28 junho 2012

CONCEITO GERAIS DE EROSÃO



 Erosão: Conceitos Gerais

A erosão é o processo de desagregação e remoção das partículas sólidas do solo ou de fragmentos e partículas de rochas, devido à ação combinada da gravidade com a água, o gelo e/ou os organismos vivos (plantas e animais). A superfície da terra é coberta por solos, que são formados por um processo permanente de alteração das rochas e transformação pedogenética comandados por agentes físicos, químicos e orgânicos. Este processo, que se deu ao longo de centenas de anos, é contrabalançado pela erosão, causando a remoção das partículas constituintes do solo. Neste quadro de equilíbrio na natureza, entre os processos de formação e remoção dos solos, a erosão é considerada erosão normal. Entretanto, este equilíbrio pode ser rompido pela intensificação da erosão. Nesta situação, os processos de formação do solo não conseguem superar os processos de degradação, e a erosão é considerada erosão acelerada. Se ela for desencadeada por alterações das condições geológicas ou climáticas, ocorre ao longo de milhares de anos. No entanto, a erosão acelerada provocada pelo homem ocorre em poucos anos: é a erosão antrópica; extremamente prejudicial ao meio ambiente.
 
CONCEITO GERAIS DE EROSÃO
CONCEITO GERAIS DE EROSÃO
A erosão antrópica pode ser de três tipos: laminar; em sulcos e/ou ravinas; ou por voçorocas. Erosão laminar é o processo de lavagem da superfície do terreno com transporte das partículas sólidas do solo. Inicia-se com a desagregação destas partículas pela energia das gotas de chuva. Estando livres, são facilmente carreadas pelo escoamento superficial da água, formado pelo ajuntamento das gotas de chuva que caem sobre a superfície do terreno. No caso da erosão laminar, o escoamento superficial distribui-se homogeneamente pelo terreno. Quando há concentração do escoamento superficial, as gotas de chuva juntam-se num volume grande de água formando as enxurradas, que por apresentarem alta energia de transporte, geram sulcos no terreno ou até ravinas. Estas ravinas podem aprofundar-se até encontrar o nível freático. A partir deste momento, configura-se a voçoroca.
A voçoroca é o estágio mais avançado e complexo de erosão , cujo poder destrutivo local é superior ao das outras formas de erosão, e portanto, de mais difícil contenção. Além da erosão superficial, associa-se um processo de erosão interna (“piping”) provocada pela concentração de água do nível freático, que se caracteriza pelo avanço para o interior do solo na forma de tubos (“entubamento”). Os vazios destes tubos, ao se tornarem significativos, originam colapsos do terreno, com desabamentos que alargam a voçoroca ou criam novos ramos. Durante os processos de erosão interna, ocorrem os descalçamentos e solapamentos da base das paredes da voçoroca, provocando desmoronamentos e escorregamentos de solos.
Assim, o controle do processo erosivo, durante a sua fase “primária”, ou seja enquanto erosão laminar, é fundamental quando se deseja utilizar a terra, seja para fins agrícolas, urbanos, industriais, lazer, reservatórios, etc. Tal controle deve ter como princípio minimizar o impacto das gotas das chuvas e a energia da água no processo de escoamento superficial. Senão, pode-se gerar a voçoroca, a forma de erosão de elevado poder destrutivo. Suas dimensões podem atingir até dezenas de metros de largura e profundidade, com várias centenas de metros de comprimento. A tais dimensões, alia-se grandes velocidades de avanço. A rápida evolução de seus ramos ativos podem atingir edificações, estradas e obras públicas.
As causas da erosão acelerada são função de fatores antrópicos e naturais. Como fatores antrópicos têm-se o uso e ocupação irracional do solo: desmatamentos, cultivos inadequados, estradas mal planejadas, expansão urbana desordenada. Sobre este cenário “catastrófico” formado pela ação antrópica, atuarão os fatores naturais chuva, relevo, solos, rocha e vegetação, que controlarão a intensidade do processo erosivo. Enfim, as principais conseqüências da erosão acelerada são a destruição de terras cultiváveis, de equipamentos urbanos e obras civis, e o assoreamento de reservatórios e cursos d’água.
 A Erodibilidade dos Solos na Área de Estudo
A erodibilidade do solo pode ser entendida como sendo a suscetibilidade à erosão devida às propriedades do próprio solo. Trata-se de um parâmetro importante na previsão da erosão e planejamento do uso da terra. Depende principalmente da capacidade de infiltração de água no solo, da resistência ao desprendimento e transporte das partículas sólidas do solo pelo escoamento superficial.
Boyoucos (1935) relacionou a erodibilidade ao tamanho das partículas sólidas e à estabilidade dos agregados do solo. Assim, a erodibilidade tende a aumentar quando os teores de areia muito fina e silte são elevados, e a diminuir, com a elevação dos teores de argila e matéria orgânica (Wischmeier e Smith, 1958). As argilas comportam-se como elemento agregante do solo, devido à sua alta atividade eletro-química. A areia é transportada com dificuldade devido ao seu peso. Por outro lado, o silte é a porção textural mais suscetível aos agentes erosivos, pois não possui nem a característica agregante da argila, nem o peso da areia.
Considerando somente a granulometria, Rezende e Rezende (1983) citam que o solo será mais resistente à erosão quanto melhor for a combinação dos fatores condutividade hidráulica e estabilidade dos agregados. No entanto, estas propriedades têm efeitos inversamente proporcionais, pois solos menos coerentes são os que apresentam maior taxa de infiltração, e vice-versa. Isto é, se deve à distribuição dos tamanhos dos poros do solo. Nos solos pouco coerentes, como os de textura arenosa, há uma grande quantidade de macroporos (poros maiores que 50 mm), os quais são responsáveis pela infiltração da água no perfil do solo. Nos solos coerentes, de textura argilosa, há alta quantidade de microporos, favorecendo a retenção e armazenagem de água no solo. Nota-se porém, que o arranjo interagregado de solos argilosos favorece a manutenção de altos valores de condutividade hidráulica e a alta resistência à erosão, como é o caso do Latossolo Roxo.

A análise da erodibilidade dos solos que predominam nas Bacias Hidrográficas dos Córregos Sucuri, Bacuri e Macumã baseou-se na Razão Textural (equação 1), proposta por Bertoni (1978), e no Índice de Boyoucos Modificado (1989), expressos a seguir:

Razão textural = Média da porcentagem de argilas no Horizonte B (excluindo B3) .....(1)
                                Média da porcentagem de argilas de todo Horizonte A 
Índice de Boyoucos  =  % de areia  +  % de silte .....................(2)        % de argila 
No Quadro 1 são apresentados os valores dos índices de erodibilidade para os perfis representativos dos solos que predominam nas bacias hidrográficas estudadas.
 A Resistência dos Solos à Erosão na Área de Estudo
A análise dos solos quanto a suscetibilidade à erosão baseou-se em metodologia citada por Betolini et al (1994) que enquadra os solos em 4 (quatro) grupos de resistência à erosão, levando-se em consideração a profundidade, a permeabilidade e a textura das camadas superficial e subsuperficial, as quais correspondem aos principais atributos que influenciam na erodibilidade e a infiltração da água no perfil do solo. Esta classificação, apresentada no Quadro 2, permite a definição de uma série de decisões para a implantação de práticas mecânicas de conservação do solo.
O Grupo A corresponde a solos com alta taxa de infiltração, mesmo quando saturados, e com alto grau de resistência e tolerância à erosão. São normalmente profundos ou muito profundos, porosos, com baixo gradiente textural (relação textural menor que 1,2), de textura média, argilosa ou mesmo muito argilosa. A alta quantidade de macroporosidade em todo o perfil resulta em solos bem drenados a excessivamente drenados. Assim, as permeabilidades das camadas superficial e subsuperficial são rápidas, ou pelo menos moderada na camada superficial e rápida na subsuperficial.
No Grupo B encontram-se solos com moderada taxa de infiltração, mesmo quando saturados, ou com alta taxa de infiltração, mas com moderada resistência e tolerância à erosão. São normalmente profundos, com relação textural entre 1,20 e 1,50. As permeabilidades das camadas superficial e subsuperficial devem ser rápida e moderada ou rápida e rápida, respectivamente.
Os solos do Grupo C apresentam baixa taxa de infiltração, e baixa resistência e tolerância à erosão. São normalmente profundos ou moderadamente profundos, com relação textural maior que 1,5, comumente apresentado mudança textural abrupta. As permeabilidades das camadas superficial e subsuperficial devem ser lenta e moderada, lenta  e rápida ou rápida e moderada, respectivamente.
Finalmente, o Grupo D agrupa solos com taxa de infiltração muito baixa, e com muito baixa resistência e tolerância à erosão. Normalmente são rasos e/ou permeáveis, ou com mudança textural abrupta aliada a argila de alta atividade (Ta) ou ainda com camada de impedimento à infiltração de água (piçarra, fragipã, etc.). Os valores de permeabilidade das camadas superficial e subsuperficial são lenta e lenta ou rápida e lenta, respectivamente.
Os valores das permeabilidades dos horizontes superficiais e subsuperficiais foram determinados através dos ensaios de condutividade hidráulica saturada, conforme metodologia citada em Klute (1986). Este parâmetro foi determinado somente para os Podzólicos, pois predominam em praticamente toda a área estudada (93%).

QUADRO 1 - Índices de erodibilidade relacionados ao solos predominantes na área.
Classes de Solo
Área
Perfil
Hori-zonte
Granulometria
Relação Textural
Índice de Boyoucos
Km2
%
Areia
Silte
Argila
Vermelho Escuro, textura arenosa/média
70,87
91,9
PO-1
Ap
79
8
13
1,62
6,7
Bt
71
8
21
3,8
PO-2
Ap
81
9
10
2,4
9,0
Bt
70
6
24
3,2
PO-3
Ap
85
4
11
2,09
8,1
Bt
70
7
23
3,3
PO-7
Ap
81
6
13
1,62
6,7
Bt
72
7
21
3,8
PO-8
Ap
78
10
12
1,92
7,3
Bt
68
10
23
3,4
PO-9
Ap
84
6
10
2,0
9,0
Bt
70
10
20
4,0
PO-10
Ap
78
8
14
1,79
6,1
Bt
66
9
25
3,0
PO-13
Ap
81
6
13
1,77
6,7
Bt
71
6
23
3,3
PO-14
Ap
81
6
13
1,92
6,7
Bt
69
6
25
3,0
PO-15
Ap
83
6
11
2,54
8,1
Bt
67
5
28
2,6
PO-16
Ap
77
10
13
2,31
6,7
Bt
63
7
30
2,3
PO-19
Ap
80
6
14
1,71
6,1
Bt
69
7
24
3,2
PO-20
Ap
81
7
12
1,83
7,3
Bt
69
9
22
3,5
Podzólico Vermelho Escuro, textura média/média
PO-5
Ap
71
12
17
1,47
4,9
Bt
65
10
25
3,0
Podzólico Vermelho Amarelo, textura arenosa/média
0,89
1,15
PO-4
Ap
82
7
11
2,0
8,1
Bt
70
8
22
3,5
PO-17
Ap
82
6
12
2,08
7,3
Bt
68
7
25
3,0
PO-18
Ap
78
8
14
1,71
6,1
Bt
72
4
24
3,2
Podzólico Vermelho Amarelo, textura média/média
PO-12
Ap
75
6
19
1,53
4,3
Bt
65
7
29
2,5
Latossolo Vermelho Escuro, textura média
0,69
0,90
PO-11
Ap
76
7
17
1,23
4,9
Bt
73
6
21
3,8
PO-21
Ap
75
8
17
1,29
4,9
Bt
71
7
22
3,5
Bt
74
7
19
4,3



QUADRO 2 - Classificação dos solos quanto à resistência à erosão.
GRUPO
Grupo de resistência à erosão
Principais características
Profundidade
Permeabilidade
Textura
Razão textural
Índice K
A
Alto
Muito profundo (> 2m) ou profundo (1 a 2m)
Rápida/rápidaModerada/rápida
Média/média; Média argilosa/média argilosa; Argilosa/argilosa
< 1,2
1,25
B
Mode-rado
Profundo (1 a 2m)
Rápida/rápidaModerada/rápida
Arenosa/arenosa; Arenosa/média; Arenosa/argilosa; Média/argilosa; Argilosa/média argilosa
1,2 a 1,5
1,10
C
Baixo
Profundo (1 a 2m) a moderadamente profundo (0,5 a 1m)
Lenta/rápidaLenta/moderada
Rápida/moderada
Arenosa/média; Arenosa/argilosa; Média/argilosa; Argilosa/média argilosa
> 1,5
0,90
D
Muito baixo
Moderadamente profundo (0,5 a 1m) a raso (0,25 a 0,50m)
Rápida, moderada ou lenta sobre lenta
Muito variável
Muito variável
0,75
Com base nos índices de erodibilidade (Quadro 1) dos solos que predominam nas bacias hidrográficas estudadas, nos atributos e características dos solos relacionadas aos Grupo de Resistência à Erosão (Quadro 30), nas características físicas e hídricas dos Podzólicos (Quadros 3 e 4), nas descrições morfológicas dos perfis dos solos e nos demais dados do meio físico das bacias hidrográficas dos córregos Sucuri, Bacuri e Macumã, conclui-se que:
· As terras em que predominam os Podzólicos Vermelho Escuro e Vermelho Amarelo, textura arenosa/média e média/média, apresenta baixa resistência à erosão (Grupo C), pois os valores da relação textural são maiores que 1,5. Estas terras ocupam 71,8 km2 ou 93% da área total das Bacias Hidrográficas dos Córregos Sucuri, Bacuri e Macumã. Localmente podem ocorrer Podzólico Vermelho Escuro, textura média/média com relação textural menor que 1,5, isto é, com moderada resistência á erosão (Grupo B).

· O Índice de Boyoucos mostra que tanto os horizontes A e Bt dos podzólicos são erodíveis, pois apresentam valores acima de 1,78, que corresponde ao valor do índice para um solo argiloso (com 36% de argila). Porém, nota-se que os Horizontes A dos Podzólicos apresentam suscetibilidade à erosão muito maior que os seus horizontes subsuperficiais Bt;

· Os Latossolo Vermelho Escuro, textura média estão enquadrados no Grupo B de solos com moderada resistência à erosão, pois apresentam relação textural média igual a 1,26. Porém, apresentam elevados valores de Índice de Boyoucos, o que lhes conferem moderada a alta suscetibilidade aos processos erosivos. Ocupam menos de 1% da área total estudada ou 0,69 km2.
QUADRO 3 - Propriedades físico-hídricas e índices de erodibilidade de Podzólico
vermelho Escuro, A fraco, textura arenosa/média.
P606Horizonte: Profundidade (cm)
Densidade do Solo (g/cm3)
Granulometria (%)
Razão textural
Índice de Boyoucos
Condutividade Hidráulica Saturada (mm/h)
Areia
Silte
Argila
Ap: 0-30
1,58
84
6
10
1,74
9,0
28,98
Bt/Ap: 30-55
1,59
80
7
13
6,7
16,56
Bt: 55-150+
1,48
70
10
20
4,0
18,22
 
QUADRO 4 - Propriedades físico-hídricas e índices de erodibilidade de Podzólico
vermelho Escuro, A fraco, textura arenosa/média.
P607Horizonte: Profundidade (cm)
Densidade do Solo (g/cm3)
Granulometria (%)
Razão textural
Índice de Boyoucos
Condutividade Hidráulica Saturada (mm/h)
Areia
Silte
Argila
Ap: 0-25
1,42
81
7
12
1,76
7,3
110,12
Bt/Ap: 25-50
1,38
79
8
13
6,7
133,31
Bt: 50-150+
1,45
69
9
22
3,5
52,16

10.4. Suscetibilidade à Erosão Laminar

O sistema de Capacidade de Uso tem o propósito de agrupar as terras que se apresentam homogêneas quanto às potencialidades e limitações ao uso agrícola, através de análise integrada do solo, relevo e erosão, resultando em 8 classes. A classe I agrupa as terras que têm nenhuma ou somente muito pequena limitação permanente e risco à degradação, sendo aptas ao uso com culturas anuais, perenes, pastagens, reflorestamentos e vida silvestre. Nas classes subsequentes II, III, IV, V, VI, e VII, a intensidade dos fatores limitantes à utilização para fins agrícolas passa a aumentar, culminando na classe VIII, que agrupa terras impróprias para qualquer tipo de cultivo comercial, devendo ser mantida como área de preservação ambiental. Para cada classe são recomendadas práticas de melhoramento e de conservação do solo. A maior ou menor complexidade destas práticas é definida pela subclasse à qual pertence o solo.
As terras da área estudada apresentam principalmente três fatores limitantes, expressos nas subclasses de Capacidade de Uso da seguinte forma: e, quando existe erosão ou há risco de que ocorra; a, quando há problemas de encharcamento; e s, quando há limitação do solo (Lepsch, 1991).
Assim, a Classificação das Terras no Sistema de Capacidade de Uso tem como base a suscetibilidade dos solos à erosão laminar. Conforme DAEE (1990), o Mapa de Suscetibilidade pode ser obtido pela integração dos Mapas de Erodibilidade e de Declividade, enquanto que o Mapa de Erodibilidade pode ser obtido relacionando-se os solos aos Grupos de Resistência à Erosão definidos por Bertoni (1978).
O Quadro 33 apresenta as Classes de Suscetibilidade à erosão geradas à partir da integração da erodibilidade dos solos e das classes declividades dos terrenos. Às classes de suscetibilidade estão relacionadas as classes de Capacidade de Uso. As classes I, II, III, IV e V correspondem a aqueles solos com muito alta, alta, moderada, baixa e nula suscetibilidade à erosão, respectivamente.
De acordo com o Quadro 33 a subclasse VIe de Capacidade de Uso equivale à classe I de suscetibilidade à erosão; a subclasse IVe de Capacidade de Uso, à classe II de suscetibilidade à erosão ; a subclasse IIIe de Capacidade de Uso, à classe III; as subclasses IIe e IIes, à classe IV; e finalmente, a subclasse Va, à classe V.
QUADRO 33 - Classes de suscetibilidade à erosão gerados a partir da integração da resistência dos solos à erosão e da declividade dos terrenos, bem como as correlações com o Sistema de Capacidade de Uso.
Solos
Resistência à erosão
CLASSES DE DECLIVIDADE
A (0-3%)
B (3-6%)
C (6-12%)
D (12-20%)
E (>20%)
CLASSES DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO(Subclasses de Capacidade de Uso das Terras)
Podzólico Vermelho Escuro, textura arenosa/média
Baixa
IV(IIes)
III(IIIe)
II(IVe)
I(VIe)
I(VIe)
Podzólico Vermelho Amarelo, textura arenosa/média
Baixa
-
III(IIIe)
II(IVe)
I(VIe)
I(VIe)
Latossolo Vermelho Escuro, textura média
Moderado
IV(IIe)
III(IIIe)
-
-

Hidromórfico
Alta
V(Va)
V(Va)
-
-
-

O Quadro 34 apresenta as áreas ocupadas pelas classes de suscetibilidade à erosão predominantes nas bacias hidrográficas estudadas.
QUADRO 5 - Áreas das classes de suscetibilidade à erosão.
Classes de Suscetibilidade à Erosão
Subclasses de Capacidade de Uso
Área (km2)
%
V
Va
4,67
6,06
IV
IIs
0,10
0,13
IV
IIes
3,81
4,94
III
IIIe
38,22
49,56
II
IVe
27,71
35,93
I
VIe
2,61
3,38
Do Quadro 5 nota-se que a maioria das terras das bacias hidrográficas (cerca 50%) apresenta moderada suscetibilidade à erosão (III); correspondem aos Podzólicos Vermelho Escuro e Vermelho Amarelo e Latossolo Vermelho Escuro dispostos em terrenos com declividades entre 3 e 6% (Classe B). As terras com alta suscetibilidade (II) à erosão ocupam 36% da área total estudada, às quais se referem aos Podzólicos Vermelho Escuro e Vermelho Amarelo dispostos em terrenos com declividades entre 6 a 12% (Classe C). 4% dos Podzólicos dispõem-se em declividades maiores que 12%, formando a classe I de suscetibilidade à erosão. Os Podzólicos e o Latossolo dispostos em declividades menores que 3%, bem como os Hidromórficos em relevo de agradação, correspondem às classes IV e V de suscetibilidade à erosão, e ocupam 11% área total estudada.


10.5. Mapa de Potencial à Erosão Laminar

Conforme Bertoni e Lombardi (1985), embora alguns solos sejam mais erodíveis que outros, é oportuno lembrar que a quantidade de solo perdida pela erosão que ocorre em dadas condições, é influenciada não somente pelo próprio solo, mas pelo tratamento ou manejo que recebe; um solo pode perder, por exemplo, 200 toneladas por hectare e por ano quando usado com culturas anuais plantados morro abaixo em terreno com grande declividade, enquanto o mesmo solo, com uma pastagem bem planejada, perderia somente alguns quilogramas por hectare. A diferença em erosão causada por diferentes sistemas de manejo para o mesmo solo é muito maior que a diferença de erosão de diferentes solos com o mesmo manejo.

O Mapa de Potencial à Erosão Laminar  representa o risco à erosão laminar a que está sujeita uma gleba de terra quando ocupada e manejada pelo homem, e expressa a discrepância entre o uso e ocupação e a vocação natural da gleba, ou seja, a sua capacidade de uso (IPT, 1990). O confronto entre os Mapas de Capacidade de Uso e de Uso e Ocupação possibilita analisar se as terras estão sendo utilizadas adequadamente, isto é, conforme o seu potencial ao uso agrícola. O produto deste confronto é o Mapa de Potencial à Erosão Laminar.

Assim, as terras das bacias hidrográficas estudadas foram agrupadas nas classes de muito alto (MA), alto (A), moderado (M), baixo (B) e muito baixo (MB) potencial à erosão laminar, conforme apresentado no Quadro 6.

No Quadro 36 apresentam-se as áreas ocupadas por cada classe de risco à erosão, bem como a relação percentual relativo à área total de estudo.
QUADRO 6 - Potencial à erosão laminar.
Sub-classes de capacidade de uso das terras
CLASSES DE OCUPAÇÃO E USO DO SOLO
Culturas anuais, perenes, semi-perenes
Pastagem
Cana de açúcar
Mata
Outros usos
IIe
B
MB
M
MB
A
IIes
B
MB
M
MB
A
IIIe
M
B
A
MB
A
Ive
A
B
A
B
MA
Va
-
B
-
MB
MA
Vie
MA
M
MA
B
MA
 
QUADRO 7 - Área ocupadas pelas classes de potencial à erosão laminar.
POTENCIAL À EROSÃO LAMINAR
ÁREA
km2
%
Muito baixo
3,82
4,96
Baixo
65,54
85,10
Moderado
6,09
7,91
Alto
1,36
1,77
Muito Alto
0,04
0,06
Espelhos d’água
0,16
0,21

Do Quadro 7 pode-se concluir que a maior parte da área estudada (90%) tem as terras utilizadas de forma adequada à sua capacidade de uso, ou seja, à sua vocação agrícola. Isto se deve ao fato, da maior parte das terras (85%) estarem ocupadas pela pastagem. Porém, essa situação só é válida desde que o estado de conservação e fertilidade dessa pastagem esteja adequado. No caso de pastagens degradadas, o potencial à erosão laminar é acentuado, principalmente nos cruzamentos de trilhas de gado. Nesses locais, há sempre indícios de início de processos de ravinamento, principalmente quando os solos apresentam gradiência textural entre os horizontes A e B. 

EROSÃO QUÍMICA



Erosão química


Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a umidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem. 


EROSÃO QUÍMICA
EROSÃO QUÍMICA



EROSÃO MARINHA

Erosão Marinha
EROSÃO MARINHA
EROSÃO MARINHA
É a erosão causada pela água do mar. O choque das ondas do mar contra uma rocha realiza lentamente o seu desgaste. A erosão marinha também forma ilhas, baias e cabos.
Ilhas - Terra cercada de água por todos os lados menos extensa que os meio-ambiente.
Baías - Pequena enseada
Cabo - Ponta de terra que avança pelo mar.
A erosão marinha é a ação da água do mar, que desgasta as rochas.
A erosão marinha é provocada pela água do mar. A força das ondas com o impacto das rochas formam ilhas, baías e também cabos por isso e chamada de erosão marinha. É aquela que acontece com a força das ondas com rochas pode ser com água salgadas.
É a erosão causada pela água do mar. O choque das ondas do mar contra uma rocha realiza lentamente o seu desgaste. A erosão marinha também forma ilhas, baias e cabos.
Fonte: websmed.portoalegre.rs.gov.br
Erosão Marinha
EROSÃO MARINHA
EROSÃO MARINHA

Erosão provocada pelas águas do mar designa-se por erosão marinha ou abrasão marinha. As águas do mar actuam sobre os materiais do litoral (linha de costa) desgastando-os através da sua acção química e da sua acção mecânica. O aspecto da linha de costa é variável de acordo com a natureza dos materiais rochosos que a constituem. De um modo em geral podemos detectar dois tipos de costa;
a costa de arriba - de natureza alta e escarpada
a costa de praia - baixa e arenosa.
A água do mar reage quimicamente com alguns materiais rochosos desgastando-os. A acção mecânica das águas faz-se sentir quando o mar atira contra a costa rochas de dimensões variáveis originando fracturas nas rochas do litoral. A acção que o mar exerce sobre os meio-ambiente faz-se sentir aos seguintes níveis desgaste, transporte e deposição.

A ação de desgaste está condicionada pelos seguintes fatores:
a) reações químicas entre a água e os materiais;
b) ação mecânica da água;
c) força e direção das rochas;
d) natureza das rochas - dureza, constituição química e coesão.
O desgaste origina materiais soltos , de dimensões muito variáveis que as correntes marítimas transportam, por vezes, a grandes distâncias. Quando a velocidade e força das correntes diminuem os materiais transportados são depositados.
Fonte: pt.wikipedia.org

Ventos

Os ventos são os grandes responsáveis pela dinâmica costeira, tendo um papel importante na sedimentação litorânea e nas formações das ondas, contribuindo, também, para a geração das correntes litorâneas.

Ondas

As ondas são geradas pelos ventos, atuam como importantes agentes de energia, constituindo-se na principal causa de erosão e gerando diversos tipos de correntes e diferentes padrões de transporte de areia. Desta forma, a morfologia dos perfis de praias arenosas, em uma determinada região, é definida em função do nível energético das ondas.
EROSÃO MARINHA
EROSÃO MARINHA
Correntes litorâneas e transporte de sedimentos
As ondas que chegam à praia geram uma série de correntes, cujo padrão depende do ângulo de incidência que fazem com a linha de praia. As mais importantes são as correntes de marés, as correntes oceânicas e as geradas pela arrebentação da onda.
As correntes litorâneas transportam os sedimentos que são colocados em movimento pela ação das ondas. Este movimento de areia é denominado de deriva litorânea e constitui-se num processo significativo de transporte de sedimentos ao longo das costas arenosas.

Marés

As marés são importantes ondas dos oceanos, as quais apresentam um levantamento eabaixamento rítmicos, que se traduzem por uma oscilação periódica do nível do mar, devido à atração dos astros sobre as águas.
Esta oscilação d'água é acompanhada de correntes horizontais (correntes de marés), sendo que duas vezes durante o mês, na lua nova e na lua cheia, quando ocorrem as marés mais altas, chamadas de sizígia.
No domínio costeiro, a amplitude da maré pode ser a causadora de profundas modificações no processo de sedimentação do litoral, seja acumulando ou erodindo a costa.

Equilíbrio da praia

O equilíbrio de uma praia depende da relação entre o aporte de sedimentos e a capacidade de transporte litorâneo. Se uma quantidade de areia maior que aquela que pode ser transportada pelas ondas é levada até a costa, a praia tenderá a acumular areia; caso contrário, se o aporte de sedimentos for menor, a praia será erodida. Alguns fatores externos, como mudanças do nível do mar ou a construção de obras de engenharia que interrompam o transporte litorâneo de sedimentos, podem modificar sensivelmente o balanço sedimentar, consequentemente, o equilíbrio da praia.

Entendendo Erosão Costeira

As mudanças do nível do mar
Atualmente, a tendência observada em escala mundial é a elevação lenta do nível médio dos mares. Este movimento é causado, principalmente, pelo degelo das calotas polares, que vem ocorrendo há, pelo menos, 20.000 anos. Ao longo deste período, o nível do mar subiu cerca de 150 metros, provocando um recuo da linha de costa. A taxa atual de elevação do nível do mar, devido a este fenômeno, é de 5cm a cada 25 anos, em nível mundial.

Morfologia costeira

A morfologia da costa exerce uma grande influência sobre a erosão marinha. A largura da plataforma continental, presença de promontórios, topografia da praia e a ocorrência de arenitos de praia (beach rocks) e corais apresentam-se com importante papel no fenômeno de erosão. Os recifes de arenito e corais, por exemplo, podem contribuir para a proteção da costa como barreiras naturais contra o ataque das ondas. Estas barreiras absorvem grande parte das energias das ondas, antes que estas atinjam as praias. Deste modo, a movimentação de areias é bastante reduzida entre as praias e estas barreiras.
EROSÃO MARINHA
EROSÃO MARINHA

Ambiente costeiro x Erosão marinha
As zonas costeiras representam cerca de 1,6% da superfície das terras emersas, abrigando aproximadamente 40% da população mundial, constituindo-se nas áreas mais afetadas pela ação do homem. Estas zonas apresentam uma grande fragilidade e vulnerabilidade às intervenções antrópicas, decorrentes da complexidade de ambientes resultantes da interação terra/mar.
A erosão marinha é um problema que está intimamente associado a uma ocupação desordenada e à falta de um planejamento urbano. Outros fatores de ordem ambiental contribuem fortemente para agravar este problema, dentre os quais aterros indiscriminados dos mangues e "obras de engenharias", que quando executadas sem critérios globais, podem agravar ou provocar a erosão nas áreas adjacentes
Fonte: www.cprh.pe.gov.br
Fonte:.portalsaofrancisco.com.br

EROSÃO GLACIAL



Erosão Glacial


Erosão Glacial
Erosão Glacial

As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.

A erosão glacial ocorre quando, em épocas de temperatura muito fria, a água que no verão penetrou entre as rochas se congela, quebrando-as, devido ao aumento do volume.



Também é glacial a erosão provocada pelos blocos de gelo que, desprendidos das geleiras, deslizam pelas encostas atritando-se contra elas e desgastando-as.

O aumento da temperatura do planeta, que causa o degelo em diversas regiões do mundo, acontece principalmente pela grande emissão de gases de efeito estufa.  A queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) em veículos, usinas termoelétricas, indústrias e equipamentos de uso doméstico, por exemplo, emitem dióxido de carbono, o gás que mais colabora para a intensificação do efeito estufa.   


ConsequênciasO derretimento de gelo é responsável por consequências desastrosas e, muitas vezes, irreversíveis ao planeta. Os cientistas temem que o aumento do nível do mar provocado pelo degelo cause inundações de terras, podendo transformar áreas da Floresta Amazônica em uma savana.


Há, também, a preocupação com o aumento de doenças tropicais, como malária e dengue.  Para os especialistas,  o derretimento das geleiras também pode prejudicar o abastecimento de água.



FormaçãoAs geleiras se formam em áreas onde se acumula mais neve no inverno que a que se derrete no verão. Quando as temperaturas se mantêm abaixo do ponto de congelamento, a neve caída muda sua estrutura já que a evaporação e a recondensação da água causa a recristalização para formar grânulos de gelo menores, espessos e de forma esférica. Este tipo de neve recristalizada é conhecido por nevado.

Nas geleiras, onde a fusão se dá na zona de acúmulo de neve, a neve pode converter-se em gelo através da fusão e o regelo (no período de vários anos). Na Antártida, onde a fusão é muito lenta ou não existe (inclusive no verão), a compactação que converte a neve em gelo pode demorar mil anos.




CuriosidadesO gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra.


O termo "geleira" não é aplicado às massas de gelo formadas pelo congelamento da água: essas são as banquisas. E mais: a expressão "manto de gelo" só se refere a uma massa de neve e gelo muito espessa, com área maior de 50 mil km². Só existem dois mantos de gelo no planeta: o antártico e o groenlandês.
Assim ocorre a separação dos blocos de gelo, e na maioria das vezes, assim são formados os icebergs.

Classificação das Geleiras

Geleira alpina


Esta classe inclui as geleiras menores, as quais caracterizam-se por estarem confinadas nos vales das montanhas: razão porque são denominadas geleiras de vale ou alpinas ou de montanha, a taxa de alimentação de neve é elevada e sua velocidade também: 60m/mês.



Calota de gelo



Consiste em enormes coberturas de gelo que podem cobrir uma cordilheira ou um vulcão; sua massa é menor que a atual nas geleiras continentais. Estas formações cobrem grande parte do arquipélago das ilhas norueguesas de Svalbard, no Oceano Glacial Ártico.

Geleira de descargaAs calotas de gelo alimentam geleiras de descarga, línguas de gelo que se estendem vale abaixo distantes das bordas dessas massas de gelo maiores. No geral, as geleiras de descarga são geleiras de vale, que se formam pelo movimento do gelo de uma calota de gelo desde regiões montanhosas até o mar.



Manto de gelo



As maiores geleiras são os mantos de gelo: enormes massas de gelo que não são afetadas pela paisagem e estendem-se pela superfície, exceto nas bordas, onde sua espessura é mais fina. O manto de gelo da Antártida Ocidental e o da Groenlândia são atualmente os únicos existentes. Estas regiões contêm vastas quantidades de água doce. O volume de gelo é tão grande que se Groenlândia derretesse faria com que o nível do mar subisse uns 21 m a nível mundial, enquanto que se o da Antártida derretesse, os níveis subiriam até 108 m.
Fonte:terceirom012010.blogspot.com.br

* Erosão glacial


As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar. Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congelará novamente no próximo inverno. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e conseqüentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.

Fonteolhar-ecologico.blogspot.com.br