17 agosto 2012

O ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO


Risco invisível: o assédio moral nas relações de trabalho


Dados da Organização Internacional do Trabalho apontam que 42% dos brasileiros já sofreram assédio moral.

Vivemos em uma sociedade que se transforma a cada dia. Com os avanços tecnológicos,
 as pessoas passaram a se comunicar por meios eletrônicos, minimizando a comunicação pessoal. Para entender todo esse processo de mudança, um olhar mais atento para as relações interpessoais é urgente e necessário.

O ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
FORMAS DE ASSÉDIO MORAL

O problema da deterioração da qualidade das relações humanas muitas vezes aparece
 no trabalho. Um ambiente por vezes opressor, sem respeito, com diálogos ásperos e brincadeiras humilhantes, ferindo a dignidade e o respeito pelo outro. Está instaurado
 nesse ambiente um grave problema do século XXI: assédio moral. Ele provoca danos
 muitas vezes irreversíveis à saúde física e mental dos trabalhadores.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o assédio moral já é considerado um grave problema para a saúde pública. O levantamento revela, ainda, 
que 42% dos brasileiros disseram ter sofrido algum tipo de assédio moral.

Um estudo de caso publicado no site da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra
 que, na Bulgária, o assédio moral e sexual é muito comum no local de trabalho. 
O principal aspecto para esse fato baseia-se no papel do homem e da mulher na
 sociedade, sendo que, tradicionalmente, a mulher sempre foi vista como objeto sexual.

No Brasil, na última década foram registrados avanços a respeito desse tema. 
O debate sobre os princípios éticos no trabalho ganhou destaque nas discussões parlamentares, empresariais e em diversos sindicatos.

É importante ressaltar que devem ser tomados cuidados para não se criar um clima de histerismo a respeito do tema e evitar que situações pontuais no ambiente de trabalho
 sejam tabuladas como assédio moral. Esclarecendo: um ato isolado não é assédio
 moral. Para que uma conduta equivocada no ambiente de trabalho seja entendida
 como assédio, alguns aspectos são importantes, como repetição sistemática, intencionalidade, direcionalidade, temporalidade e degradação e liberada das condições
 de trabalho.

No entanto, práticas constantes de violação ao respeito, dignidade humana, cidadania, 
imagem, honradez e autoestima devem ser tratadas como coação moral, pois ferem o
 direito à igualdade prevista na Constituição federal. O trabalho não se restringe à mera dependência econômica subordinada, mas prevê o respeito ao outro, a cooperação e reconhecimento, autonomia do saber-fazer, justiça e afetividade ética.

Em um período de constantes avanços científicos e tecnológicos, temos de voltar a
 atenção aos princípios básicos de convivência humana. As relações de trabalho devem priorizar a dignidade humana e a ética profissional.

É preciso rever as práticas e os valores sobre as relações humanas e tentar impedir que
 esse risco invisível no mundo do trabalho prejudique o dia a dia e o desenvolvimento profissional dos de trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.

Fonte do texto: Fabrício Vieira de Moraes / coordenador pedagógico do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva Fonte: IG Carreiras.

12 agosto 2012

QUANDO EU ME AMEI DE VERDADE - Charles Chaplin.


Aprendendo um Dia de cada vez

QUANDO EU ME AMEI DE VERDADE - Charles Chaplin.
QUANDO EU ME AMEI DE VERDADE - Charles Chaplin.


A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM


A importância da reciclagem


Reciclagem

Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de alumínio, reciclagem de papel, respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva de lixo, reciclagem de plástico



A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM
A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade  foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra.

Importância e vantagens da reciclagem 

A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.

No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.

Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.




Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser utilizado na agricultura.

Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter, muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.

Exemplos de Produtos Recicláveis

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.

- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.

- Embalagens longa vida: de leite, de tomate, de sucos, etc.
Fonte do texto: suapesquisa.com

03 agosto 2012

DICAS PARA SE TER HARMONIA NO TRABALHO


DICAS PARA SE TER HARMONIA NO TRABALHO

Dicas para se ter harmonia no trabalho
Dicas para se ter harmonia no trabalho

1-Não demita um empregado por não desenvolver bem uma tarefa. Dê-lhe uma segunda chance. Mude-o de função, de setor. Às vezes ele não tem aptidão para um determinado trabalho, mas pode ser excelente em outro.

2-Quando no calor de reivindicações dos funcionários, não se comprometa sob pressão. Diga que vai ‘estudar o caso’ e que dará resposta posterior. Dê-se um tempo para refletir. Prefira não fazer compromisso, a se compromisar e depois retroceder.

3-Ao defrontar-se com alguém com dificuldade para realizar uma tarefa, que para você é simples, não o ridicularize. Afinal, não existe gente burra, o que existe são inteligências indomadas.

4-O comércio é uma atividade milenar que movimenta pessoas e riquezas. E a hombridade é o bem maior. Ela o fortalece e o mantém vivo de ‘pai para filho’. Por isso, garanta aquilo que vende. Se você não der garantia do que lhe comprarem, que garantia terá de receber o que vendeu?

5-Não sofistique o simples. O parafuso e a roda já foram inventados. Faça seu trabalho com simplicidade, mas unindo vontade e interesse. Pense que as obras-primas surgem no instante em que há a união do capricho e do desprendimento físico.

6-Se você chefia uma equipe, não agrida os componentes. Fazê-lo é correr o risco deles se espelharem em você e tornar-se uma equipe agressiva.

7-Esmere-se para realizar uma obra, seja ela simples ou complexa. O valor de uma pessoa pode ser medido pelo esmero das suas realizações.

8-Não devemos fazer do trabalho uma guerra, mas um desafio que haveremos de vencer com vontade, coragem e luta. O trabalho honesto completa o homem, o faz respeitado, dignificado. Tenha essa honra: trabalhar; seja da mais complexa à mais simples tarefa.

9-A personalidade é a ‘marca registrada’ de uma pessoa. Mudá-la para agradar os outros é agir com falsidade. Nesse mundo de disputa de valores morais, é importante ser autêntico. Por isso, seja sempre o que você é, não o que os outros querem que seja!

10-Quando um bom profissional transfere a um iniciante seus conhecimentos há a formação de um novo bom profissional. Nessa progressão, em termos de bons profissionais, a empresa ganha um grupo e o país um batalhão.

11-Num ambiente de trabalho, fique aberto às sugestões, idéias e opiniões, mesmo que pareçam inócuas. Lembre-se que é entre os cascalhos que encontramos diamantes.

12-Atualize-se. Busque novidades da sua profissão. Não se permita a obsolescência intelectual. O mundo progride, progrida junto. Esteja vigilante. Mantenha-se no auge da sua profissão e não corra o risco de ser ultrapassado.
Fonte:    Inácio Dantas    (do livro ® “Dicas para um bom relacionamento no trabalho”)
Temas relacionados:inaciodantas.blogspot.com
 Temas complementares ( "dicas" de amor)

HARMONIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

HARMONIA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalhar em equipe exige sintonia entre os funcionários. Porém, não é raro encontrar no mundo corporativo pessoas dispostas a atrapalhar a produtividade dos colegas. Saiba identifica-las para tentar conviver com elas em paz.

A maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas no ambiente de trabalho. Além das atividades laborais, quem passa muito tempo na empresa tem um desafio: saber conviver com todos os colegas de trabalho. Quem consegue relacionar-se com pessoas que possuem gênios, caráter e personalidades diferentes tende a ser mais valorizado no mundo corporativo.

Saber lidar com diferentes pessoas não é complicado. Porém, não existe uma fórmula mágica para conviver em harmonia. Existem vários perfis dentro de uma empresa. Tem pessoas mais proativas, outras mais passivas. Há aqueles mais tímidos, os criativos, etc. Entendendo o jeito de ser de cada um, será possível trabalhar em equipe de forma harmoniosa.
Como manter a harmonia no ambiente de trabalho
Como manter a harmonia no ambiente de trabalho
Fonte:ecovap.blogspot.com.br


Contudo, há pessoas cujo perfil prejudica o trabalho na empresa. São aquelas consideradas "difíceis" dentro do ambiente corporativo por terem comportamentos indesejados. Quem reclama demais, é agressivo ao falar, é dissimulado, omite informações ou solta ao quatro ventos informações sigilosas da empresa, passa por cima de preceitos éticos para obter vantagens, puxa-saco dos colegas e do chefe em demasia e tem intolerância a receber sugestões, por exemplo, tem grandes chances de ser considerada uma pessoa difícil.

Nesses casos, é necessário verdadeiro jogo de cintura para conviver com pessoas assim. Mudá-las é difícil. Mas, por meio de algumas atitudes, podemos fazer com que elas façam uma autoanálise e decidam mudar por conta própria.

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Nessas situações é importante tentar saber o que motiva o comportamento negativo nessas pessoas. Às vezes, em uma simples conversa, percebemos que o indivíduo tem necessidade de chamar atenção, por exemplo. Em outros casos, a pessoa está insatisfeita com o trabalho ou até mesmo está passando por problemas pessoais.

Impor limites, propor mudanças internas na empresa ou oferecer programas motivacionais são algumas atitudes que podem melhorar o relacionamento pessoal entre os funcionários. Contudo, se o problema persistir e começar a prejudicar o andamento das atividades, comprometendo o resultado profissional, o caso precisa ser avaliado. Em casos extremos, é preciso tomar atitudes severas. No mundo cada vez mais competitivo, as empresas estão em busca de profissionais que colaborem com a empresa e não o contrário. Por isso, se a pessoa considerada difícil não melhorar e ainda estiver prejudicando a harmonia entre os colegas, é preciso desliga-la da empresa, é necessário fazer com que a pessoa reflita sobre o seu comportamento. Pessoas difíceis estão em todo lugar, mas é possível tentar resolver o problema. Basta agir com assertividade, postura e decisão. Quanto mais protelar, pior será para a empresa.

Adm. Sebastião Mello -Presidente do CFA
Fonte do Texto: administradores.com.br

02 agosto 2012

HUMANIZAÇÃO NO TRABALHO - UMA QUESTÃO DE LINGUAGEM

Humanização no Trabalho - uma questão de linguagem

HUMANIZAÇÃO NO TRABALHO - UMA QUESTÃO DE LINGUAGEM
HUMANIZAÇÃO NO TRABALHO - UMA QUESTÃO DE LINGUAGEM



Ao que tudo indica, a distância entre as realizações pessoais e profissionais está aumentando na medida em que os indivíduos estão passando por transformações que acabam refletindo uma preocupação que as organizações procuram administrar.

Desta forma, indivíduos e organizações estão passando por uma fase de ajustamento. No entanto, essas instituições enfrentam maiores dificuldades e os desafios parecem, às vezes, intransponíveis. O ambiente de trabalho ao mesmo tempo em que é palco de realizações pessoais é um cenário de sofrimento psíquico, em função de sua natureza ambígua, que precisa abarcar tanto a vida exterior como o universo íntimo das pessoas.

Mas não é somente o fato de ter de dirigir os esforços das pessoas para um determinado objetivo prático, com resultados específicos sob o comando de uma hierarquia de controle, que faz surgirem os desgastes psíquico e emocional. Esses interesses são, fundamentalmente, unilaterais e acabam provocando nas pessoas um isolamento e uma alienação com relação aos objetivos das organizações e das pessoas.

Ao trabalharem de maneira alienada e sem significado, as pessoas afastam-se da possibilidade de colaborarem mais conscientemente para os objetivos finais da organização. Além do fato de existir esse distanciamento, há a questão de não haver uma correspondência entre os valores individuais e os objetivos das empresas. Este é um fator crucial.

O alinhamento entre estes valores parece ser o maior desafio que estamos enfrentando atualmente. Afinal, ao mesmo tempo em que as pessoas estão em busca de maiores significados para suas vidas, isto parece não se dar com as organizações e empresas, que buscam somente a redução de despesas e aumento de seus lucros, muitas vezes por caminhos obscuros, sendo tragadas pela síndrome do imediatismo.

O fator mais crítico, entretanto, dessa situação se refere ao fato de que as organizações não sabem lidar com organismos vivos, muito embora se diga que a “humanização” é uma de suas metas. Vamos ver, todavia, em que medida esta afirmação não se sustenta.

Um indivíduo, como um sistema vivo (embora não o pareça para as organizações), está em constante adaptação ao seu meio ambiente por meio de “acoplamentos estruturais”, como diz a ciência cognitiva. Essa forma de se organizar, porém, tem seus limites e tolerâncias. Ao desprezar o mundo interno do indivíduo, as empresas criam uma condição imprópria ao seu desenvolvimento, na medida em que as nossas percepções dependem de uma visão mental, que é o mesmo que dizer que ela depende de nossa linguagem e, por força disso, vemos o mundo de acordo com ela e, portanto, estamos inseridos em um campo semântico onde as relações humanas só podem existir nesse contexto.

Ora, se as organizações criam suas próprias linguagens, isso quer dizer que o que é propriamente humano fica descartado dessas relações, o que exclui delas as significações sociais e, portanto, não poderá haver humanização.

O caráter objetivo das relações entre pessoas e empresas, estipulado pelas estruturas hierárquicas e regras formais dessas organizações, cria um ambiente que se sobrepõe ao que não é objetivo e, por força disso, há uma submissão da linguagem dos indivíduos, ou seja, de suas visões. Isso causa uma “divisão semântica” que tem como conseqüência uma conduta descompensatória nessa relação, propiciando uma fragmentação nessa visão em que as organizações se sentem autorizadas, pelas suas premissas, a condenar a subjetividade e passa a julgar e condenar os indivíduos pela autoridade de seu discurso lógico.

Essa mesma “lógica” não é senão fruto de uma imposição lingüística e, portanto, de uma subjetividade. Isso nos faz crer que o conhecimento do que se julga ser objetivo (regras da organização) não passa de uma impossibilidade. Como nos diz Humberto Maturana:

“Que somos animais que usam a razão, não há dúvida. Contudo, nós somos movidos pelas emoções como todo animal o é. A razão nos move apenas das emoções que surgem em nós no curso de nossas conversações (ou reflexões) no fluir entrelaçado de nosso linguajar e emocionar.”

Maturana fala do “emocionar” dando primazia a este em relação ao racional, como condição das nossas possibilidades como seres humanos, na medida em que só existimos na instância da nossa linguagem.
Quando essa subjetividade é negada, o indivíduo vê a organização como um objeto separado de sua própria realidade, uma vez que, afastados de si mesmos, passam a experimentar essa ilusão como uma fronteira que os separa, inclusive, da possibilidade de conhecerem esse universo que passa a ser vivenciado como uma limitação.

Não há, portanto, como haver humanização, mas uma retroalimentação e a extinção dessas relações sociais. Ainda como nos diz Maturana:

“Qualquer coisa que destrua ou limite a aceitação do outro, desde a competição até a posse da verdade, passando pela certeza ideológica, destrói ou limita o acontecimento do fenômeno social.”.

Como conseqüência direta desta situação, os indivíduos passam a sofrer com as imposições desses valores, restringindo e direcionando suas aspirações mais nobres a outros segmentos da sociedade.

Talvez neste ponto é que resida a esperança de uma transformação das organizações e, ao que parece, esta deverá se dar fora do domínio dessas instituições, cabendo ao indivíduo criar a próxima revolução nos negócios, pressionando essas estruturas de fora para dentro, a partir de novas associações ligadas a interesses mais amplos.
(Texto extraído do livro Liderança Criativa - de Celso Cardoso)
Fonte:por Instituto AION - celso@aions.com.br

01 agosto 2012

CUIDADO COM AS PALAVRAS

 CUIDADO COM AS PALAVRAS




 CUIDADO COM AS PALAVRAS
 CUIDADO COM AS PALAVRAS
 CUIDADO COM AS PALAVRAS
 CUIDADO COM AS PALAVRAS

O QUE É HUMANIZAÇÃO?


O que é Humanização?

 
O que é Humanização?
O que é Humanização?

 Encontrar um único conceito para definir esse termo não é tarefa fácil e não é objetivo deste estudo. Por ser amplamente enfocado nas grandes áreas de Ciências Humanas, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Linguísticas, dentre outras associadas(1); a Humanização é enfatizado nas mais variadas abordagens e vertentes emergentes que norteiam esse termo conforme a sua área de conhecimento.

Esse conhecimento advém do desenvolvimento humano que consiste na ontogênese dos processos evolutivos, isto é, descreve as fases ou trajetórias do ciclo de vida do indivíduo, considerando-o como um ser biológico durante determinado tempo e espaço, o que implica enfatizar as mudanças biológicas, temporais, culturais e sociais(2).
Nesse processo, o Ser Humano busca aprimorar todas as suas capacidades, interagindo com o meio no qual se encontra. Para isso, dispõe de instrumentos, naturais ou não, que servem como facilitadores para obtenção de resultados.
Partindo dessa premissa, um dos instrumentos utilizados é a comunicação, considerada como a relação processual entre um emissor e um receptor num ponto específico de tempo(3), no qual possibilita o intercâmbio de informações pertinentes, tornando-as úteis, quer dizer, atribuindo-as um significado, que produz um conhecimento. Esses advém de fatores biológicos e humanos, neste caso considerar a informação como um subsídio para a criação de conhecimento(4).
Zang Yuexiao, definiu que a informação pode gerar conhecimento. Para compreender esse fenômeno, esse autor baseou-se em conceitos relacionados à atividade humana, de forma mais filosófica(5), representando-a em quinze tipos, bem como as suas interrelações, (5,6).
Resumidamente, a Informação do tipo Filosófico pode conter um significado no qual possui conteúdo (semântica) ou caracteriza-se pelo processo de uma comunicação (não-semântica)(6). A do tipo Biológica caracteriza-se por enfatizar a informação e seus processos nos seres vivos, enquanto a Não-biológica enfatiza a informação e seus processos em objetos inanimados. Entretanto, a Informação do tipo Biológico é subdividida em Não humano e Humano, definida pela comunicação entre os seres vivos, que é o foco de atenção do tema proposto.
O tipo de Informação Humana diferencia-se por social, não-social, mental e não-mental. Humana não-social é definido pelas informações e seus caráteres antropológico, genético, fisiológico e neurológico. Humana social é lingüística, cultura, economia, política. Humana mental é informação conceitual e cognitiva. Humana não-mental considera a informação vinda do ambiente a partir de sua interação com o homem e suas atividades físicas.
O tipo Humano Mental e o tipo Humano Social, quando interagem, produzem formas de conhecimentos por meio de informações recebidas que modificam o conhecimento do seu receptor (conhecimento) ou aquela cuja as informações são como expressões, cumprimentos de mensagens do gênero, presentes nas relações diárias, mas que não alteram o conhecimento do receptor (não-conhecimento). Podem ser do tipo Científica (transmitida através de canais/meios científicos de comunicação) ou Não científica.


O que é Humanização?

O que é Humanização?

Nesse modo singular, as informações trabalhadas formam o conjunto do individuo e sua cultura, como os objetos, os instrumentos, a ciência, os valores, os hábitos e costumes, a lógica, as linguagens. Assim criamos a nossa humanidade, por meio da própria atividade humana, pelo conjunto das características e das qualidades expressas pelas habilidades, capacidades e aptidões que foram se formando ao longo da história(6,7).
Qualquer que seja o conceito filosófico, biológico ou humano analisado pode-se produzir conhecimento (não) do próprio indivíduo, refletindo em todo o seu meio (sociedade). Segundo Karl Marx(8), o “homem vive da natureza”. Nesse contexto entende que a natureza é seu corpo, com o qual tem de manter-se em constante permuta, objetivando amenizar o sofrer, evitar adoecer e protelar o quanto for possível o morrer.
Mas quando o adoecer é inevitável, o grupo de indivíduos é tomado por um mesmo sentimento, a necessidade de ajudar, o restabelecer a saúde. Isso pode significar humanização?
Entretanto, iniciando pelo contexto semântico, o denotativo da Humanização significa “ato ou efeito de humanizar” e humanizar significa(9):
  1. Tornar humano, tornar benévolo, tornar afável, dar a condição de homem.
  2. Humanizar-se, Civilizar.
Então, qual a “condição de homem” que se define? Aquele que se caracteriza pela disposição bondosa de promover a felicidade e prosperidade dos outros ou por generosidade e prazer em praticar boas ações? Pelo fato de ser um indivíduo em evolução, querer sair do egocentrismo e pertencer a algum grupo social, faz dele um ser Humano Humanizado?
Mas o que é então?
Segundo Betts (2003), “…sem comunicação não há Humanização”, baseia-se na capacidade da troca de informação por comunicação (verbal ou não verbal) entre indivíduos. Esse compromisso, teoricamente firmado, com a pessoa que está sofrendo, passa por estágios de motivação individual ou de ambas as partes. Essa motivação pode resultar do sentimento de compaixão piedosa por quem sofre ou da ideia de que assim contribuímos para o bem comum e para o bem-estar em geral; pelo estímulo nato da objetividade da investigação científica que exclui a subjetividade (ex.: medicina baseada em evidências) e, por fim, a solidariedade genuína(10).
Baraúna (2005) afirma que “a humanização é um processo de construção gradual, realizada através do compartilhamento de conhecimentos e de sentimentos”(11). Nesse contexto, humanizar é ter uma pré disposição para contribuir (o sentimento e o conhecimento) com o outro de forma ética, individualmente e independente, reconhecendo os limites, seus e o dele, compondo uma empatia entre indivíduos, possibilitando troca de informações.
Corroborando Baremblitt (2010) ao citar “À todos seja dado acesso ao que precisam segundo suas necessidades e a cada um as condições para desenvolver e exercitar suas capacidade”(12). Entende-se que cada indíviduo possui necessidades básicas de subsistência que devem ser supridas e diferenças que caracterizam uns e outros; essas diferenças se tornam peculiaridades que os individualiza, possibilitando canalizar as orientações para desenvolver as capacidades e colocá-las em práticas, especialmente no cuidado com a saúde.
Seja qual for, humanização pode ser compreendida como uma construção de conhecimentos e abordagens que emerge do indivíduo para indivíduos, conforme as necessidades individuais do outro.
Abordar a Humanização é analisar a própria evolução humana, enfatizar a ética e o relacionamento interpessoal; não se descartou o tema, apenas possibilitou mais espaços para avanços de outras áreas e/ou assuntos de interesses para o desenvolvimento técnico científico, protelando as questões de relacionamentos humanos(13). Possibilitar a intersecção entre a ética, o respeito, dignidade, individualismo entre indivíduos promove a humanização. Portanto, vale ressaltar que mesmo a sociedade valorizando o poder capitalista para sua sobrevivência, seja em qualquer campo dos negócios públicos ou privados, a questão sempre voltará para a qualidade da coletividade, tendo o ser humano como foco principal e riqueza de uma sociedade.

Para citações

Tetzlaff AAS (Hi Technologies). O que é Humanização? [online] 2010 Maio. [acessado em dia, mês ano]. Disponível em: hitechnologies.com.br
1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: Áreas de Conhecimento [homepage]. Brasilia: Ministério das Ciência e Tecnologia; 2006 [24 nov. 2009]. Disponível em: cnpq.br/
2 Dessen MA, Guedea MTD. A ciência do desenvolvimento humano: ajustando o foco de análise. Paidéia (Ribeirão Preto) [internet] Abr. 2005 [acessado em 26 abr. 2010]. Disponível em: scielo.br
3 Hall, R. H. Organizações: estrutura e processos. 3. ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1984.
4 Catto C, Silva Filho EM. A Informação como subsídio ao processo de comunicação. Rev. Estud. Comun. 2009, 10 (21): 11-19.
5 Yuexiao Z.. Definitions and sciences of information. Information Processing & Management.  1988, 24 (04): 479-491.
6 Moreira DA. Teoria e prática em gestão do conhecimento : Pesquisa exploratória sobre consultoria em gestão do conhecimento no Brasil .[Dissertação] Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. 174 p. Mestrado em Ciência da Informação. [citado em 27 abr. 2010]. Disponível em: .bibliotecadigital.ufmg.br/
7 Mello SA. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural . Rev. Perspectiva. 2007, 25(1): 83-104
8 Carli R. Prometeus. Filosofia em revista. 2009, 2 (4): 14-26
9 Moderno Dicionário da Língua Portuguesa [homepage]. São Paulo: Melhoramentos; c2009 [atualizado em 2010; acessado 19 abr. 2010] Disponível em: michaelis.uol.com.br
10 Betts J. Considerações sobre o que é o humano e o que é humanizar. Humaniza [online] 2003.[acessodo em 26 abr. 2010] Disponível em: portalhumaniza.org.br
11 Baraúna T. Humanizar a ação, para Humanizar o ato de Cuidar. Coruña, España: Creacción Integral e Innovació; [acesso em 19 abr. 2010]. Disponível em: .iacat.com
12 Baremblitt G. Que se entende por humanidade e humanização? (Portal Humaniza) [internet] [acesso em 19 abr. 2010]. Disponível em: .portalhumaniza.org.br
13 Costa WS. Humanização, Relacionamento Interpessoal e Ética. Caderno de Pesquisas em Administração. 2004, 1 (1): 17-21
Fonte:hitechnologies.com.br