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30 maio 2017

ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Nos itens publicados nas postagens anteriores foram citados diversos exemplos de impactos ambientais gerados pela atividade construtiva.

ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL


Soma-se a estes, o impacto ambiental gerado durante o uso. Reduzir este impacto é um desejo para a engenharia e soluções simples, como os exemplos citados a seguir, devem ser estudadas e implementadas:

• Alteração em projeto visando à redução do consumo de recursos na fase de utilização

Exemplo: Aproveitamento da iluminação e ventilação natural, promovendo uma redução no consumo de energia elétrica, principalmente nos edifícios comerciais;

• Substituição de equipamentos e sistemas descartáveis por outros de maior durabilidade.

Exemplo: Substituição das escoras de madeira por escoras metálicas, auxiliando na redução da extração de madeira;

• Reciclagem dos resíduos gerados nas obras e uso de materiais reciclados.

Exemplo 1: Segregação de resíduos de plástico, papel e metal nas obras e encaminhamento para reciclagem.

Exemplo 2: Utilização de agregados reciclados em substituição aos agregados naturais, evitando a extração de novos recursos naturais e reduzindo o descarte dos resíduos;

• Projeto do produto e planejamento dos sistemas de produção visando evitar perdas

Exemplo 1: Planejamento da aquisição e do sistema de transporte e armazenamento dos materiais, evitando desperdícios por quebra ou perda das propriedades dos materiais.

Exemplo 2: Compatibilização de projetos e paginação da alvenaria, possibilitando o uso mais racional dos materiais, evitando quebra de blocos.

Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos

29 maio 2017

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO

Resíduos e Poluição

Os resíduos gerados, provenientes das perdas ocorridas durante o processo de construção ou de demolições, são responsáveis por aumentar ainda mais o impacto ambiental provocado por este setor.


A excessiva geração de resíduos e seu descarte irregular, em grande parte das cidades brasileiras, causam a poluição do ambiente urbano. Como exemplo, pode-se citar a obstrução e contaminação dos leitos de rios e canais, o comprometimento do tráfego em vias públicas e a degradação da paisagem das cidades, além da poluição do ar com gás carbônico liberado pelos veículos necessários para realizar o transporte dos resíduos.

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO
 Impactos Ambientais Causados pela Disposição Irregular dos Resíduos (obstrução e contaminação dos leitos de rios e canais).


Resíduos de Obra Dispostos de Forma Irregular no Centro de Grande Cidade Degradando a Paisagem.

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO
Resíduos de Obra Dispostos no Passeio em Bairro de Classe Média Comprometendo o Tráfego na Via Pública.

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO

A etapa de produção de materiais de construção também contribui para o impacto ambiental provocado pelo setor devido à quantidade de poluição (poeira, CO¬¬2, etc.) que é gerada. A liberação de partículas de poeira está presente em quase todas as atividades da construção civil, desde a extração da matéria-prima, passando pelo transporte, produção de materiais de construção, até a execução das atividades em canteiro.


RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA POLUIÇÃO

Vale a pena salientar que a fase de uso dos edifícios também gera impacto ambiental significativo. E boa parte deste impacto é definida ainda no momento do projeto da edificação. Energia é consumida para iluminação e condicionamento do ar, pois não existe o aproveitamento da ventilação e iluminação natural, principalmente nos edifícios comerciais. A manutenção, que durante a vida útil de um edifício vai consumir recursos em volume aproximadamente igual aos despendidos na fase de produção, também gera poluição.
Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos

27 maio 2017

IMPACTO AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO -Consumo de Recursos Naturais


O setor da construção civil “além de ser um dos maiores da economia ele produz os bens de maiores dimensões físicas do planeta, sendo consequentemente o maior consumidor de recursos naturais de qualquer economia”

(JOHN, 2000). Segundo este mesmo autor, o consumo de recursos naturais na construção civil é variável de acordo com cada região, isso dependendo de fatores como:

IMPACTO AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO -Consumo de Recursos Naturais
IMPACTO AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO -Consumo de Recursos Naturais


• taxa de resíduos gerados;

• vida útil ou taxa de reposição das estruturas construídas;

• necessidades de manutenção, inclusive as que visam corrigir falhas construtivas;
• perdas incorporadas nos edifícios; e

• tecnologia empregada.

Como citado na introdução, a construção civil é responsável pelo consumo de parte signifi cativa dos recursos naturais do planeta. Para John (2000) a estimativa é um consumo de 9,4 ton/hab.ano de materiais de construção.


O DETR (1998) menciona que, no Reino Unido, a construção consome algo em torno de 6 ton/hab.ano e 250 a 300 milhões de toneladas de agregados por ano.


Para John (2000), considerando que no Brasil são produzidas por ano cerca de 35 milhões de toneladas de cimento Portland e que este cimento é misturado com agregados a um traço médio de 1:6, pode-se estimar que 210 milhões de toneladas de agregados são consumidos anualmente somente na produção de concretos e argamassas, sem considerar o volume de agregados que são utilizados em pavimentação e as perdas.

ELEVADO CONSUMO DE AGREGADOS NATURAIS

O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8 toneladas/habitante/ano.

No Brasil, o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassa é de 220 milhões de toneladas.

Ao redor de grandes cidades, a areia e outros agregados naturais começam a ficar escassos, influenciado também pelo controle ambiental da extração que vem se intensificando.

ELEVADO CONSUMO DE MADEIRA

A construção civil consome cerca de 2/3 da madeira natural extraída.

A maioria das florestas não é remanejada adequadamente. 66% da madeira

MATÉRIAS PRIMAS ESCASSAS

Algumas matérias primas tradicionais da construção possuem reservas mapeadas escassas. O cobre e o zinco, por exemplo, possuem reservas suficientes para durarem cerca de 60 anos.  Cobre - reserva por 60 anos

Pode-se dizer ainda que o consumo de recursos naturais é maior do que o necessário devido ao elevado volume de perdas incorporadas às construções ou eliminadas como resíduos. De acordo com John (2000) é inevitável que ocorra um determinado volume de perdas. Porém a fração das perdas que excede ao limite mínimo característico da tecnologia empregada é considerada desperdício. Segundo este mesmo autor “os limites entre perda inevitável e o desperdício são difíceis de estabelecer e para uma mesma tecnologia variam com características regionais e no tempo”. A perda incorporada apesar de na maioria das vezes ser menos perceptível que a perda que saí da obra na forma de resíduos é causadora de consumo excessivo de recursos e geração de desperdício.

Para a construção civil o grande desafio é alcançar uma melhoria e ampliação do ambiente construído com o emprego de um volume inferior de recursos naturais, principalmente nos países não desenvolvidos devido à necessidade de se construir uma quantidade maior de bens.
Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos

26 maio 2017

A CONSTRUÇÃO CIVIL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Até os anos 50, a natureza era vista somente como um pano de fundo para toda discussão que envolvesse a atividade humana e suas relações com o meio. Acreditava-se que a natureza existia para ser compreendida, explorada e catalogada, desde que fosse utilizada em benefício da humanidade (SCHENINI et al, 2004).

Segundo estes autores, os movimentos sociais que se iniciaram nos anos 70 representaram um marco na humanidade e em particular para a formação de uma consciência preservacionista fundamentada, naquele momento, nos princípios da harmonia com a natureza. Assim, o termo ecologia passa a ser bastante utilizado.

Tais discussões ganharam tanta intensidade que em 1972 a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu uma Conferência sobre Ambiente Humano que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo. Como resultado deste evento, foi criado o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas – UNEP, encarregado de monitorar o avanço dos problemas ambientais no mundo (SANTOS, 2005).

Conferencia de Estocolmo
Conferencia de Estocolmo

Neste mesmo ano é publicado um estudo sobre os Limites do Crescimento. Este estudo concluía que, mantido o ritmo de crescimento, os alimentos e a produção industrial iriam declinar até o ano 2010 e, a partir daí, provocar automaticamente uma diminuição da população por penúria, falta de alimentos e poluição. Várias críticas foram feitas a esse estudo por parte dos intelectuais do primeiro mundo, por acreditarem que isso representaria o fim do crescimento da sociedade industrial, e pelos países subdesenvolvidos, pois julgavam que os países desenvolvidos estavam barrando o desenvolvimento dos países pobres com uma justificativa ecológica.

De acordo com Santos (2005)2, a década de 1970 foi marcada pelo “rompimento do círculo virtuoso de crescimento da economia mundial desde o pós-guerra, lançando dúvidas sobre a validade dos instrumentos políticos disponíveis para a regulação das relações econômicas internacionais, assim como os mecanismos internos de promoção do desenvolvimento”. Junto a isso, a situação de pobreza em que se encontrava a maior parte da população mundial revelava que o estilo de desenvolvimento também era insustentável do ponto de vista social pela falta de acesso à educação, à saúde e à água tratada, e, pelo ponto de vista humano, frente à fome e à desnutrição. Dessa maneira, a crise ambiental colocava em xeque o modelo de desenvolvimento vigente, isto é, desenvolvimento calcado na exploração irracional e predatória dos recursos naturais e moldado em relações sociais de produção injustas e excludentes.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Em 1973 novas tentativas de se repensar o futuro foram apresentadas pelo canadense Maurice Strong que lançou o conceito de eco desenvolvimento: um estilo de desenvolvimento adaptado às áreas rurais do Terceiro Mundo, baseado na utilização criteriosa dos recursos locais, sem comprometer o esgotamento da natureza. Na década de 80 Ignacy Sachs se apropria do termo e estabelece que os caminhos do desenvolvimento seriam seis 3:

• satisfação das necessidades básicas;

• solidariedade com as gerações futuras;

• participação da população envolvida;

• preservação dos recursos naturais e do meio ambiente;

• elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social e respeito a outras culturas; e

• programas de educação.

Com a evolução da problemática econômica e deterioração das políticas regionais e nacionais, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e desenvolvimento da ONU cria a expressão desenvolvimento sustentável, que começou a circular efetivamente em 1987, a partir da publicação do documento chamado Nosso Futuro Comum, mais conhecido por Relatório Brundtland.


Segundo este documento o desenvolvimento sustentável foi assim definido:

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Chen e Chambers (1999), complementam esta definição considerando ainda a necessidade de satisfazer as aspirações de todos por uma vida melhor.

Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, a Rio-92, demonstrou um aumento do interesse mundial pelo futuro do planeta. Muitos países passam a valorizar as relações entre desenvolvimento sócio -econômico e modificações no meio ambiente. A Agenda 21 foi um dos principais resultados da Rio-92. Este documento, resultado de um acordo firmado entre 179 (cento e setenta e nove) países, reforça a necessidade e a importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações e todos os demais setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio - ambientais.

De acordo com Schenini et al (2004), a Agenda 21 foi responsável pelo despertar de uma consciência ambiental, sobre a necessidade da conservação da natureza para o bem estar e sobrevivência das espécies, inclusive a humana. “O documento propunha que a sociedade assumisse uma atitude ética entre a conservação ambiental e o desenvolvimento. Denunciava a forma perdulária com que até então eram tratados os recursos naturais e propunha uma sociedade justa e economicamente responsável, produtora e produto do desenvolvimento sustentável”.

Até então, não existia por parte da indústria da construção civil uma preocupação com o esgotamento dos recursos naturais não renováveis que eram utilizados ao longo de todo o seu processo de produção, nem tão pouco com o destino dado aos resíduos gerados pela atividade construtiva.

Com o passar dos anos, a definição de desenvolvimento sustentável sofre múltiplas derivações e interpretações, deixando de ser uma bandeira defendida apenas pelos ecologistas idealizadores, para ser um assunto amplamente discutido inclusive por toda a cadeia da construção. Um exemplo disso são as normas da família ISO 14000, que estão sendo utilizadas cada vez mais por organizações que buscam ter seus sistemas de gestão ambiental certificados.

Se compararmos a realidade que vive a construção civil com as definições de desenvolvimento sustentável, preocupadas com a manutenção dos recursos para as gerações futuras, vê-se que ainda têm-se muito por fazer, não só com relação aos processos construtivos, como também em relação ao uso e manutenção das edificações.
Já existem, no entanto, algumas ações na construção civil voltadas ao desenvolvimento sustentável. Como exemplos pode-se citar: o reuso de água em edifícios, a utilização de iluminação e ventilação natural, o reuso e reciclagem de resíduos e a racionalização dos processos construtivos.

Mas, por que falar em desenvolvimento sustentável para a construção? A razão desta preocupação decorre de alguns fatores bem objetivos, como poderá ser visto nas próximas postagens.
Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestao-de-Residuos

24 maio 2017

RESULTADOS DO PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS EM CANTEIROS DE OBRAS

Avaliação do desempenho das obras

O desempenho das empresas que participaram do grupo-piloto foi monitorado considerando os aspectos referentes à limpeza do canteiro, à qualidade e à extensão da triagem dos resíduos, conforme metodologia apresentada no item: http://engenhafrank.blogspot.com.br/2017/05/avaliacao-de-uma-obra-de-construcao.html

Além disso, foram avaliadas a intensidade e a qualidade da destinação compromissada, representadas pelo registro do conjunto das remoções de resíduos efetivadas. A intensidade relaciona a quantidade de eventos de destinação documentadas e a qualidade refere-se ao modo pelo qual se fez o registro da destinação.


GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS EM CANTEIROS DE OBRAS
GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS EM CANTEIROS DE OBRAS

Os gráficos a seguir mostram os resultados extraídos dos relatórios de avaliação efetuados nas vistorias nos canteiros de obra, apresentam um comparativo entre a média das notas de avaliação do grupo das 11 empresas com as obras que demonstraram o maior e o menor desempenho.
MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DE LIMPEZA
MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DE LIMPEZA

MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DE SEGREGAÇÃO
MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DE SEGREGAÇÃO


MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DO REGISTRO DA DESTINAÇÃO
MÉDIAS DAS AVALIAÇÕES DO REGISTRO DA DESTINAÇÃO

Deve-se observar que as obras foram avaliadas em diferentes etapas de produção, ou seja, nem todas se encontravam na mesma etapa de execução simultaneamente, o que possibilitou a implantação da metodologia desde os serviços de fundação e execução da estrutura até serviços de pintura e limpeza final. As características das obras participantes, todas residenciais, abrangeram obras verticais e horizontais de padrão médio e alto, variando de um a cinco edifícios em cada canteiro. Os canteiros das obras encontram-se na região metropolitana de São Paulo.

Relacionamos abaixo os principais aspectos positivos que puderam ser evidenciados nos canteiros de obra e os aspectos críticos que, se não seguirem as diretrizes determinadas na fase de planejamento, podem comprometer o desempenho do programa de gestão de resíduos:

ASPECTOS POSITIVOS
Redução dos custos de coleta
Redução do desperdício (menor geração de resíduos)
Reaproveitamento dos resíduos dentro da própria obra
Limpeza e organização nos canteiros
Redução dos riscos de acidentes de trabalho

Tabela Formatada por: Frank e Sustentabilidade

ASPECTOS CRÍTICOS
Treinamento da mão de obra
Correta aquisição de dispositivos de coleta
Atendimento insatisfatório das empresas coletoras e transportadoras
Controle dos registros das destinações dos resíduos
Defasagem na execução da limpeza com relação ao serviço executado
Comprometimento da direção da empresa e da gerência da obra

Tabela Formatada por: Frank e Sustentabilidade

De modo geral, houve compromisso das empresas nas quais se implantou a metodologia de gestão, evidenciados por avaliações satisfatórias de limpeza, triagem e destinação dos resíduos, o que foi possível graças ao empenho das equipes de produção, ao comprometimento da direção da empresa e de seu corpo técnico, além do progressivo envolvimento de empreiteiros, fornecedores de insumos e prestadores de serviços em geral.

Conclusões

Para medir a iniciativa do COMASP em realizar este programa-piloto e avaliar os resultados da implantação do programa nas obras, o SindusCon-SP contratou uma empresa de pesquisas independente que entrevistou os profissionais das 11 empresas participantes, das consultorias I&T Informações e Técnicas e Obra Limpa e profissionais do SindusCon-SP.

Dentre os aspectos relevantes apontados na pesquisa, apresentamos a seguir os resultados relacionados às vantagens da implantação da gestão de resíduos nas obras sob os aspectos de produção, da imagem da empresa, comportamental e de custos:

VANTAGENS IDENTIFICADAS NO PROGRAMA DE RESÍDUOS
VANTAGENS IDENTIFICADAS NO PROGRAMA DE RESÍDUOS


  

Foram entrevistados 70 profissionais participantes do Programa de Gestão
Ambiental de Resíduos em Canteiro de Obras, em diversos cargos hierárquicos.

A pesquisa demonstrou que os principais aspectos positivos identificados foram:

ASPECTOS POSITIVOS
Aperfeiçoamento da logística da obra
Compreendendo a organização, segregação, acondicionamento
e destinação dos resíduos
Mudança de cultura
Conscientização ambiental dos funcionários próprios e de
empreiteiros
Imagem da empresa
Maior valorização da empresa pelos funcionários e fornecedores
Redução de custos
Redução do custo da destinação, parte pela redução da geração
de resíduos ou seu reaproveitamento, parte em função da
alteração da forma de destinação
Continuidade da implantação do programa
Reprodução da implantação do programa em todas as obras

Tabela Formatada por: Frank e Sustentabilidade


Também foram apontados aspectos que precisam ser mais bem desenvolvidos:

MELHORIAS
Divulgação do programa e das ações do setor
Aumentar a conscientização das construtoras, de forma que o setor como um todo implante a gestão de resíduos, o que acarretaria melhor imagem do setor
Envolvimento
Ampliar o envolvimento da alta administração e dos fornecedores
Educação Ambiental
Elaborar metodologia e materiais que possa auxiliar nos treinamentos, enfocando as questões de conscientização, sensibilização e questões operacionais.
Indicadores
Criar indicadores setoriais que possam ser utilizados para o planejamento das obras, como, por exemplo, o volume total de resíduos/área total construída
Projetos e especificações
Incluir nos projetos a questão da racionalização para a redução da geração dos resíduos e especificar materiais ou sistemas que possuam melhor desempenho ambiental

Tabela Formatada por: Frank e Sustentabilidade

A pesquisa revelou outro aspecto relevante: os entrevistados avaliaram como positiva a atitude pró-ativa do SindusCon-SP em implantar este programa-piloto, pois demonstra sua preocupação com o meio ambiente e com o acesso dos profissionais à informação e capacitação com relação às novas tendências.

A avaliação final demonstrou ser positiva em todos os aspectos, não esquecendo da necessidade da continuidade de ações junto aos órgãos municipais na definição dos Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, programas estes que possibilitam a implantação das ATTs - Áreas de Transbordo e Triagem e dos Aterros da Construção Civil, seja pela elaboração das legislações pertinentes, seja pelo incentivo a novos negócios, como a reciclagem dos resíduos.

Atualmente a maior dificuldade encontrada pelas empresas que incorporam em seus processos a gestão de resíduos está relacionada à correta destinação, solução que somente poderá ser encontrada se houver a efetiva participação da cadeia produtiva, envolvendo construtoras, incorporadoras, projetistas, os transportadores, ATTs, Aterros, recicladoras, fabricantes, órgãos públicos e entidades de pesquisa.

Cabe um agradecimento a todos os profissionais envolvidos neste trabalho, em especial às Construtoras, que demonstraram pioneirismo e maturidade para de forma consciente iniciar um processo inovador. A implantação da gestão ambiental de resíduos da construção civil nos canteiros de obras de forma fundamentada e consciente como foi feito por este grupo servirá como referência a ser seguida pelo setor.
FONTE DO TEXTO e dos quadros:  gestão ambiental de resíduos de construção civil - cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/Manual_Residuos_Solidos.

23 maio 2017

PREPARAÇÃO DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Preparação do Projeto de Gerenciamento de Resíduos

O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil é um documento que, conforme a Resolução CONAMA nº 307, deverá ser elaborado pelos geradores de grandes volumes de resíduos, devendo ser apresentado ao órgão competente juntamente com o projeto da obra.

O Projeto de Gerenciamento deve, de forma sumária, antecipar as orientações já descritas nos itens anteriores sobre a Gestão Interna no canteiro, a remoção e a destinação dos resíduos, dando atenção, explicitamente, às exigências dos seguintes aspectos da Resolução CONAMA nº 307:


Caracterização: identificação e quantificação dos resíduos;

Triagem: preferencialmente na obra, respeitadas as quatro classes estabelecidas;

Acondicionamento: garantia de confinamento até o transporte;

Transporte: em conformidade com as características dos resíduos e com as normas técnicas específicas;

Destinação: designada de forma diferenciada, conforme as quatro classes estabelecidas.

Os projetos de gerenciamento de empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental deverão ser apresentados aos órgãos ambientais competentes.
FONTE DO TEXTO:  gestão ambiental de resíduos de construção civil - cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/Manual_Residuos_Solidos.