26 março 2022

COOCARES DEVE SER ENCERRADA E CATADORES VÃO REATIVAR ASSOCIAÇÃO

 Depois de perder diversas oportunidades, principalmente de repasse de verbas do poder público municipal, a cooperativa dos catadores e Recicladores de Materiais Recicláveis do Sudoeste Mineiro LTDA. (Coocares), deve encerrar atividades sendo assumida com o mesmo propósito na forma de uma Associação que foi criada em 2005 e está desativada desde 2018. A possibilidade surgiu em meados desta semana, depois de uma reunião entre a diretoria uma vereadora, uma doutoranda em coleta seletiva de lixo, advogados e contador especializado em assuntos relacionados ao cooperativismo.

 

COOCARES DEVE SER ENCERRADA E CATADORES VÃO REATIVAR ASSOCIAÇÃO
COOCARES DEVE SER ENCERRADA E CATADORES VÃO REATIVAR ASSOCIAÇÃO

 Até a denominação Coocares vem sendo divulgada publicamente de forma errônea, porque ao ser criada como cooperativa o nome gerado corretamente é Cocares. Em 6 de julho deste ano ela vai completar 17 Anos de existência mas nunca pode ser beneficiada com recursos públicos, em razão de não ter documentação em dia, e ser considerada uma empresa que objetiva ter lucros, mais seus dirigentes afirmam que na realidade, a receita que conseguem com a venda de diversos tipos de materiais recicláveis é para cobrir as despesas e ratear o restante com catadores de rua e do setor de triagem.

Os motivos levaram a paralisação da associação em 2018 da Associação dos catadores e recicladores de matérias Reaproveitáveis do Sudoeste Mineiro Limitada, o presidente da Cocares, Olario Alves Ribeiro, não quis entrar em detalhes, mas resumiu que foram os desentendimentos internos de um grupo de 40 associados, incluindo os próprios fundadores. Na época, ele e mais 16 pessoas continuaram na atividade, porem num formato de cooperativa de catadores.

Olario e os demais membros da atual diretoria estão animados com a sugestão de reativar a entidade, porque pode ser reconhecida com bem de utilidade pública e ajudada. “Com a ajuda da vereadora conseguimos documentação arquivada há anos com um contador de Passos para ser entregue a um outro voluntário Juliano Beluomini que vai regulariza-la novamente. Estamos tendo também a colaboração da vereadora Gilmara Silveira de Oliveira e orientação jurídica dos Advogados Marcos Baldini e Ana Célia. De público agradeço a todos que estão ajudando”, Declarou.

Para que a associação seja reativada, contou que nos próximos dias outras pessoas como o parceiro Frank Dias Ferreira, a secretaria municipal da Assistência Social Trabalho e Renda (Sedest), Carla Pimentel, que formam uma força tarefa, vão trabalhar para resolver a situação. “A análise dos documentos será feita pelo contador, a vereadora e os advogados, além de pendências financeiras, principalmente com a receita federal. Pelo que eles me falaram, no máximo em 30 dias a Cocares será desativada, vamos seguir nesta vida com os recicláveis dentro da legalidade de uma associação, e as pessoas que fazem parte dele, terem plenas condições de viver dignamente, e ainda receberem ajuda da prefeitura, vereadores, deputados ou de qualquer pessoa que necessite de comprovante de doação de recicláveis” Salientou.

Exatamente por não ser regularizada perante o físico, a Cocares deixou de receber R$30 Mil da Câmara Municipal que beneficiou outras entidades com o mesmo valor ou abaixo. Para piorar a situação está por vencer o terceiro mês sem quitar o Aluguel do barracão R$8.100 que serve como deposito, triagem e embalagens de recicláveis.

Há meses a cooperativa ficou sem o veículo para coleta de materiais colocados na calçada ou doados, mas um ruralista que não autorizou revelar o nome publicamente, emprestou sem ônus durante quatro meses, uma camionete usada. Hoje são cinco catadores fixos que utilizam carrinhos para a coleta de porta a porta, e apenas três na triagem.

Olário Lamenta que a crise financeira que atravessa o Brasil, incluindo os valores dos combustíveis, estejam prejudicando bastante a comercialização dos recicláveis. “Juntando vidro e papeis estou com 17 toneladas para vender, mas os compradores de outras cidades, além de pagar o valor abaixo do mercado, estão recusando a vir no barracão por causa do óleo diesel caro. Até mesmo os atravessadores estão rejeitando.

O alumínio e plástico eles buscam pagando bem, mas tinha pouco porque faltava o veículo para busca-los” explicou o presidente  

Fonte: Clic folha        

Nenhum comentário:

Postar um comentário