colchões, máquinas de
lavar roupas e outros. Esses resíduos são levados para alguma entidade
assistencial e após triagem, são recuperados e doados às camadas menos
favorecida da população. É bom lembrar que alguns desses objetos quando jogados
no fundo do quintal, pode ser reservatório de água de chuva e contribuir em
muito para a proliferação da Dengue.
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| Poda de Arvores |
São resíduos originários da
poda da vegetação existente nos jardins, praças, vias e logradouros públicos e
até em quintais particulares. Normalmente, para a realização dessa tarefa,
utilizam-se caminhões munidos de carroçaria de madeira. Em função das características
do material a ser transportado (galhos, pequenas árvores e arbustos) é
necessário efetuar diversas viagens ao local de disposição, devido aos espaços
vazios que sobram na carga. Hoje em dia está muito difundido o uso de picadores
de galhos. Esses equipamentos são um conjunto formado por um rotor provido de
lâminas acionados, por gerador, por motores à combustão ou acoplado no terceiro
eixo de força de um trator tipo agrícola e a carreta que serve em parte para o
transporte dos equipamentos e também para armazenamento dos cavacos. Esses
cavacos são levados à carreta ou à carroçaria de outro caminhão, pela impulsão
da própria força centrífuga do rotor, por intermédio de duto ou tubulação.
Os picadores atualmente
existentes no mercado variam de potência dependendo da finalidade do seu uso.
Normalmente se reduz o volume de poda em até 1/15 do original. O cavaco
originário serve como forração de canteiros agrícola, cama de frango e outros.
Em algumas cidades, como já verificado destinam esse tipo de resíduo para
olarias, onde é utilizado como lenha e em contrapartida, esses estabelecimentos
doam tijolos e telhas para a manutenção de escolas e creches municipais.
Coleta de Animais Mortos
Um dos problemas que ocorre
nos centros urbanos é o aparecimento de animais mortos nas vias públicas,
vitimados geralmente em acidentes de trânsito (atropelamento) e cuja remoção
tem que ser de imediato. Podemos classificá-los de duas maneiras:
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| Animais Mortos |
Animais vivos abandonados ou perdidos são recolhidos pela municipalidade, transportados em veículos apropriados com rampa na parte traseira, enviados a cocheiras públicas, onde aguardarão sua retirada pelo proprietário ou leiloados.
Coletas de Animais de Pequeno Porte
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| Animais Mortos |
A maioria dos animais mortos
de pequeno porte (cães e gatos), quando encontrados em vias públicas, são
recolhidos da mesma forma que a descrita acima, para animais maiores. Outra
atividade é o recolhimento de cães vivos que ficam perambulando pelas vias e
logradouros públicos.
Para isso são utilizados veículos tipo jaula
denominados “carrocinhas” que após a apreensão levam os animais para o Serviço
de Apreensão de Animais para posteriormente, se não forem reclamados e
retirados pelos donos em três dias, serem sacrificados.
Os animais, depois de mortos,
são colocados em sacos plásticos e transportados em veículos hermeticamente
fechados, para os incineradores de resíduos de serviços de saúde em cidades
pequenas onde a quantidade de animais mortos é bem menor, e devido à falta de
um sistema de incineração, os mesmos são levados e enterrados nos aterros
sanitários, em valas especiais.
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| Resíduos de Saúde |
Os resíduos de serviços de
saúde gerados em: hospitais, postos de saúde, prontos-socorros, ambulatórios,
clínicas, farmácias, serviços veterinários e outros, normalmente são recolhidos
de duas maneiras.
A primeira é nos centros de
grande e médio porte que contratam empresas especializadas neste tipo de
atividade, que coletam esses resíduos em furgões com carroçarias especialmente
projetadas e fabricadas para esse fim, que não permitem qualquer visualização
da carga e também não deixam o sangue ou outro líquido escorrer pelas vias
públicas.
Após o seu recolhimento os mesmos são
transportados para serem tratados em incineradores, sistema de micro-ondas,
autoclaves e outros. Nesses locais pode ser adaptado um dispositivo pneumático
que ergue a frente do veículo fazendo com que a carga deslize para traz.
Não podemos esquecer que este tipo de coleta
especial é caro em comparação com a coleta normal de resíduos domiciliares e, portanto,
deve ser cobrado um valor diferenciado da fonte geradora. Esses
estabelecimentos, por conseguinte, farão uma segregação dos resíduos,
diferenciando o que é realmente lixo séptico (do paciente ou que teve contato
com o mesmo) do lixo tipo doméstico (material de escritório, recepção,
refeitório de visitantes) que pode ser coletado pelo serviço de coleta regular.
A segunda forma é em cidades
de pequeno porte onde a produção desse tipo de resíduo não comporta a aquisição
de um veículo especial ou a contratação de empresas especializada nesse
recolhimento. Neste caso o lixo ainda é misturado com o resíduo doméstico e
recolhido pela coleta regular. O que é recomendado, se possível, que esses
resíduos sejam acondicionados em sacos plásticos na cor branca (mais resistentes),
para posterior disposição em pequenas valas impermeabilizadas com manta de PEAD
e com cobertura, escavadas no próprio aterro sanitário.
| RESÍDUOS VOLUMOSOS |
O gerador particular aluga essa caixa, e a
mesma permanece defronte a obra por dois ou mais dias até seu esgotamento.
O destino desse material inerte, nas grandes
cidades, são os aterros especialmente construídos para esse tipo de resíduo nos
próprios aterros sanitários, em locais reservados para esse fim.
Não é aconselhado a misturado lixo doméstico
com esse tipo de resíduo, pois em muitas vezes este último é constituído de
grandes blocos e lajes de concreto, que ocasionará danos no equipamento ou
dificuldade na operação do aterro sanitário.
Hoje, já existe no mercado, um equipamento
tipo moinho, utilizado em pedreiras, que faz a moagem desses restos de
construção, constituídos especialmente de telhas e paredes de tijolos ou
blocos, desde que não possuam em seu meio vigas ou outro elemento de concreto.
O material resultante desta moagem serve para nivelamento de terrenos e vias
públicas.
Um resíduo industrial que não é citado no texto abaixo é o que se ver falar na foto
Existem três tipos de resíduos
que podem ser gerados em estabelecimentos industriais. Esses são divididos em
três classes, conforme segue:
Resíduos classe I - perigosos gerados na área
fabril.
Resíduos classe II - não inertes, gerados na
área fabril e nos refeitórios, banheiros, vestiários e administração.
Resíduo classe III – inertes, gerados na área
fabril ou demolições.
A coleta desse lixo industrial gerado por
grandes estabelecimentos não é atribuição do serviço de limpeza urbana.
Os geradores normalmente contratam empresas
especializadas para coleta e transporte até o destino final.
Esses resíduos são
acondicionados em caçambas estacionárias intercambiáveis nas quais são
armazenados todos os resíduos gerados, tanto na área fabril como nos
refeitórios, banheiros, vestiários e administração.
Quando uma indústria gera
resíduos de classe 2 – não inertes e de classe 1 –perigosos, esses últimos
devem ser separados dos demais devido as formas especiais de tratamento e
disposição que normalmente é cobrado por peso com um valor muito alto.
Para cada tipo de resíduo
gerado na linha de produção, classificado como classe 1 ou 2, a empresa deverá,
para sua remoção, obter o CADRI –Certificado de Autorização Para Disposição de
Resíduos Industriais, emitido pelo órgão ambiental. Nele será mostrado o tipo
de resíduo, sua classificação, a quantidade gerada e local de tratamento ou
disposição final do mesmo. Pequenas indústrias que geram muito pouco resíduos,
normalmente colocam os mesmos em recipientes para serem coletados pelo serviço
de coleta regular do município. Os resíduos químicos oriundos de laboratórios
de centros de pesquisas, escolas e particulares não industriais, têm os mesmos
procedimentos dos resíduos industriais Classe 1, abrangido neste item.
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| resíduos radioativos |
Os chamados lixos atômicos,
potencialmente perigosos, exigem técnica e cautela para o seu manuseio,
transporte e tratamento. A maior parte desses resíduos provém de
reprocessamento em usinas nucleares ou em laboratórios de pesquisa. Em nosso
país, cabe a união, com exclusividade, a remoção e tratamento desse lixo. Todo
e qualquer material ou equipamento onde em seu conteúdo houver elemento
radioativo deve ter seu cadastro no CNEN-Comissão Nacional de Energia Nuclear
que deve ser comunicado em caso de translado.
Coleta pelo Próprio
Produtor
Todo material que não se enquadra na definição
legal de lixo, deve ser removido para tratamento e disposição pelo próprio
produtor. As remoções pelo próprio produtor ou seus prepostos aliviam a coleta
regular, mas exigem uma rígida fiscalização a fim de disciplinar as condições
de transporte e evitar descargas em terrenos baldios e beiras de estradas.
Outros graves problemas
causados quando das descargas pelo próprio gerador em aterros sem fiscalização
ou vazadouros não legalizados, é a queima desses resíduos para evitar
identificação, ou a atração de catadores que imaginam retirar materiais de
valor para seu sustento. Como nos resíduos gerados na construção civil, a
coleta e transporte de resíduos é realizada com a contratação de empresa
especializada que efetua essa atividade através do intercâmbio das caixas
metálicas transportadas por caminhões poliguindastes. No Estado de São Paulo, a
empresa contratada pelo gerador dos resíduos é obrigada a ser cadastrada no
órgão oficial de controle da poluição. A legislação vigente considera o gerador
como responsável pelos resíduos até seu destino final e não só a empresa
contratada para os remover. Portanto, qualquer penalidade recairá sobre os
dois. Como exemplo, vamos calcular quantos caminhões poliguindaste necessita
uma cidade com os seguintes dados:
- Velocidade de deslocamento na cidade = 25 km/h
- Velocidade de deslocamento na estrada = 35 Km/h
- Tempo de coleta de uma caixa brooks = 10 minutos
- Tempo de pesagem e basculamento no aterro = 15 minutos
- Distância do centro ao início da estrada do aterro = 3 Km
- Distância do perímetro urbano ao aterro = 7 Km
- Quantidade de lixo gerado em diversas obras = 9 t/dia
- Horas trabalhadas = 8 h/dia
- Capacidade de cada caixa = 1,5 t
- Distância da garagem a 1ª caixa = D1 = 1 KM
- Distância da 1ª caixa ao aterro = D2 = D3 = D4 = D5 = D6 = D7 = 3 + 7 = 10 km
- Distância do aterro a garagem = D8 = 11 km
Cálculos:
Quantidade de caixas
necessárias: QD = 9 t/dia: 1,5 = 6 caixas Quilometragem percorrida pelo
caminhão poliguindaste: QC = D1 + 2D2 + 2D3 + 2D4 +2D5 + 2D6 + 2D7 + D8
Tempo de coleta: TC = T1 + 2T2
+ 2T3 + 2T4 + 2T5 + 2T6 + 2T7 + T8
9. Outros
Qualquer outro resíduo não mencionado nos itens anteriores deverá ter sua remoção a cargo do gerador, que providenciará seu transporte com a contratação de empresa especializada. A administração só deverá efetuar essa remoção se houver qualquer tipo de risco a população. Após isso, se o gerador for identificado, a municipalidade solicitará o ressarcimento do custo dessa operação









