02 abril 2018

O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!

Entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo anualmente. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora! Achou muito? A natureza também.
Sacolas plásticas não são o maior vilão do meio ambiente, mas o seu consumo excessivo é. As sacolinhas, tão práticas e gratuitas, têm um alto custo ambiental: para sua produção são consumidos petróleo ou gás natural (ambos recursos naturais não-renováveis), água e energia, e liberados efluentes (rejeitos líquidos) e emissões de gases tóxicos e do efeito estufa. Depois de usadas, muitas são descartadas de maneira incorreta, aumentando a poluição e ajudando a entupir bueiros que escoam as águas das chuvas ou indo parar nas matas e oceanos, sendo ingeridas por animais que morrem sufocados ou presos nelas. Pouquíssimas chegam a ser recicladas.
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
Consumir sacolas plásticas de maneira consciente significa refletir antes de aceitar uma sacolinha. A compra é pequena? Será que não cabe na sua bolsa ou bolso? Você já tem uma sacola retornável? Que tal adquirir uma e economizar 6 sacolinhas plásticas? Está certo que reutilizamos as sacolinhas plásticas como sacos de lixo, mas pense bem: você não pega muito mais sacolinhas do que realmente precisa?
Desenvolver este olhar sobre as sacolas plásticas é o primeiro passo para transformar os nossos hábitos de consumo. O consumo consciente leva em consideração o impacto individual de um produto – quanto consumiu de matéria-prima e insumos, quanto provocou de poluição em sua produção, se pode ser reciclado, etc. – e também o impacto coletivo do consumo somado de todos os cidadãos. A atitude responsável de cada um faz enorme diferença para a qualidade de vida de todos.

Recusar, reduzir, reutilizar

Quanto se trata de sacolas plásticas, a primeira atitude é RECUSAR sempre que possível. Novos hábitos vão ajudá-lo nesta tarefa e logo será estranho aceitar uma sacola plástica no comércio. Dizer simplesmente "Não, obrigado" é o primeiro passo.
Caso não seja possível recusar a sacola plástica, porque você esqueceu a sacola retornável, porque o produto é molhado ou por outro motivo, entra em ação a segunda atitude: REDUZIR o consumo. Aproveite toda a capacidade da sacolinha, distribua bem as compras entre as sacolas e utilize apenas a quantidade necessária.

O USO EXCESSIVO DAS SACOLINHAS PLASTICAS NO BRASIL

Mesmo assim você ainda tem várias sacolinhas plásticas em casa? Então REUTILIZE-as. Usar sacolas plásticas como saco de lixo é um hábito antigo do brasileiro e não está errado: o saco plástico ainda é a melhor forma de acondicionar o lixo. No entanto, há alguns tipos de lixo que não precisam ser "ensacados", como é o caso dos materiais recicláveis (o lixo seco). Estes podem ser separados em caixas e depositados diretamente em coletores para recicláveis ou encaminhados a catadores e cooperativas.
O último R dos famosos 3R´s, RECICLAR, é uma opção válida também para sacolas plásticas. O problema é que, no Brasil, a reciclagem de plástico-filme – o tipo de plástico de que é feita a sacola plástica – é muito pequena. Portanto, enquanto isso, o melhor mesmo é reduzir nosso consumo.

Sacolas plásticas nos depósitos de lixo

Não são só as sacolinhas descartadas incorretamente que causam impactos ambientais. Mesmo aquelas que seguem corretamente para depósitos de lixo (lixões ou aterros), causam problemas.
O plástico tem a característica de impermeabilidade, ou seja, retém a água, causando a impermeabilização do solo e dos depósitos de lixo, dificultando a biodegradação de resíduos orgânicos. Resíduos orgânicos em decomposição emitem gás metano (CH4, vinte e uma vezes mais perigoso que o gás carbônico, o CO2). A compactação do lixo auxiliada pelas inúmeras camadas de plástico impermeável aumenta a incidência de bolsões de gás que, quando revolvidos, liberam o metano para a atmosfera – isso também acontece dentro das próprias sacolinhas, quando contêm lixo orgânico doméstico que, restrito ao invólucro plástico, apodrece em lugar de se biodegradar.

O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!


Experiências Internacionais

As sacolas plásticas são motivo de enorme debate internacional. Seu consumo exagerado tem causado situações assustadoras. Na África do Sul, por exemplo, há tantas espalhadas pelas cidades, matas e rodovias que passaram a ser chamadas de "flor nacional", tamanha a quantidade vista em gramados, jardins e florestas. Na Índia, centenas de vacas morrem todos os anos ao ingerirem sacos plásticos. Milhares de tartarugas confundem as sacolas plásticas que chegam aos oceanos com águas-vivas, sua fonte básica de alimento, e morrem sufocadas. Já os norte-americanos jogam fora pelo menos 100 bilhões de sacolas plásticas por ano, o que significa o desperdício de 12 milhões de galões de petróleo.
Porém, bastam algumas idéias postas em prática para a situação se reverter.
Na Irlanda foi instituída a cobrança pelas sacolas plásticas, em 2002. Desde então, o consumo de sacolas plásticas caiu em 97%. Na China, a distribuição gratuita de sacolas plásticas foi proibida a partir de 2008: eram 3 bilhões de sacolas consumidas por dia! Na Austrália, os varejistas assinaram o programa do governo para banir as sacolas plásticas e já houve queda de 90% no consumo. Em 2007, os comerciantes de São Francisco, na Califórnia, foram obrigados por lei a banir as sacolas plásticas comuns. Agora a coleta do lixo é feita em coletores seletivos especiais, que não aceitam o depósito de sacolas plásticas: os resíduos orgânicos devem ser embalados em papel, jornal ou sacos de bioplástico certificado pelo Biodegradable Products Institute (BPI), que garante que o produto é feito de matéria-prima orgânica renovável.
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!

Outros materiais são a solução?

Sacos de papel

Por que então não voltamos a usar sacos de papel, como antigamente? Sacos de papel são uma alternativa aparentemente mais amiga do meio ambiente, mas na verdade não é.
O nível de consumo de sacolas plásticas hoje nos dá uma noção de que o consumo de sacos de papel em supermercados seria muito maior do que era há 30 anos atrás quando foram substituídos. Isso significa uma demanda por celulose – matéria-prima do papel – enorme. Celulose é retirada basicamente de árvores: se a demanda por celulose cresce, aumenta também a demanda por árvores. Nos EUA, onde ainda há grande uso de sacos de papel para compras, são consumidos em média 10 bilhões deles por ano. Isso significa que 14 milhões de árvores são cortadas por ano apenas para abastecer este mercado.
Por mais que tenhamos muitas empresas produzindo papel a partir de florestas plantadas e certificadas, a demanda por celulose pode causar um grande impacto ambiental. Em geral, as florestas plantadas são compostas por eucaliptos e pinus, duas espécies exóticas (não são típicas do Brasil), que têm a característica de crescimento rápido, mas também empobrecem o solo e impedem o crescimento de outras espécies, diminuindo a biodiversidade local. A produção do papel também utiliza grandes quantidades de insumos (água e energia) e produtos químicos, e despeja grande volume de efluentes e emissões. Na verdade, produz mais poluentes do ar e da água que a produção do plástico.
O papel biodegrada, é verdade. Mas em condições de aterros e lixões, sofre o mesmo processo de "mumificação" que os demais resíduos orgânicos: sem água, oxigênio e luz, acaba ficando intacto debaixo de camadas e camadas de lixo. O papel é altamente reciclável, isso também é verdade. Mas o processo de reciclagem consome mais alguns milhares de litros de água e outros produtos químicos.
Levando tudo isso em consideração, o melhor mesmo é reduzir o consumo, utilizar sacolas retornáveis ou outras alternativas para transporte das compras, e reciclar ao máximo o lixo que produzimos.

Plástico oxi-biodegradável

Recentemente surgiram no Brasil os plásticos oxi-biodegradáveis, produto cujo processo de degradação no meio ambiente é mais rápido que o do plástico comum. Essa tecnologia vem sendo usada no exterior há alguns anos, porém há grande controvérsia sobre a sua efetividade.
Por ofertar o que aparentemente é uma "solução ambiental para o plástico", muitos legisladores brasileiros vêm propondo leis que estabelecem a substituição do plástico convencional por esta tecnologia – o que não ocorreu em outros países, onde o uso do plástico oxi-biodegradável é feito apenas por empresas isoladamente.
Acontece que o plástico aditivado não é uma solução ambiental para o plástico e, consequentemente, não é a melhor alternativa para o meio ambiente. E por quê?

Ponto 1: A fragmentação

A oxi-degradação do plástico ocorre pela presença de oxigênio e a incidência de luz e calor em sua superfície. Porém, com esse processo, o plástico perde suas características e se fragmenta em pedaços menores, MAS NÃO DESAPARECE. Pedacinhos são muito mais difíceis de conter que um saco plástico inteiro. Imagine se todas as sacolas plásticas que consumimos se fragmentarem em pedacinhos? Eles voarão livremente, acabando por se depositar em riachos, rios e lagos, sendo ingeridos por peixes e outros animais, ou provocando uma fina.

Ponto 2: o comportamento em lixões e aterros

Cerca de 80% das sacolas plásticas consumidas no Brasil são reutilizadas como sacos de lixo e seguem, portanto, para lixões e aterros. As condições nestes depósitos de lixo impedem a incidência de oxigênio, luz e calor nos resíduos encobertos por novas camadas de lixo depositadas diariamente. Ou seja, ainda que o material da sacola plástica que utilizamos para descartar nosso lixo seja aditivado (seja oxi-degradável), pode ser que esta característica nunca tome lugar: sem a incidência de oxigênio, luz e calor, a oxi-degradação não ocorrerá, permanecendo a sacola intacta como se fosse uma sacola plástica comum. Qual seria então a vantagem desta tecnologia?

O Princípio da Precaução

Como vemos, esta tecnologia envolve uma série de dúvidas ainda não sanadas. O Princípio da Precaução é um princípio da teoria ambiental que diz que se não sabemos que impacto uma ação ou tecnologia terá no meio ambiente, melhor não utilizá-la até que se tenha a real dimensão disto. Ou seja, no caso do plástico oxi-biodegradável, devemos entender melhor o comportamento do material para não corrermos o risco de ter um problema ambiental maior daqui há 5 ou 10 anos.

O que dizem os órgãos internacionais

Nos EUA, o Biodegradable Products Institute (BPI) e o US Composting Council (USCC), que dão o selo de "biodegradável" e "compostável" aos materiais nos Estados Unidos, não certificaram os oxi-biodegradáveis. Estas instituições chamam este material de "oxodegradable", por considerarem que sua degradação ocorre exclusivamente pela oxidação, sem que ocorra a biodegradação (o consumo do material por microrganismos presentes no solo). O BPI e o USCC certificam materiais segundo a ASTM D6400, norma que regula materiais biodegradáveis aceita em todo o mundo.
O governo da Califórnia contratou um estudo independente à California State University, que comparou alternativas ao plástico existentes no mercado. O estudo comparou os oxi-degradáveis e os bioplásticos ao papel, para avaliar seus índices de biodegradação em ambiente de compostagem e concluiu que os oxi-degradáveis não sofriam qualquer biodegradação no período de 6 meses, enquanto os bioplásticos e o papel já haviam desaparecido no composto antes mesmo deste limite. O ambiente de compostagem envolve oxigenação constante do material e muito calor e umidade, o que significa condições ideais para a biodegradação de qualquer material efetivamente biodegradável.

Atualmente, existem as normas internacionais referentes ao oxibiodegradáveis. A americana (ASTM D-6954-4), a inglesa (BS 8472) e a francesa (AFNOR ACT51-808). Essas normas contemplam critérios para ensaios de degradação, biodegradação e ausência de resíduos nocivos. 


O que dizem os órgãos nacionais de certificação


Em abril de 2004 , a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou a norma ABNT PE-308.01 referente aos aditivos plásticos oxibiodegradáveis, que contempla critérios para ensaios de degradação, biodegradação e ausência de resíduos nocivos, sob determinadas condições descritas na norma, baseada nos princípios de análise de ciclo de vida (ACV). 

A posição do MMA

O Ministério do Meio Ambiente entende que os plásticos oxi-biodegradáveis não são a solução para o problema dos plásticos no Brasil. Entendemos que o plástico aditivado apenas se fragmenta e que esta fragmentação pode provocar impacto ambiental maior do que um saco de plástico inteiro, que é facilmente visualizável e passível de recolhimento e correta destinação.
A solução ambiental para as sacolas plásticas envolve, necessariamente, a mudança de hábitos em relação a este item, seu uso consciente, reutilização e correto descarte e, antes de tudo, a redução drástica de seu consumo. Só diminuiremos os impactos ambientais das sacolas plásticas quando diminuirmos sua presença em nosso dia a dia e na natureza. Esta redução será facilitada quando alternativas para o descarte de lixo surgirem, especialmente a instituição da coleta seletiva em todos os municípios brasileiros e da compostagem, que permitirá a correta destinação dos materiais recicláveis e dos resíduos orgânicos.
Se você quer ajudar a resolver o problema das sacolas plásticas, converse com seus representantes políticos e exija a implementação da coleta seletiva em seu município e o estímulo ao consumo consciente. Apenas mudar de tecnologia não adianta.

Sacolas plásticas e animais

Outro grande problema ambiental envolvendo as sacolas plásticas é a morte de animais. Milhares de animais morrem todos os anos engasgados, presos ou sufocados por sacolas e sacos plásticos descartados incorretamente ou que voaram de aterros e lixões. Na Índia, centenas de vacas morrem todos os anos, engasgadas com sacos plásticos contendo restos de alimento.

O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!

As tartarugas marinhas são as grandes vítimas das sacolas plásticas que acabam nos oceanos. O Projeto Tamar tem inúmeras provas de como as tartarugas marinhas confundem sacolas plásticas com águas-vivas, seu alimento primordial.
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!
O USO DAS SACOLAS PLASTICAS E SEU ALTO CONSUMO EXCESSIVO!!

Fonte:mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental

23 março 2018

A DESIGUALDADE SOCIAL CANTADA EM ALVORADA VORAZ DE RPM

Essa canção foi sucesso nos anos 80 com o RPM e mais recentemente com a gravação do Acústico MTV da banda, ganhando, nessa última versão, uma atualização em sua letra altamente crítica e que pouco tem a ver com a paz de uma imagem!!!!

ESTÁ CANÇÃO ESTÁ TOTALMENTE ATUALIZADA PARA OS DIAS DE HOJE O QUE VOCÊ ACHA????

A DESIGUALDADE SOCIAL CANTADA EM ALVORADA VORAZ DE RPM
A DESIGUALDADE SOCIAL CANTADA EM ALVORADA VORAZ DE RPM

Aborda a violência reinante que emite um medo comum e nos torna refém dele, em uma sociedade também refém da marginalidade e de políticos que se comportam como tais marginais, embora de gravatas. Tudo isso esbarrando apenas em nosso conformismo, como denuncia a letra.  Então considero das letras mais atuais: infelizmente o que temos presenciado é uma alta violência social e uma elevada hipocrisia na atual política desse país!







Alvorada voraz
(Luiz Schiavon, Paulo Ricardo e Paulo Pagni)

Na virada do século, alvorada voraz,
Nos aguardam exércitos, que nos guardam da paz
Que paz !
A face do mal, um grito de horror,
Um fato normal, um êxtase de dor e medo de tudo,
Medo do nada
Medo da vida, assim engatilhada

Fardas e força,
forjam as armações
Farsas e jogos,
armas de fogo
Um corte exposto
Em seu rosto amor,
e eu,

Nesse mundo assim, vendo esse filme passar,
Assistindo ao fim, vendo o meu tempo passar

Apocalipticamente, como num clipe de ação
Um clic seco, um revólver, aponta em meu coração
O caso Morel, o crime da mala, Coroa-Brastel, E o escândalo das jóias, e o contrabando, E um bando de gente importante envolvida
é a propaganda, pois nesse pais, é o dinheiro quem manda
Juram que não corrompem ninguém, agem assim
Pro seu próprio bem

São tão legais,
foras da lei,
Pensam que sabem de tudo,
O que eu não sei

Nesse mundo assim, vendo esse filme passar
Assistindo ao fim, vendo o meu tempo passar
Um forte abraço a todos!
Fonte:http://everaldofarias.blogspot.com.br

21 março 2018

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA - JÁ VIROU TEMA DE MUSICA A TEMPO

Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA - JÁ VIROU TEMA DE MUSICA A TEMPO
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA - JÁ VIROU TEMA DE MUSICA A TEMPO

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA - QUEM SÃO ELES QUEM ELES PENSAM QUE SÃO



No mundo contemporâneo, o desenvolvimento deve ser almejado de forma sustentável, onde exista a conciliação entre evolução econômica, preservação do meio ambiente e qualidade de vida. O encurtamento proposital da vida útil dos bens e produtos aumenta a necessidade de utilização de recursos naturais, a emissão de gases do efeito estufa e a produção de resíduos sólidos, contribuindo para a crise ecológica atual. E mais do que isso, além do grande impacto ambiental, acaba por ferir o direito do consumidor, pois trata-se de prática abusiva ao afrontar a Política Nacional das Relações de Consumo.
Os casos mais comuns de obsolescência programada ocorrem com eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis. É algo relativamente novo: até a década de 20, as empresas desenhavam seus produtos para que durassem o máximo possível. A crise econômica de 1929 e a explosão do consumo em massa nos anos 50 mudaram a mentalidade e consagraram essa tática. É uma estratégia "secreta" dos fabricantes para estimular o consumo desenfreado.
VIDA BREVE - Atualmente, a principal justificativa das empresas para criar novos modelos de um produto é o avanço da tecnologia. Mas há quem duvide dessa explicação. O iPad 4 foi lançado apenas sete meses após o 3, por exemplo. Será que houve mesmo tantos progressos em tão pouco tempo? Uma ONG brasileira ligada aos direitos do consumidor chegou a processar a Apple.
IMPACTO AMBIENTAL - A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo. E o lixo eletrônico contém metais pesados que podem contaminar o ambiente. Além disso, a obsolescência programada estimula a produção, o que gera mais gastos de energia e de matérias-primas, além da emissão de poluentes. Antes de trocar seu celular, pense bem: você realmente precisa de outro, só porque é novo?
NA PISTA PRA NEGÓCIO - Hoje, há duas versões do fenômeno. Uma delas é a obsolescência percebida: o consumidor considera o produto que tem em casa "velho" porque novos modelos são lançados a toda hora. Você notou que, mesmo no início de 2013, já era possível comprar um carro versão 2014? Isso desvaloriza modelos anteriores e estimula a troca, mesmo que o veículo de 2013 ainda funcione bem.
UMA IDEIA "BRILHANTE" - O primeiro caso de obsolescência programada registrado é da década de 1920, quando fabricantes de lâmpadas da Europa e dos EUA decidiram, em comum acordo, diminuir a durabilidade de seus produtos de 2,5 mil horas de uso para apenas mil. Assim, as pessoas seriam forçadas a comprar o triplo de quantidade de lâmpadas para suprir a mesma necessidade de luz.
CONTAGEM REGRESSIVA - Outro tipo atual de obsolescência, a funcional, ocorre quando o produto tem sua vida útil abreviada de propósito. O documentário The Light Bulb Conspiracy traz o exemplo de um consumidor dos EUA cuja impressora parou de funcionar - e consertá-la sairia mais caro que comprar uma nova. Ele descobriu que o fabricante incluía um chip que causava a pane após certo número de impressões.
TEORIA DA CONSPIRAÇÃO? Para alguns, a obsolescência programada não existe. Alguns especialistas refutam a existência dessa prática. Para eles, os bens de consumo se tornam ultrapassados rapidamente pelo avanço da tecnologia - que dá saltos cada vez maiores. "Foi o caso dos primeiros computadores fabricados em grande escala. Os modelos 1.86 nem chegaram a existir, pois já estava em produção o modelo 2.86", afirma o doutor em marketing Marcos Cortez Campomar, da USP.
O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial nº 984.106, acolheu as razões do consumidor que teve frustada a expectativa de durabilidade de um trator. Adquirido novo, o trator apresentou problema depois de três anos de uso. Mesmo já fora do prazo de garantia, que era de um ano, o Judiciário condenou o fornecedor ao reparo do bem, sob o argumento de que um bem deste tipo é vendido com a expectativa de ter vida útil de aproximados 10 anos (ou 10 mil horas de uso).
Do voto do Ministro Relator se extrai o seguinte trecho:
A doutrina consumerista tem entendido que o Código de Defesa do Consumidor, no parágrafo 3º do artigo 26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual”
O julgamento cria toda uma nova perspectiva favorável para os consumidores, na medida que em muitas situações será possível obter o cumprimento da garantia de um produto durável mesmo já vencido o prazo de garantia. Para tanto devem estar presentes os seguintes requisitos:
a) manutenção, quando for o caso, estar em dia; b) defeito não ser consequência de uso inadequado; c) o tempo de uso até a aparição do problema for inferior à durabilidade esperada para produtos deste tipo.
O tempo de garantia oferecido pelo fornecedor não se constitui como único limitador de sua responsabilidade. Evidenciado defeito que não se mostra razoável diante do tempo de uso do produto e a expectativa de vida útil que dele se esperava, há responsabilidade do fornecedor pela reparação do bem, mesmo após o prazo de garantia.
Todos figuramos como consumidores de um grande número de produtos. E como tal vítimas de práticas abusivas das mais variadas, dentre elas a aquisição de produtos que nos frustam em termos de qualidade.
Fonte:ferreiramacedo.jusbrasil.com.br

19 março 2018

CONSUMISMO INFANTIL

Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente.
As crianças, que vivenciam uma fase de peculiar desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.

CONSUMISMO INFANTIL
CONSUMISMO INFANTIL

De pais e educadores a agentes do mercado global, todos voltam os olhares para a infância − os primeiros preocupados com o futuro das crianças, já os últimos fazem crer que estão preocupados apenas com a ganância de seus negócios. Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação, consumidor de hoje e do amanhã, e uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos ou serviços.
As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança, salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza que têm pouca influência dos pequenos.
No Brasil, a publicidade na TV e na internet são as principais ferramentas do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente preparado para isso.
As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.
Nada, no meio publicitário, é deliberado sem um estudo detalhado. Em 2006, os investimentos publicitários destinados à categoria de produtos infantis foram de R$ 209 milhões(Ibope Monitor, 2005x2006, categorias infantis). No entanto, a publicidade não se dirige às crianças apenas para vender produtos infantis. Elas são assediadas pelo mercado como eficientes promotoras de vendas de produtos direcionados também aos adultos.
O Ibope Mídia, que anualmente divulga os dados de investimento publicitário no Brasil, constatou que foram movimentados cerca de R$ 112 bilhões em 2013 com publicidade. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela publicidade, representando 70% do investimento. Ao cruzar essa informação com o fato de a criança brasileira passar em média cinco horas e 35 minutos por dia assistindo à programação televisiva (Painel Nacional de Televisores, Ibope 2015) é possível imaginar o impacto da publicidade na infância.
Apesar de toda essa força, a publicidade veiculada na televisão é apenas um dos fatores que contribuem para o consumismo infantil. A TNS, instituto de pesquisa que atua em mais de 70 países, divulgou dados em setembro de 2007 que evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo. Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços que sejam associados a personagens famosos, brindes, jogos e embalagens chamativas. A opinião dos amigos também foi identificada como uma forte influência.
No âmbito da alimentação, a publicidade é um fator que estimula a disseminação da maior epidemia infantil da história: a obesidade. A pesquisa Targeting Children With Treats (Alvejando crianças com guloseimas, em livre tradução do inglês) de 2013 aponta que as crianças que já têm sobrepeso aumentam em 134% o consumo de alimentos com altos teores de sódio, gorduras trans e saturadas e açúcar, quando expostas à publicidade destes produtos.
O consumismo está relacionado à ideia de devorar, destruir e extinguir. Se agora, tragédias naturais, como queimadas, furacões, inundações gigantescas, enchentes e períodos prolongados de seca, são muito mais comuns e frequentes, é porque a exploração irresponsável do meio ambiente prevaleceu ao longo de décadas.
Concentrar todos os esforços no consumo é contribuir, dia após dia, para o desequilíbrio global. O consumismo infantil, portanto, é um problema que não está ligado apenas à educação escolar e doméstica. Embora a questão seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconsequente e desenvolvem critérios e valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética, econômica e social.
O programa Criança e Consumo, do Alana, combate qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças por entender que os danos causados pela lógica insustentável do consumo irracional podem ser minorados e evitados, se efetivamente a infância for preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação da cidadania. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna, que tenha a qualidade de vida não apenas como um conceito a ser perseguido, mas uma prática a ser vivida.
Entre 2010 e 2012, o programa manteve um blog, com o objetivo de discutir os principais impactos do consumismo e da publicidade na formação da infância. Nele há diversos textos sobre cidadania e mobilização, comportamento, política e legislação, saúde e sustentabilidade.
Fonte:http://criancaeconsumo.org.br

02 março 2018

AS INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA ENGENHARIA

Os conceitos de inovação e sustentabilidade andam juntos no mundo atual da engenharia, que, cada vez mais, deixa para trás técnicas atrasadas e prejudiciais ao meio ambiente. Nesse contexto, ganha força a engenharia sustentável, que aperfeiçoa o uso mínimo dos recursos disponíveis e cria produtos lucrativos sem danificar o meio ambiente.
AS INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA ENGENHARIA
AS INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA ENGENHARIA

E o que não faltam são soluções sustentáveis inovadoras! A cada dia surgem novas ideias, materiais e programas que deixam a execução das obras mais rápida, barata e com mínimos impactos ambientais.

1. Formas de alumínio ou aço para construção

Essa técnica, criada aqui no Brasil, utiliza formas de alumínio ou aço para montar casas e prédios, incluindo a fiação e todo o sistema hidráulico. O processo de montagem é rápido e a forma pode ser concretada depois de algumas horas. Após 3 dias, tiram-se as formas e a construção está finalizada.

2. Vidros e pedras nas paredes para reduzir o calor

O edifício Al Hamra Firdous Tower tem 450 metros de altura e suas paredes são feitas de vidro e pedra. Por quê? Para diminuir o calor, pois o prédio fica no Oriente Médio, cujas temperaturas são elevadas. Com isso, também são reduzidas as despesas com o ar-condicionado.

3. Tijolo ecológico

É uma mistura de terra, água e pouco cimento, prensada até adquirir a consistência ideal. Além de não precisar da etapa da queima, ele reduz o gasto com argamassa, pois funciona por encaixe, e não precisa de revestimento. Ele também dispensa mão de obra especializada em sua produção e economiza na alvenaria, nas fundações e nas instalações hidráulicas e elétricas.

4. Fachadas vivas

Pesquisadores espanhóis da Universidade Politécnica da Catalunha desenvolveram um concreto que cria fachadas vivas, que não infiltram nem prejudicam os elementos estruturais da obra e, por outro lado, fornecem isolamento térmico, reduzindo custos de energia.

5. Bactérias para fazer cimento

Essa nova tecnologia utiliza uma bactéria que vive no solo, a Sporosarcina pasteurii. A bactéria é cultivada numa mistura com ureia e outros nutrientes, em uma temperatura de apenas 30ºC. O cimento fica pronto após 3 horas de fermentação.
Essa técnica é rápida e pouco agressiva, pois usa rejeitos como materiais, ou seja, não destrói o meio ambiente e nem gera custos adicionais.

6. Torneira que gera a própria energia

Trata-se de uma torneira de banheiro eletrônica. Feita de latão cromado, ela conta com uma microturbina que produz energia limpa, mesmo sendo usada em baixa pressão.

7. Grelha ecológica

É usada para escoar água em caixas sifonadas e ralos. Trata-se de um polietileno verde usado para isolamento de tubos, o primeiro a ser feito na América Latina. A grelha sustentável é produzida da cana de açúcar, tem alta durabilidade e elimina o CO2 da atmosfera.

8. Impressora de casas

Essa inusitada técnica de engenharia sustentável utiliza uma impressora 3D de 6 metros de altura para produzir casas em grandes quantidades e velocidades absurdamente altas. A Winsun New Materials, uma empresa chinesa, usou essa tecnologia para construir 10 casas de 200 m² em apenas 24 horas!
Para realizar esse feito, a enorme impressora aplica uma mistura de cimento e materiais reciclados e baratos, como fibra de vidro. O custo da obra fica 50% menor do que o de uma construção convencional.

9. Isolante de lã

Feito com lã de ovelha, o isolante térmico para casas é sustentável por gastar pouca energia na sua produção. Além disso, o material não prejudica o meio ambiente, absorve poluentes do ar e dificilmente entra em combustão em casos de incêndio.

10. Hidrelétrica em uma caixa d’água

Imagine transformar uma caixa d’água em uma miniusina hidrelétrica. Essa é a inovação da Unidade Geradora de Energia Sustentável (UGES): usar a água que abastece os reservatórios de uma residência ou de um prédio comercial para gerar energia elétrica.
A água que entra pela caixa é pressurizada pelo sistema de válvulas acopladas ao reservatório, gerando energia elétrica de 12 volts (V). Essa energia, então, passa pelo contêiner e é levada aos fios elétricos, aumentando para 110/220V. Em seguida, é armazenada na própria unidade geradora.
O objetivo do projeto é prover eletricidade em pequenas localidades, onde a rede elétrica pública é deficiente. Para construir uma UGES, podem-se reaproveitar equipamentos como alternador e bateria automotivos, dentre outros.
Viu como o mundo anda preocupado em criar soluções inovadoras que protegem o meio ambiente? A criatividade da engenharia sustentável não para e a cada instante surgem novas ideias.
Fonte:lattufe.com.br

27 fevereiro 2018

CÂMARA APROVA PROIBIÇÃO DE DESCARTE IRREGULAR DE LIXO EM VIAS PÚBLICAS


Câmara aprova proibição de descarte irregular de lixo em vias públicas


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, em caráter conclusivo, proposta do Senado Federal (PL 3408/15) que proíbe o acúmulo e o descarte irregular de lixo em vias públicas ou no interior de imóveis urbanos ou rurais.

O projeto acrescenta dispositivos à Lei 12.305/10, que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O texto aprovado autoriza os municípios e o Distrito Federal a instituírem multa para quem desrespeitar a proibição. As multas serão revertidas em serviços locais de limpeza, coleta e separação do lixo.
O descarte de lixo será regulamentado conforme o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, previsto na PNRS.
O parecer do relator, deputado Covatti Filho (PP-RS), foi pela constitucionalidade e juridicidade do projeto e do substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com subemenda alterando a técnica legislativa.
A versão original do projeto trata apenas da multa para o descarte irregular de lixo em vias públicas, como ruas e avenidas. Com a nova redação, passará a ser punido também quem acumular lixo em depósitos ou no interior de imóveis.
Como foi modificado na Câmara, o texto será submetido à nova análise do Senado Federal.
Fonte do texto:http://www2.camara.leg.br/camaranoticias

26 fevereiro 2018

FINANÇAS APROVA CRIAÇÃO DO FUNDO NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

07/11/2017 - 11h54

Finanças aprova criação do Fundo Nacional de Educação Ambiental




A Comissão de Finanças e Tributação aprovou o Projeto de Lei 1228/15, do deputado Alan Rick (DEM-AC), que institui o Fundo Nacional de Educação Ambiental (FNEA). A proposta acrescenta dispositivos à Lei 9.795/99, que trata da educação ambiental.
O parecer do relator, deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP), foi favorável ao projeto, com emenda. Ele retirou duas fontes de recursos do fundo: 2% da verba destinada ao Fundo Nacional de Meio Ambiente; e 20% do total arrecadado por meio de multas por infração ambiental. “Essa alteração elimina a possibilidade de utilização de recursos do Orçamento da União para composição das fontes do fundo”, disse.
Assim, o fundo será constituído apenas por doações de pessoas físicas ou jurídicas, do País ou do exterior.
Aplicação dos recursos

Os recursos do fundo serão destinados, por exemplo, para:

- coleta seletiva de materiais recicláveis;
- condução, por empresas fabricantes, do ciclo de vida sustentável dos produtos ou logística reversa;
- gerenciamento integrado de resíduos sólidos;
- indução de novos negócios em reciclagem de produtos;
- consumo ecoeficiente;
- projetos vinculados à educação não formal;
- programas de capacitação e treinamento voltados para o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e dos Conselhos das Unidades de Conservação da Natureza;
- projetos de recuperação e restauração ambiental, priorizando-se áreas de interesse ambiental;
- projetos de manejo sustentável da sociobiodiversidade dos biomas brasileiros;
- projetos para organização de catadores de materiais recicláveis.

Tramitação

Já aprovada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a proposta será agora analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

COMISSÃO DO MEIO AMBIENTE APROVA METAS DE REUTILIZAÇÃO, COLETA E RECICLAGEM DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

Comissão de Meio Ambiente aprova metas de reutilização, coleta e reciclagem de produtos eletrônicos

Proposta também determina que os órgãos de Defesa do Consumidor atuarão para restringir iniciativas da chamada “obsolescência programada” por parte de fabricantes de eletroeletrônicos e seus componentes



A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou proposta que estabelece metas de coleta e reutilização ou reciclagem de produtos eletrônicos de uso doméstico e seus componentes. Os fabricantes e importadores dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes deverão se articular com os distribuidores e comerciantes para garantir o cumprimento das metas, mediante o estabelecimento de pontos de coleta para os produtos e componentes de pequeno porte; e o recolhimento nos domicílios dos produtos e componentes de grande porte. 
Os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis poderão participar dessas medidas, desde que não envolvam manipulação de resíduos perigosos. Além disso, os fabricantes e importadores terão de promover campanhas de conscientização do consumidor.
Veja como ficou o calendário da proposta, que ainda será avaliada por outra comissão e pelo Plenário:
– até o final do ano de 2019, no mínimo 40% de recolhimento dos produtos e componentes que esgotarem sua vida útil e 20% de reutilização ou reciclagem, em peso;

– até o final do ano de 2024, no mínimo 60% de recolhimento dos produtos e componentes que esgotarem sua vida útil e 40% de reutilização ou reciclagem, em peso; 

- até o final do ano de 2029, no mínimo 80% de recolhimento dos produtos e componentes que esgotarem sua vida útil e 60% de reutilização ou reciclagem, em peso.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Ricardo Izar (PP-SP), ao Projeto de Lei 3472/12, do ex-deputado Fernando Jordão. O substitutivo insere na Lei de Resíduos Sólidos (12.305/10) uma seção sobre logística reversa de produtos eletrônicos e seus componentes. O projeto original apenas torna obrigatória a utilização de materiais reciclados em produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Outras medidas

Pela proposta aprovada, os produtos eletroeletrônicos destinados ao uso doméstico e seus componentes deverão ser identificados com símbolo que expresse a vedação de disposição na lixeira ou outro tipo de recipiente destinado aos resíduos domiciliares comuns. Apenas em casos excepcionais, devido à dimensão do produto ou componente, o símbolo poderá ser impresso na embalagem.

O substitutivo também determina que os produtos eletrônicos e seus componentes deverão ser desenvolvidos de forma a facilitar o reparo, a reutilização e a reciclagem; priorizar o emprego de materiais reciclados; reduzir ao máximo possível o volume de materiais perigosos empregados; e evitar o contato do consumidor ou usuário com materiais perigosos, no uso do produto ou após o fim de sua vida útil.
Os órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor atuarão para restringir iniciativas da chamada “obsolescência programada” por parte de fabricantes de produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Por essa prática da indústria, o produto é “planejado” para parar de funcionar ou se tornar obsoleto em um curto período de tempo.
Selo de qualidade

Ainda segundo o texto, o governo federal estabelecerá selo de qualidade para identificar os produtos eletroeletrônicos e seus componentes que observem as determinações da lei, caso seja aprovada. Regulamento do Executivo também determinará formas de contribuição do poder público para o custeio da logística reversa dos produtos cujo fabricante não seja identificável; e metas de coleta, reutilização ou reciclagem a serem aplicadas após o ano de 2029, entre outros pontos.

Tramitação

Rejeitada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Fonte:http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/546768

20 fevereiro 2018

DESCARTE DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS EM PASSOS MG

Está em funcionamento o Centro de Reuso e Reciclagem de Tecnologia da FESP, que vai ajudar a população de Passos e região a dar o destino correto ao lixo eletrônico. Monitores, impressoras, celulares, pilhas e peças de computadores são exemplos de materiais que devem ter o descarte adequado para evitar contaminação ambiental. “Muita gente tem máquinas paradas em casa e não sabe o que fazer, através do nosso projeto, elas terão o destino adequado. 

DESCARTE DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS EM PASSOS MG
DESCARTE DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS EM PASSOS MG

É uma questão de responsabilidade ambiental, já que muitos desses equipamentos contém propriedades contaminantes que, se manuseadas inadequadamente, podem contaminar o solo, a água e as pessoas”, destaca o professor Alessandro de Castro Borges, coordenador do projeto e do curso de Sistemas de Informação da FESP.
Segundo ele, o projeto da FESP foi inspirado no CEDIR, o Centro de Reuso e Descarte de Resíduos de Informática da Universidade de São Paulo (USP), visitado por professores da FESP em 2011, quando já tinha uma história de sucesso com ações voltadas ao destino de lixo eletrônico. “No III FESP INOVA – evento científico – trouxemos a senhora Neuci Bicov Frade, responsável técnica pelo projeto na USP em São Paulo, para apresentar o CEDIR e sua proposta de ação em forma de palestra, o que contribuiu para o crescimento do interesse no projeto por nossos alunos”, explicou o professor Alessandro.
Finalmente, em 2013, o Centro de Reuso e Reciclagem de Tecnologia da FESP pôde ser criado com o apoio financeiro da FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que destinou R$117mil para a aquisição de equipamentos que permitem a realização do trabalho a que o projeto se propõe. 
O Centro fica localizado à rua Dr. Carvalho, 1274, e funciona no período da parte da tarde, com recebimento de material das 14h às 17h. O contato pode ser realizado pelo telefone (35) 3529-6012, ou pelo e-mail crrt@fespmg.edu.br
FONTE: Departamento de Comunicação e Marketing FESP/UEMG