23 março 2022

INSERIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR DE ACORDO COM A LEI 9.795

 

Quando pensamos na ampliação dos conhecimentos adquiridos pelos alunos no cotidiano e através dos avanços da tecnologia e do mercado, pouco discutiu como esses avanços e tecnologias estão colaborando para tornar o ambiente em que vivemos mais agradável e saudável, para esta e principalmente para as gerações futuras, que dependem de nós e dos alunos para que lhes seja garantida uma qualidade de vida, ao menos igual a nossa, uma vez que devido à falta dessa consciência ambiental tem prejudicado a natureza cada vez mais, impedindo que esta sobreviva por muito tempo.

 As metodologias e as práticas de ensino adotadas há décadas atrás tendiam para uma educação tradicional e mecanicista que não contemplava quaisquer atitudes de consciência seja ela ambiental ou social, as crianças eram “produzidas” educacionalmente com o intuito simplesmente de aprender a ler e escrever, não havia por parte desse ensino uma preocupação voltada para pensá-lo e refletir sobre o mundo e as coisas ao redor, com o passar dos anos essa metodologia se modificou e moveu sua preocupação para o mercado de trabalho, onde a preocupação dos professores era formar alunos para o mercado, um período onde a produção foi supervalorizada acarretando ainda mais produtos, o que acarretou ainda mais montante de lixo, seja lixo utilizado para a produção, seja a o lixo do produto final, e esse acúmulo, veio causando transtornos e a preocupação de como fazer para diminuir os problemas causados por essa superprodução.

 

INSERIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR DE ACORDO COM A LEI 9.795
INSERIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR DE ACORDO COM A LEI 9.795

A partir daí houve um mudança no quadro de ensino que veio desde projetos em reciclagem para o ensino fundamental, até os novos cursos de ensino superior voltados para a questão de conscientização e reflexão social, neste sentido, muito se destacaram as atividades ligadas à conscientização ambiental, ao interesse por um setor mais humano e preocupado com o manter das reservas naturais que garantem vida ao nosso planeta.

Chegamos a uma educação voltada para o interesse com o amanhã e os recursos naturais que garantem que ele chegue. Atualmente é comum percebermos que as escolas valorizam atitudes sustentáveis e promovem atividades sobre a importância de preservar o meio ambiente, é comum que nas escolas hoje faça parte do currículo dos alunos trabalharem com sucata e a reutilização de alguns materiais, além de reaproveitar aquilo que seria jogado no lixo, os alunos aprendem a dar mais importância àquilo que pode tornar-se um novo produto e ainda por cima diminuir a quantidade de lixo produzida pela sociedade, além disso, quando o professor é capaz de transmitir para seus alunos a mensagem de preservação e com isso multiplicar a mensagem, que será passada à família e àqueles aos quais tiverem contato com o aluno que, contagiado e motivado pelas ações apreendidas na escola irá atuar como multiplicador da mensagem.

a natureza é um grande patrimônio da sociedade Consequentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a preocupação da preservação dessa sua riqueza". Para o autor, se o meio ambiente está sendo atacado, agredido, violentado, devendo-se isso ao veloz crescimento da população humana, que provoca decadência de sua qualidade e de sua capacidade para sustentar a vida, não basta apenas denunciar os estragos feitos pelo homem na natureza, é necessário um processo educativo, com atitudes pró-ambientais e sociais. É claro que o crescimento da população, por si só não pode ser considerado o grande mal que ataca e destrói o meio ambiente, as necessidades dessa população em comer, vestir-se, locomover-se são os fatores que interferem no meio ambiente, pois todo esse consumo é feito de forma desordenada, e sem consciência de que é necessário um compromisso com o lixo produzido, além disso, não existem políticas eficazes para administrar essa produção de insumos, a nossa sociedade não foi educada para lidar com o lixo e desta forma, esse conceito de responsabilidade ambiental é novo aos nossos olhos, e se moldando ao passo que as escolas adotam esse interesse em educar seus alunos para que as gerações seguintes recebam e administrem melhor essa questão.

De acordo com a Lei 9.795/99,

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º).

A Humanidade irmana-se perante o universo, então deve lutar unida e sensível à conservação do meio ambiente. Para Brandão (1995), "a sensibilidade traz esperanças de novas relações com afetos de responsabilidade para com o presente e o futuro, não só das gerações humanas, mas de outras gerações de seres vivos".

Ao tomarmos conhecimento desta temática um leque muito maior de dependentes desta educação ambiental aparece, pois é devido a essa consciência que tantas espécies são preservadas, não somente a espécie racional que mesmo ciente de suas ações ainda é a única responsável pela degradação do meio ambiente, quanto à espécie irracional, que sofre com a incapacidade do homem em compreender que preservar o meio ambiente é uma forma de preservar sua própria vida.

A Educação Ambiental além de ser um processo educacional das questões ambientais, alcança também os problemas socioeconômicos, políticos, culturais e históricos pela interação de uma forma ou de outra destes campos com o meio ambiente, desta forma é de fato um tema de alta interdisciplinaridade e contribui muito para o processo de letramento do aluno. Sua aplicação tem a extensão de auxiliar na formação da cidadania, de maneira que extrapola o aprendizado tradicional, fomentando o crescimento do cidadão e consequentemente da Nação, daí a sua importância. Pela sua plenitude e abrangência, a Educação Ambiental incrementa a participação comunitária, conscientizando todos os participantes, professores, alunos e a comunidade estudada, ante a interação necessária para o seu desenvolvimento, ou seja, é um tema altamente atual, que necessita ser abordado com muita responsabilidade pelo professor.

A natureza já não tem mais pontos de referência na sociedade atual. As pessoas são arrastadas pelas novas tecnologias e cenários urbanos, e existe pouco da relação natural que havia com a cultura da terra. Para que a situação não piore, é preciso agir, proteger o ambiente, contudo, percebe-se um interesse, que a princípio partiu do conceito de design e decoração uma busca pelo resgate ecológico e logo após foi possível observar algumas manifestações por meio de escolas, partidos políticos, ONGS, etc. isso mostra que é possível buscar uma salvação, um tentativa de preservar o meio ambiente, mas certamente, a aprendizagem será mais eficaz se a atividade envolver as situações da vida real, do meio em que vivem os alunos, sempre com o objetivo de demonstrar que, se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para todos.

Uma das formas que pode ser utilizada para o estudo dos problemas do meio ambiente é através de uma educação consciente e um planejamento voltado para a responsabilidade ambiental dos indivíduos, podendo alcançar a mudança de comportamento de inúmeros alunos, tornando-os influente na defesa do meio ambiente para que se tornem ecologicamente equilibrados e saudáveis.

A Educação Ambiental é um processo educacional criado ao longo dos anos através de estudos de especialistas, mas isso não impede que o professor, busque trabalhar as noções mais simples desta consciência sobre o meio ambiente e as formas de preservá-lo, ou mesmo criar nos alunos do ensino médio um interesse com visão das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objetivo comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres do planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.

Porém, existem barreiras que impedem da educação ambiental avançar. A principal dificuldade em se praticar a Educação Ambiental no cotidiano do ambiente escolar se dá na generalizada incompreensão do significado de meio ambiente. É comum perceber o não entendimento de que o meio ambiente não é apenas fauna e flora, e que os seres humanos também fazem parte da natureza. Boa parte daquilo que se diz tratar de Educação Ambiental hoje em dia, na verdade, se identifica com atitudes desvinculadas do contexto no qual se insere ou com o qual interagem alicerçadas em conceitos vazios, palavras ocas ou ativismo irrefletido. Essas ações pontuais são indesejáveis para quem pensa uma Educação Ambiental crítica e transformadora. A educação ambiental transcende trabalhar questões como o desmatamento e a extinção de animais, o ambiente diz respeito a todos os recursos e ações ligadas ao habitat naturais homem e de outras espécies de seres vivos, desta forma quando vemos ações ligadas somente aos termos superficiais, não estamos trabalhando a questão da responsabilidade social por completo e sim, uma parte dela.

Naquilo que tange a Educação Ambiental e sua relação com a escola em trabalhar temas atuais percebe-se que a tendência a sobrevalorizar as respostas tecnológicas diante dos desafios ambientais acaba por criar uma abordagem despolitizada da temática ambiental, culminando com uma perspectiva limitada ou inexistente sem ênfase nos problemas ligados ao consumo e modos de produção. Falta a relação entre as dimensões sociais e naturais e a contextualização econômica e política em relação à responsabilidade sobre os impactos ambientais, banalizando as noções de cidadania e participação que na prática são reduzidas a uma concepção totalmente passiva. Não podemos simplesmente implantar a coleta seletiva sem antes discutir a extração de matéria prima, utilização de recursos naturais, modos de produção, consumo e descarte de lixo, por exemplo. É preciso problematizar, é preciso haver um processo para que a coleta seletiva faça sentido aos alunos. É neste contexto que a questão pedagógica sobre a interdisciplinaridade se faz tão necessária.

Comportamentos ambientalmente e socialmente corretos representam, antes de tudo, a ética no sentido mais amplo de seu significado, ou seja, a ética universal. Por este motivo, o professor, seja ele da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e até o professor de ensino superior devem ter atitudes que sirvam de exemplo dessa consciência, dessa responsabilidade em preservar e se pensar na responsabilidade social.

Isso se refletiria em cumprir o desenvolvimento voltado para a sociedade sustentável, um desenvolvimento que proporcione verdadeiras melhorias na qualidade de vida humana e que, ao mesmo tempo, conserve a vitalidade e a diversidade do planeta. Cada indivíduo precisa compreender que é parte integrante do ambiente e que, através de suas ações, é agente modificador do mesmo, participante da sociedade, interagindo como iguais e compartilhando os mesmos direitos e deveres.

Fonte:monografias.brasilescola.uol.com.br

 

Um comentário:

  1. Excelente! Precisamos repensar sobre a questão ambiental urgente! Parabéns pelo texto!

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